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- 07/04/2015 - IPEN sedia workshop internacional sobre caracterização de superfíciesO Centro de Ciência e Tecnologia dos Materiais (CCTM) do IPEN promove o workshop na manhã de 7 de abril em sua sala de seminários.
O Centro de Ciência e Tecnologia dos Materiais (CCTM) do IPEN promove o workshop na manhã de 7 de abril em sua sala de seminários.
O Centro de Ciência e Tecnologia de Materiais (CCTM) doIpenrealiza no dia7 de abril, a partir das 9h, o Workshop on Surface Characterization by Electrochemical and Synchroton Techniques.
Renomados pesquisadores internacionais ministrarão palestras na área de caracterização de superfícies, com ênfase em processos de corrosão e tratamentos de superfície para proteção à corrosão.
Participarão do evento o Prof. Dr. Herman Terryn, da Vrije Universiteit Brussel; Prof. Dr. Bernard Tribollet, do LISE - Laboratoire Interfaces et Systèmes Electrochimiques, Paris; Prof. Dr. Alison Davenport, da University of Birmingham e o Prof. Dr. João Salvador Fernandes, da Universidade de Lisboa.
O encontro será na Sala de Seminários do CCTM/Ipen, Av. Prof. Lineu Prestes, 2242, Cidade Universitária, S. Paulo, SP.
Interessados devem enviar mensagem para o e-mail: icosta@ipen.br tendo como assunto: Inscrição no Workshop SCEST.
Programa
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- 06/04/2015 - Rede de pesquisa coordenada pelo IPEN realiza workshop em CubaPesquisadores latino-americanos que trabalham com sistemas de lidar para monitoramento atmosférico e ambiental estão reunidos em Cayo Coco, Cuba, no VIII Workshop Lidar Measurements in Latin America. O evento, que teve início nesta segunda-feira (6), às 14h, é uma realização da Latin America Lidar Network (LALINET), rede que compreende instituições de seis países, coordenada por Eduardo Landulfo, do Centro de Lasers e Aplicações (CLA) do IPEN/CNEN.
Lidar é a sigla para Light Detection and Ranging ou, grosso modo, radar de laser. Atualmente, no Brasil, há três sistemas integrados à LALINET, dois no IPEN, sendo um transportável de bancada, coordenados por Landulfo, e outro em Manaus (AM), no campus da Embrapa Amazônia Ocidental, coordenado pelo professor Henrique Barbosa, do Instituto de Física da USP (Ifusp). Segundo Landulfo, uma nova estação, também do IPEN, será implementada até julho deste ano, na cidade de Natal (RN), e, além desses, o Instituto tem ainda um sistema portátil, que já está apto a ser utilizado.
A ideia do workshop é ampliar a rede com outros grupos que trabalham com lidar na América Latina e fortalecer a pesquisa nos países que já participam e que têm potencial de expandir seus núcleos, como Argentina, Colômbia e o próprio Brasil. "A LALINET ainda é pequena, se considerarmos o espaço territorial que ela ocupa. São 20 milhões de km2, de Cuba até Punta Arenas, atravessando o Equador e cobrindo o Atlântico e o Pacífico, pela costa. Nós queremos aumentar a representatividade das estações, incluindo Porto Rico e Peru, dentre outros, e, no futuro, cobrir todo esse espaço”, afirmou Landulfo.
A rede existe desde 1999, mas apenas em 2013 foi formalizada. "Realizamos um trabalho preliminar de organização, com significativa participação latino-americana em congressos intercontinentais e com publicações importantes ao longo desses anos e, quando finalmente alcançamos reconhecimento da comunidade científica internacional, pudemos oficializar a rede”, explicou Juan Carlos Antuña Sanchez, do Centro Meteorologico de Camaguëy, Cuba, instituição parceira na organização do Workshop.
Ele explica que, apesar de Cuba ter sido pioneira nas pesquisas com lidar, tendo, inclusive, realizado a primeira edição do workshop, não era possível ao país estar à frente da coordenação da LALINET devido a questões políticas. "Entendíamos que Cuba seria um obstáculo por causa dos Estados Unidos. Nesse sentido, a escolha do Brasil foi estratégica, porque não haveria nenhuma resistência e, além disso, estaríamos bem representados pelo IPEN. Agora, temos que fortalecer as cooperações e, nosso caso específico, vamos continuar lutando para termos lidar em Cuba”, acrescentou Juan Carlos.
O workshop foi dividido em seis sessões orais: (1) Remote sensing application; (2) Lidar applications in environmental sciences; (3) Special Section on Aerosol long-range transport; (4) Lidar Technologies and Methods; (5) Synergy between lidar and others instruments e (6) Lidar Networking and Regional and international cooperation in lidar technologies. Há também uma sessão de pôsters, que conta com 13 trabalhos dos países da rede e da Espanha.
O estudante de doutorado em Tecnologia Nuclear (IPEN/USP), Gregori de Arruda Moreira, e o pós-doc Fábio Lopes, ambos orientados por Landulfo, são os outros representantes do IPEN no Workshop, com participações na sessão de pôster e na sessão oral, respectivamente. Patricia Ferrini, que também fez doutorado no IPEN sob orientação de Landulfo, apresenta resultado de suas pesquisas realizadas durante a pós-graduação.
Perspectivas
Outro objetivo do VIII Workshop é nortear os próximos passos da LALINET. "Agora que a rede foi oficializada, precisamos estabelecer protocolos de medidas e fazer valer esses protocolos. Além disso, teremos aqui a presença de observadores de outras redes, como, por exemplo, do Japão, de redes europeias e provavelmente da rede norte-americana. Ou seja, o workshop possui três vertentes: a científica, a de consolidação das atividades da rede e a de estabelecer novos parcerias”, salientou Landulfo.
Do Brasil, além dos pesquisadores do IPEN, participam Paulo Artaxo, Henrique Barbosa e o doutorando Diego Alves Gouveia, do Ifusp, Pedro de Azevedo Santos e Yoshiaki Sakagami, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Vania Andrioli e Fabiano Scarpa, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O Workshop encerra-se na sexta-feira, 10, com uma abordagem geral de Landulfo sobre as atividades da LALINET e as perspectivas para os próximos anos. Realizado a cada dois anos, a próxima edição, em 2017, será na Colômbia, provavelmente na cidade de Medelín. Para 2019, Landulfo adianta que o Brasil se apresentará como candidato.
A pesquisadora Victoria Cachorro, do Grupo de Óptica Atmosférica da Universidad de Valladolid, Espanha, proferiu a palestra de abertura do evento. A programação completa no link: http://www.goac.cu/workshop/
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Ana Paula Freire, MTb 172/AM, da Assessoria de Comunicação Institucional do IPEN.
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- 20/03/2015 - Termina neste sábado curso de Tecnologia Nuclear promovido pelo CRPq/IPENTermina neste sábado, 21, o curso de extensão em Tecnologia Nuclear promovido pelo Centro do Reator de Pesquisas (CRPq) para graduandos e graduados em diversas áreas do conhecimento, com o objetivo principal de atrair potenciais interessados para a pós-graduação do Instituto.
Esta é a primeira vez que o CRPq realiza curso de extensão para esse público. O Centro já havia sido pioneiro na organização do projeto Escola Avançada de Energia Nuclear - EAEN (2008-2012), para estudantes de ensino médio, em parceria com outras unidades do IPEN.
Segundo os organizadores, os pesquisadores Renato Semmler e Paulo Sérgio Cardoso da Silva, além de atrair estudantes para a pós-graduação do IPEN, o curso ajuda a divulgar as aplicações benéficas da energia nuclear e, ao mesmo tempo, proporciona a capacitação didática dos servidores do CRPq por meio de atividades de ensino para esse público específico.
"Nossa ideia é estimular o interesse pela área nuclear através de várias atividades teóricas e práticas de física nuclear e aplicações da energia nuclear, que normalmente não fazem parte do conteúdo dos cursos de graduação desses estudantes. E eles terão a oportunidade de contato direto com cientistas em plena atividade em um dos maiores centros de pesquisas na área nuclear da América Latina, o IPEN”, afirmou Semmler.
Ciência na vida modernaO curso teve início em 28 de fevereiro e se estendeu por quatro sábados consecutivos, sempre das 9h às 13h, no auditório Rômulo Ribeiro Pieroni. O panorama da energia nuclear no Brasil, noções de proteção radiológica, física de nêutrons e as pesquisas realizadas no Reator Nuclear de Pesquisas IEA-1 do IPEN foram alguns dos tópicos abordados."O curso também é uma forma de prestação de serviços à comunidade, uma vez que pretendemos divulgar a importância da atividade científica e a sua inserção na vida moderna, além de incentivar práticas de cidadania, ética e responsabilidade social”, acrescenou Paulo Sérgio.Exemplo para outros CentrosAs aulas foram programadas aos sábados para que os alunos que trabalham pudessem participar e também para não interferir no compromisso daqueles que estudam durante o dia. Inicialmente, seriam oferecidas 40 vagas, mas 162 candidatos se inscreveram. "Tivemos que encerrar as inscrições após duas semanas e resolvemos acolher todos os inscritos. Por isso as aulas no auditório do Instituto”, explicou Semmler.
Inscreveram-se alunos graduandos e graduados nos cursos de física, física médica, química, engenharia química, biologia, ciências biológicas, biomedicina, engenharia de produção, engenharia elétrica, engenharia de manufatura, engenharia mecânica, matemática, estatística, engenharia ambiental, entre outros, de diversas instituições. O curso encerra-se no dia 21 de março.
Ao todo, estão envolvidos 15 pesquisadores, dois supervisores de proteção radiológica, um tecnologista, quatro alunos de mestrado e cinco alunos de doutorado. A inciativa do CRPq divulga as pesquisas desenvolvidas e deve ser encampada por outras unidades do IPEN.
Iniciação CientíficaA estudante Taís de Queiroz Batista, 18, do curso de Tecnologia em Radiologia, nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), disse que, a julgar pelo primeiro módulo, a experiência será bastante produtiva. Ela pretende desenvolver projeto de Iniciação Científica no IPEN, na área de detectores de radiação, sob a orientação da pesquisadora Maria da Conceição Costa Pereira, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR/IPEN). -
- 20/03/2015 - CEN/IPEN é referência na prestação de serviços para a EletronuclearNo Brasil, quando se pensa em produtos e serviços tecnológicos na área nuclear, pode-se afirmar que o Centro de Engenharia Nuclear (CEN/IPEN) é a maior referência. O principal cliente é a Eletronuclear (ETN), responsável pela operação do parque nuclear brasileiro, que compreende hoje as Usinas Angra I e Angra II, e Angra III, em construção.
Nos próximos cinco anos, o Grupo de Engenharia do Combustível do CEN estará responsável pela "Inspeção visual de elementos combustíveis, elementos de controle e componentes descarregados do núcleo do reator, durante as Paradas Técnicas Programadas” de ambas as usinas Angra I e Angra II. Além disso, o grupo de Física de Reatores e Operação, do reator de pesquisa IPEN/MB-01, ficará responsável pelos "Testes Físicos de Partida da Usina de Angra I”, última atividade da parada do período de manutenção, antes de a usina entrar em pleno funcionamento. Este teste dá o sinal verde, autorizando um novo ciclo de operação da usina, que levará mais um ano, até uma nova parada programada.
De acordo com Ulysses d’Utra Bitelli, gerente do CEN, os serviços tecnológicos de grande porte para a Eletronuclear são demandados por licitação. "Nós vencemos três importantes chamadas. É um grande feito para o IPEN, pois participaram do processo licitatório empresas de reconhecida competência, inclusive uma multinacional”.
Bitelli ressalta que, para a Eletronuclear, há a vantagem de contratar um serviço de qualidade a um custo menor e em real, enquanto que, às multinacionais, o pagamento é feito em dólar. "E para nós, do IPEN, também é importante, porque o trabalho de operação na usina nos permite sempre atualizar e ampliar os nossos conhecimentos, já que os nossos reatores nucleares, IEA-R1 e IPEN/MB-01, são reatores de pesquisa”, disse.
Vale destacar que, internamente, o CEN realiza junto a esses reatores do IPEN um constante trabalho de acompanhamento, garantindo a segurança e modernização das instalações nucleares.
O reator IEA-R1 é utilizado basicamente na produção de radiofármacos e em pesquisa nuclear básica. O reator IPEN/MB-01, em pesquisa na área de reatores, sendo benchmark internacional, isto é, um padrão de comparação internacional na área de analise de criticalidade em física de reatores, que permite a simulação, em escala reduzida, de todas as características nucleares de um reator de grande porte. "No entanto, é muito importante que tenhamos a experiência em plantas nucleares com reatores produtores de energia elétrica, como é o caso das usinas de Angra I e II. Isso cria um círculo virtuoso extraordinário para o nosso Centro”, afirmou Bitelli, acrescentando que essa experiência se reflete hoje no apoio ao projeto RMB, do qual o CEN participa como o principal centro da CNEN.
Rejeito não é lixoNa avaliação de Bitelli, o ano de 2014 foi "excepcional”, porque, além dos três editais ganhos, "também conseguimos, após anos de indefinições jurídicas entre CNEN e ETN, firmar parceria tecnológica para o "Serviço de determinação do ativo isotópico de rejeitos radioativos”. Trata-se de uma atividade de P&D fundamental, uma vez que o Brasil necessita definir onde vai depositar seus resíduos de baixa e média atividades gerados nas Usinas de Angra I, II e, no futuro, Angra III, bem como todo rejeito gerado no país.
Apesar de comum, o termo "lixo nuclear” não é adequado, por ser de uma "riqueza fantástica". Dentro dos rejeitos das usinas encontra-se, por exemplo, o molibdênio-99, que fornece o tecnécio-99m, responsável pela maioria dos exames de medicina nuclear.
De acordo com Alfredo José Alvim de Castro, nas usinas de reprocessamento é que são tratados os rejeitos de alta atividade. Nelas é possível retirar parte do combustível nuclear que não foi queimada (consumida), além de várias substâncias. Ele explica que, por exigência do Ministério Público, o Brasil precisa definir o repositório nacional de baixa e média atividade (local, tipo de blindagem, forma de armazenamento etc.), mas, para isso, é necessário conhecer o termo fonte dos produtos radioativos que vão emitir radiação. Hoje, eles estão confinados em tambores, no sitio das usinas Angra I e Angra II.
"Se você coloca um detector em frente a um tambor, e se você conhece esse termo fonte, você é capaz de dizer quais são os elementos que estão lá dentro, sem abrir o tambor e sem analisar o conteúdo, apenas pelo nível de radiação emitido na superfície do tambor. Assim é possível determinar o que é rejeito de baixa atividade, o que é de média atividade, e para onde vão esses rejeitos. O acordo sobre determinação do ativo isotópico é para saber qual é o ativo das usinas Angra I e Angra II e definir o modelo de repositório", explicou Bitelli. Os coordenadores da CNEN para esta atividade são os pesquisadores Paulo de Tarso D. Siqueira e Luis Antonio A. Terremoto.
QualidadeO CEN implantou um sistema de Gestão da Qualidade em 2001, quando foi submetida a certificação ISO 9001/2000, que depois foi revisada em 2008 e mantida. "Em dezembro de 2014 o Sistema de Gestão da Qualidade do CEN foi auditado pela Fundação Vanzolini e foi recertificado”, disse Gerson Antonio Rubin, responsável por administrar e manter o sistema, acrescentando que auditorias de manutenção ocorrem anualmente e de recertificação ocorre a cada três anos.
Para obter a certificação, o CEN implantou uma série de procedimentos que estabelecem as diretrizes para o Sistema de Gestão da Qualidade, ou seja, regulam as atividades envolvidas no IPEN, em conformidade com tais diretrizes. "No nosso caso, somos certificados no escopo para a prestação de ‘Serviços Tecnológicos em Sistemas Energéticos e Nucleares’, sendo todas as atividades, externas ou internas, regidas pelos procedimentos encampados por essa certificação, os quais procuramos seguir rigorosamente para garantir a qualidade na prestação dos serviços aos nossos clientes", disse Rubin.
Segundo o gerente adjunto do CEN, Leslie de Molnary, esta certificação é exigência de vários certames licitatórios, "além de ser um importante diferencial da qualidade dos nossos serviços de engenharia".
Informações também no Órbita OnLine disponível no link http://issuu.com/anapaula.freire/docs/orbita_jan-fev_2015_flip
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- 20/03/2015 - IPEN realiza primeiro leilão de tecnologiaO processo de produção de óxido de zircônio grau cerâmico (zircônia), a partir da abertura do minério zirconita por fusão alcalina, pode ser aplicado em diversos segmentos industriais, como, por exemplo, na saúde (especificamente na odontologia), na fabricação de utensílios domésticos, na indústria química (produção de ligas) e no setor energético (fabricação de eletrólito sólido para célula a combustível). Essa tecnologia, resultado de pesquisas realizadas no Centro de Ciência e Tecnologia dos Materiais (CCTM/IPEN), é objeto do primeiro leilão que o IPEN/CNEN realizará, no final de março, na modalidade "Fornecimento de Tecnologia”.
A ideia do leilão do "Projeto Zircônia” tem como princípio a validação do conhecimento científico e suas aplicações em larga escala, promovendo industrialização e comercialização dos produtos originários desse domínio, ou seja realizando inovação de fato, e ao mesmo tempo garantindo ao IPEN remuneração a ser paga pela empresa cessionária (a que apresentar a melhor proposta). Cada proponente deve entregar dois envelopes lacrados, um com a proposta de preços e outro com os documentos necessários para a contratação. O prazo limite para a entrega, no IPEN, é às 12h do dia 24 de março.
"A tecnologia está pronta para ser transferida, está madura e há potencial econômico. É o primeiro leilão de uma série que o NIT e o IPEN têm interesse – e o sonho – de realizar”, afirmou Anderson Zanardi de Freitas, coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do Instituto. Segundo ele, a contratação de empresa para fornecimento de tecnologia era um projeto antigo da Diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (DPDE), mas, por uma série de entraves, ficou parado. "Ao assumir o NIT, em comum acordo com a DPDE, elaboramos o edital e uma empresa já se manifestou”, acrescentou.
De acordo com o Edital (N0 001/2014), o fornecimento da tecnologia dar-se-á por meio de celebração de contrato com a empresa receptora, com exclusividade, por um prazo de cinco anos renováveis, mediante remuneração na forma de "down payments” e "royalties”, cujos valores estarão contemplados na proposta vencedora. Basicamente, o IPEN receberá uma porcentagem do faturamento líquido de cada produto, a ser pago pela empresa proponente a título de royalties, sendo o valor mínimo de 5%. O valor da documentação técnica a título de down payment é de no mínimo R$ 75 mil.
"Realizar transferência de tecnologia para o setor produtivo é de extrema importância, é uma forma de retornar à sociedade o investimento feito pelo governo, afinal, se empresa é mais competitiva com produtos de alta tecnologia em seu portfólio, sua receita pode aumentar gerando mais impostos e novas frentes de trabalho especializado”, destacou Anderson.
Os documentos devem ser encaminhados para o endereço do Instituto, na Travessa R, 400 – Cidade Universitária, Butantã, CEP 05508-170, São Paulo – Brasil. Edital no link http://www.ipen.br/portal_por/portal/interna.php?secao_id=2571&campo=1927
Informações também no Órbita OnLine disponível no link
http://issuu.com/anapaula.freire/docs/orbita_jan-fev_2015_flip
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- 19/03/2015 - Conjunto Quarto 117 abriu temporada de música no IPENApresentação aconteceu no Auditório do IPEN no dia 18 de março. O próximo concerto será em 22 de abril. As apresentações são gratuitas.
Apresentação aconteceu no Auditório do IPEN no dia 18 de março. O próximo concerto será em 22 de abril. As apresentações são gratuitas.
O conjunto Quarto 117 abriu a temporada das quartas musicais no IPEN no dia 18 de março, às 12h30, no auditório "Rômulo Ribeiro Pieroni". O grupo, formado por alunos do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA) apresentou repertório com composições de Egberto Gismonti, Pixinguinha, Radamés Gnattali, Gunter Schuller entre outros compositores. Os arranjos são para clarinetes e clarone.
As apresentações são parte da parceria entre o IPEN e o Laboratório de Música de Câmara (LAMUC) da ECA, coordenado pelo professor Michael K. Alpert. As apresentações de música são mensais e a entrada é gratuita.
PROGRAMA -
- 19/03/2015 - Palestra internacional sobre Dosimetria Industrial no IPENA palestra será ministrada na Sala de Seminários do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR)
A palestra será ministrada na Sala de Seminários do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR)
O Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) doIpen recebe a visita do Dr. Florent Kuntz, gerente de projetos doAerial Technological Center, Strasbourg, França. Durante a oportunidade, Kuntz proferirá a palestra "Dosimetria Industrial", no dia19 de março, às 14h, na sala de seminários do CTR.
Dr. Kuntz recebeu título de Ph.D. na área de Processamento de Radiação em 1991 e realizou pesquisas e desenvolvimentos com feixe de elétrons na Universidade de Strasbourg.
Informações: Secretaria do CTR - 3133-9798, 3133-9766
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- 18/03/2015 - Conjunto Quarto 117 abre temporada musical no IPENA apresentação de música será no IPEN, dia 18 de março, às 12h30
A apresentação de música será no IPEN, dia 18 de março, às 12h30
O conjunto Quarto 117 abre a temporada das Quartas Musicais no auditório do IPEN no próximo dia 18 de março, a partir das 12h30 no auditório "Rômulo Ribeiro Pieroni".
O grupo, formado por alunos do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes (ECA) apresentará repertório com composições de Egberto Gismonti, Pixinguinha, Radamés Gnattali, Gunter Schuller entre outros compositores. Os arranjos são para clarinetes e clarone.
As apresentações são parte da parceria entre oIpene o Laboratório de Música de Câmara (LAMUC) da ECA, coordenado pelo professor Michael K. Alpert.
As apresentações de música são mensais e a entrada é gratuita.
Informações: Assessoria de Comunicação Institucional (pergunta@ipen.br), tel. 11 3133-9092, 9095
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- 15/03/2015 - Pesquisa usa membranas de hidrogel para tratamento de leishmaniose cutâneaTrabalho pode apontar solução de baixo custo para países pobres no combate à doença
Trabalho pode apontar solução de baixo custo para países pobres no combate à doença
Fonte: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Publicada em 12 de março de 2015)
Estudos envolvendo uma membrana de hidrogel podem revelar uma solução menos traumática e mais barata para quem sofre com feridas causadas pela leishmaniose cutânea. Como a doença afeta especialmente os que vivem nos países mais pobres, há uma importante vantagem nesse método: o tratamento é de baixo custo. O recurso é apontado pela pesquisa da doutora em Ciência com ênfase em Tecnologia Nuclear de Materiais, Maria José Alves de Oliveira. Ela foi orientada pela doutora Duclerc Fernandes Parra, especialista em polímeros do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Os hidrogéis foram desenvolvidos no IPEN-USP, com bolsa Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A pesquisadora explica que a curiosidade no assunto surgiu quando encontrou relatos sobre os problemas enfrentados por pacientes devido à toxicidade do antimoniato, droga utilizada no tratamento de leishmaniose. O produto é usado de forma injetável e, quando cai na corrente sanguínea, provoca arritmia cardíaca, disfunções renais, entre outros efeitos colaterais.
No estudo, as membranas de hidrogel são fabricadas para o uso tópico das feridas de Leishmania– protozoário que transmite a doença –, o que evita o contato do fármaco na corrente sanguínea e, consequentemente, diminui os efeitos colaterais. "O hidrogel tem a forma de uma gelatina com 80% de água e só 20% de polímero. É uma membrana hidratante, macia, flexível, que isola o ferimento do contato externo com micro organismos e libera o fármaco lentamente diminuindo o risco de toxicidade”, relata a pesquisadora.
Dados do Ministério da Saúde revelam que no ano de 2011 a leishmaniose cutânea atingiu 7,3 mil pessoas na Região Norte, 5,2 mil no Nordeste e 986 no Sudeste. Esse é um dos motivos pelos quais o doutor em Doenças Infecciosas e Parasitárias, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Valdir Sabbaga Amato, considera o estudo um avanço no tratamento. "As doenças negligenciadas como a leishmaniose cutânea precisam cada vez mais da participação das universidades e centros de pesquisa governamentais, que são fundamentais para inovação tecnológica”, ressalta.
Dr. Amato foi o co-orientador da doutora Maria José na pesquisa e avalia que o intercâmbio de conhecimentos pode trazer grandes avanços para o combate à doença. "A Dra. Maria José possuía a membrana, e nós possuíamos a expertise do tratamento. Foi um ‘casamento’ perfeito”, celebrou.
Apesar de não ter sido testado em humanos, o estudo obteve resultados satisfatórios em camundongos. De acordo com a doutora Maria José, o próximo passo será o teste em pessoas acometidas pela doença. "Depois de o estudo passar pelos humanos, a membrana de hidrogel poderá ser um tratamento alternativo adotado no País”, explicou.
Prêmio
Dada a relevância do estudo e os resultados obtidos até o momento, o trabalho recebeu o Prêmio Capes de Tese 2014 da área de Engenharias II. Para a pesquisadora, o reconhecimento vai permitir novos estudos com o tema. "Esse prêmio foi muito importante. Além do reconhecimento do trabalho, com a bolsa do prêmio veio a garantia de continuar fazendo o que mais gosto, que é pesquisar”, comemorou.
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- 13/03/2015 - TV USP mostra o trabalho do CRT/IPEN no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60Esta reportagem, a segunda da série "Universo IPEN", mostra a diversidade de aplicações do Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR). A equipe da TV USP foi acompanhada pelo Dr. Pablo Vasquez, que falou sobre as propriedades benéficas da tecnologia nuclear, por meio dos serviços de irradiação para indústria, saúde, agricultura e meio ambiente. Entre os principais produtos irradiados, estão os alimentos, as obras de artes, os acervos culturais em geral, os materiais médicos descartáveis (principalmente os utilizados pelo Centro de Radiofarmácia -CR/IPEN) e tecidos biológicos humanos. Confira a partir do minuto 15:00.
A primeira reportagem foi sobre o Projeto Temático-FAPESP Multiusuário do Centro de Lasers e Aplicações (CLA/IPEN), que consiste no desenvolvimento de microusinagem capaz de processar materiais com lasers de pulsos ultracurtos para a produção e utilização de circuitos microfluídicos. Um dos resultados esperados é a tecnologia lab-on-a-chip (LOC), dispositivo que integra funções de laboratório em um único chip e vai simplificar diagnósticos laboratoriais.
Na próxima edição da série, que será veiculada no dia 27 de março, a TV USP vai mostrar as pesquisas do Centro de Bioteclogia (CB/IPEN), cujo foco são as pesquisas de sínteses de proteínas recombinantes.
Produção e reportagem de Fabiano Pereira, com imagens de Moacir Gibin e de Fábio Torrezan, que também assina a edição.
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- 06/03/2015 - Operador do reator Ipen/MB-01 lança livro de poemasCesar Veneziani, do Centro de Engenharia Nuclear (CEN) do IPEN lançará seu terceiro livro de poemas, "Versos Avulsos e Outras Valsas", na próxima sexta-feira, 6 de março, às 19h, na Casa Guilherme de Almeida, Pacaembú, S. Paulo. A obra é publicada pela Editora Patuá.
Cesar Veneziani, do Centro de Engenharia Nuclear (CEN) do IPEN lançará seu terceiro livro de poemas, "Versos Avulsos e Outras Valsas", na próxima sexta-feira, 6 de março, às 19h, na Casa Guilherme de Almeida, Pacaembú, S. Paulo. A obra é publicada pela Editora Patuá.
Cesar atua no IPEN como operador do Reator Nuclear para Pesquisa IPEN/MB-01. Geógrafo formado pela USP, tem especialização em Antropologia.Seu primeiro livro de poesia, "Asas", foi editado pela Utopia em 2009.
Casa Guilherme de Almeida - Rua Cardoso de Almeida, 1943 - a cerca de 700 metros do Metrô Sumaré. Tel. 11 3673-1883, 3803-8525.
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- 05/03/2015 - Expansão na área da Medicina Nuclear no país é tema de AudiênciaAutoridades se reúnem em audiência para discutirem a ampliação de tratamentos com radiofármacos.
Autoridades se reúnem em audiência para discutirem a ampliação de tratamentos com radiofármacos.
Fonte: Portal Brasil
A necessidade expansão da medicina nuclear no Brasil foi assunto de audiência, nesta quarta-feira (4), entre o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, e dirigentes da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN).Acompanhados do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI), Angelo Padilha, o presidente da entidade, Claudio Tinoco Mesquita, e o médico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) George Coura Filho, apresentaram ao titular do MCTI a proposta de um plano específico para a área.
Mesquita ressaltou a importância da medicina nuclear como especialidade que usa pequenas quantidades de materiais radioativos para a realização de exames, diagnósticos por imagens e tratamentos médicos, muitos deles em pacientes com câncer. Exemplificou com a tecnologia PET-CT.
"É um exame que consegue detectar lesões cancerígenas muito antes de outros, como tomografia computadorizada e ressonância", disse.
Projeção
Ele explicou que existem no País, 434 serviços aptos a realizar esses procedimentos em todos os estados da federação, tendo a Cnen, por meio de seus órgãos (IEN e IPEN) a responsabilidade pela produção do material radioativo. Segundo o presidente da SBMN, a ideia é que o plano também envolva outras pastas, como o Ministério da Saúde.
"Muitos brasileiros ainda têm dificuldade para encontrar leitos preparados para tratamento radioativo", observou George Coura Filho, do Icesp. "Precisamos colocar um plano em prática para que no futuro consigamos suprir a demanda."O presidente da Cnen, Angelo Padilha, informou que a comissão começou a produzir radiofármacos há mais de 50 anos, atendendo, por ano, mais de 2 milhões de pessoas. "A iniciativa [do plano] é de fato necessária, não só apoiamos como vamos trabalhar juntos, mas a nossa responsabilidade é muito grande para cumprir essas metas", afirmou.
Gargalos
Para Padilha, se por um lado a tecnologia é um orgulho nacional, por outro, é preciso superar gargalos. "À medida que a nossa população aumenta e o nível de vida melhora, esses radiofármacos se tornam cada vez mais necessários e precisaremos produzi-los em maiores quantidades", lembrou o presidente da Cnen.
Angelo ainda apontou o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), do MCTI, como uma das iniciativas importantes para superar a dependência do Brasil na importação de matéria-prima.
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- 05/03/2015 - Rússia ajudará Brasil a identificar doenças perigosasFonte: Portal Sputnik
A empresa estatal russa Rosatom fechou um contrato com a Comissão Nacional de Energia Nuclear brasileira (CNEN) para o fornecimento dos radioisótopos de molibdênio-99 médicos de fabricação russa.
Usando este radioisótopo, os médicos brasileiros poderão aumentar o número de procedimentos da detecção de câncer e das doenças cardiovasculares.
O molibdênio-99 é o principal isótopo radioativo usado na medicina. O isótopo é utilizdo para gerar o tecnécio-99m, que é usado para a imagiografia médica. Até 30 milhões procedimentos em um ano é feito usando tecnécio-99m, o que constitui 80% do volume total de todos os procedimentos de diagnóstico utilizando radionuclideos.
O contrato entre a CNEN e a Rosatom é o maior em toda a história de fornecimento do molibdênio-99 russo no mercado internacional.
Segundo o acordo, o volume semanal do fornecimento para o Brasil será de 120 até 450 curies (unidade de radioatividade), dependendo da necessidade do cliente.
De acordo com os resultados da cooperação as partes pretendem considerar a celebração de um acordo de longo prazo, de cinco anos, para o fornecimento de molibdênio-99 e da outra produção de isótopos no âmbito do acordo intergovernamental atual entre a Rússia e o Brasil.
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- 02/03/2015 - CCN se adequa para atender demanda do RMBCom um investimento de aproximadamente R$ 15 milhões, o Centro do Combustível Nuclear (CCN) do IPEN está ampliando suas instalações para aumentar a produção de elementos combustíveis e atender à demanda do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
Com um investimento de aproximadamente R$ 15 milhões, o Centro do Combustível Nuclear (CCN) do IPEN está ampliando suas instalações para aumentar a produção de elementos combustíveis e atender à demanda do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
O Centro do Combustível Nuclear (CCN), responsável pela produção de elemento combustível para o Reator IEA-R1, do IPEN, está ampliando suas instalações com o propósito de se adequar às necessidades do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), a mais importante iniciativa para a pesquisa nuclear no Brasil, na atualidade, que se encontra em processo de licenciamento ambiental. Para tanto, o projeto RMB destinou ao CCN um investimento da ordem de R$ 15 milhões, oriundos da Finep. A previsão é de que a unidade fabril esteja em pleno funcionamento até o final de 2016.
Basicamente, o RMB vai exigir duas ações do CCN: a fabricação de elementos combustíveis para seu funcionamento e de placas para confecção de alvos de irradiação para produzir o molibdênio-99 (99Mo). Em última linha, o 99Mo produz o tecnécio-99m (99mTc), radioisótopo que serve como base para procedimentos de diagnósticos na medicina nuclear.
Apenas o 99Mo, propriamente dito, será produzido nas instalações do RMB. Toda a fabricação de elementos combustíveis e alvos de irradiação será feita no CCN. O
Centro já é, efetivamente, uma parte do RMB, que funcionará fora do complexo físico projetado para instalação em Iperó, na região da Grande Sorocaba (SP).
Atualmente, são fabricados dez elementos combustíveis para o IEA-R1, por ano. Estima-se que com o RMB entrando em operação, o CCN amplie sua produção para 60 elementos/ano e mais de mil alvos de irradiação.
Segundo o pesquisador Adonis M. Saliba Silva, gerente do CCN, os elementos ombustíveis para o RMB são semelhantes aos do IEA-01, com algumas modificações estruturais e espessura das placas. "Mas nada muito diferente do que o que já é produzido, a não ser a introdução de cádmio como elemento queimável”.
Em operação desde 2004, a fábrica do CCN produziu, ao longo desse período, uma série de elementos combustíveis para outros reatores de pesquisa, como, por exemplo, o Argonauta, do Instituto de Engenharia Nuclear-IEN, e o próprio IPEN-MB01. Atualmente, a função do Centro é suprir apenas o IEA-R1, enquanto se adequa para, no futuro, atender o RMB.
"Aqui no CCN, a gente estuda outras áreas do campo nuclear, mas a pesquisa acadêmica é o nosso foco secundário, uma vez temos um produto real a ser fornecido na linha de produção de radiofármacos do IPEN. O nosso grande objetivo com o RMB é a nacionalização da produção do 99Mo, que vai dar autonomia ao Brasil no fornecimento de geradores de 99mTc para aplicação em larga escala na medicina.
O passo a passo na produção
"Em termos de produção, temos três setores distintos: químico, metalúrgico e mecânico-metalúrgico. Todos eles envolvem muita pesquisa tecnológica, que é desenvolvida no Centro por seus pesquisadores e alunos de pós-graduação. O setor mais desafiante, na atualidade, é o desenvolvimento da produção de alvos de irradiação à base de UAlx-Al, que deverá ser o padrão para o RMB.
A matéria-prima para a fabricação de combustível nuclear no CCN é U3Si2. Saliba explica que, para se chegar a essa liga, percorre-se todo um caminho pelos três setores produtivos da fábrica. "No químico, nós recebemos o UF6(hexafluoreto de urânio), que vem da Marinha enriquecido a 20% em 235U. Nessa substância, promove-se a redução do estado de oxidação para UF4, que é um pó verde, curiosamente, da mesma cor do planeta Urano”.
No setor de metalurgia, ocorre o processo de redução do UF4, para urânio metálico, por magnesiotermia. Esse processo usa uma mistura de pó de magnésio com pó de UF4. Compactada, essa mistura, por sua vez, é selada e colocada no reator de grafite para aquecimento. "Quando chega em torno de 620 graus, a reação do magnésio com o urânio é exotérmica e é a nacionalização da produção do 99Mo, que vai dar autonomia ao Brasil no fornecimento de geradores de 99mTc para aplicação em larga escala na medicina para até em torno de 1500 graus, quando todos os produtos dessa reação se tornam líquidos e caem no fundo do cadinho, separando-se, por densidade, o urânio metálico da fluorita”.
Uma vez retirado do cadinho (recipiente resistente a temperaturas elevadas), o urânio e a escória são separados mecanicamente, e o lingote de urânio é decapado e pronto para a próxima fase de confecção da liga U3Si2. Essa liga é feita em forno de indução com adição estequiométrica de silício. Esse processo exige temperaturas em torno de 1800 graus para promover a fusão completa da liga intermetálica e uma atmosfera controlada de argônio.
Já na fase mecânico-metalúrgica, essa liga é transformada em pó na faixa granulométrica de 150 a 44μm, e então é misturada com alumínio super puro e depois prensada em briquetes que são encapsulados em um conjunto de placas de alumínio, soldado e laminado a quente e a frio. É feita a decapagem das placas, seguida de um corte para a confecção dos elementos combustíveis. Esse é o ciclo de produção. Os alvos passam por processo semelhante, mas com dimensões menores, para serem irradiados.
Assessoria de Comunicação IPEN
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- 02/03/2015 - Novo Portal facilita acesso às informaçõesA partir de hoje, o público tem à sua disposição o novo Portal do IPEN, mais moderno e funcional, com várias novidades para facilitar a navegação e o acesso às informações. A principal delas é a ferramenta de busca, agora muito mais simplificada e com maior alcance. De acordo com João Carlos de Alexandria, da Gerência de Rede e Suporte Técnico (GRS), uma palavra é o suficiente para que o usuário consiga acessar qualquer informação ou documento que esteja disponível.
"E também será possível, nessa busca, relacionar à área respectiva e até aos pesquisadores de cada unidade, ou seja, o usuário encontrará mais facilmente o pesquisador, poderá acessar links para o currículo lattes, fazer contato via e-mail, entre outras possibilidades que não estavam disponíveis para o público externo na versão antiga”, acrescentou João Carlos.
Outra novidade é a ênfase na descentralização dos webmasters. Agora, cada Unidade do IPEN terá o seu, assim como a gestão, ficando a cargo da ACI o conteúdo noticioso e as informações institucionais, propriamente ditas. "Desse modo, o portal estará sempre atualizado, uma vez que os próprios setores terão alguém responsável por esse trabalho de manutenção e alimentação do conteúdo”, complementou Silvio Rogerio de Lucia, da Gerência de Desenvolvimento de Sistemas (GDS).
Cartão de visitas
"O site é o nosso cartão de visitas. O antigo estava defasado e não conseguia mais mostrar a magnitude das atividades do IPEN. Além disso, trazia recursos visuais, estéticos e de operacionalidade obsoletos, tendo em vista que havia sido implementado dez anos atrás e desde então não passara por grandes reformulações”, afirmou Afonso Aquino, assessor de Comunicação Institucional (ACI).
Do ponto de vista de layout, o novo Portal IPEN é mais atrativo, dinâmico e, no que diz respeito às cores, obedece rigorosamente aos padrões do Manual de Aplicação da Marca IPEN. "Procuramos aliar uma apresentação visual atraente e ao mesmo tempo observando a marca do Instituto, de modo a fortalecer cada vez mais a nossa imagem para os públicos interno e externo”, explicou Aquino. Além disso, possibilita a inclusão de outras mídias como blog, twitter e YouTube.
Desafio
A ideia de mudar o layout e a funcionalidade do Portal é antiga, mas só começou, de fato, a ser implementada há dois anos. O trabalho foi dividido em duas etapas: conceitual e operacional. A primeira ficou a cargo da Diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino (DPDE) e a segunda, "bem mais desafiadora”, da Diretoria de Planejamento e Gestão (DPG).
"Inicialmente, nós convidamos os centros de pesquisa, a Diretoria de Ensino, a Biblioteca, e fizemos várias reuniões com os webmasters de cada setor para definir o que gostaríamos de ter no nosso site. Surgiram muitas ideias e nós consolidamos isso num documento que serviu de base para a licitação da empresa executora”, contou Marcelo Linardi, diretor da DPDE.
Na parte operacional, houve certa dificuldade em razão da escassez de servidores na área. Porém, essa questão foi sanada com muito esforço por parte dos poucos que se dispuseram a assumir o desafio. "Mas o nosso pessoal encarou esse desafio e levou com muita seriedade e competência, foi um trabalho em equipe mesmo, e o sucesso se deve a esse esforço coletivo”, salientou Willy Hoppe de Sousa, diretor de Planejamento e Gestão (DPG).
Perspectivas
Willy destacou o trabalho de Franz Arnold, da GDS, que assumiu o comando da operacionalização do novo Portal com muita competência e eficiência. "Integrar o Franz a esse projeto foi um grande acerto, porque, sem deixar de reconhecer o esforço coletivo, é inegável que a liderança e a competência do Franz alavancaram o processo, desde a migração de dados até as correções que foram – e continuarão sendo – feitas”, disse Willy.
O próximo passo, segundo ele, é viabilizar a mudança da Intranet, prevista para entrar no ar até o final de março. "Entre as principais mudanças, que serão muitas, eu destacaria aqui a localização das informações, que será infinitamente superior”, adiantou o diretor da DPG. Para Franz, o sucesso tanto do Portal quanto da Intranet depende muito de cada servidor, no sentido de participar, de comentar, de colaborar.
"O mais importante é somar as competências, agregando o conhecimento acumulado ao que é possível inovar. Ou seja, não podemos simplesmente descartar o que foi feito até aqui para introduzir algo totalmente novo. Temos que aproveitar aquilo que é bom, valorizando o trabalho de colegas mais antigos, e aos poucos oferecer novidades, aproveitando as pessoas que estão chegando ao instituto e que têm muito a acrescentar também”, concluiu Franz, que ingressou no IPEN no concurso mais recente.
Inicialmente, o Portal estará apenas em Português, mas a expectativa é que futuramente esteja disponível em inglês e espanhol, o que facilitará o acesso de pesquisadores estrangeiros, potenciais parceiros do IPEN. -
- 02/03/2015 - Biotério do IPEN apto para produção e manutenção de animaisFornecer animais com qualidade genética e sanitária controladas para os testes de radiofármacos e para as pesquisas. Esse é o principal objetivo do Biotério do IPEN, após a recente obtenção do credenciamento definitivo do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O biotério é o local onde são criados e mantidos animais vivos de qualquer espécie para estudo laboratorial. É construído numa área física de tamanho, condições e divisões adequadas, material devidamente esterilizado, entre outras exigências. Os animais precisam de alimentação específica e é fundamental que haja temperatura controlada e iluminação artificial apropriada.
No caso do IPEN, o Biotério, que está vinculado ao Centro de Biotecnologia (CB), tem como foco as pesquisas desenvolvidas no próprio instituto, a maioria delas buscando novos fármacos e radiofármacos. De acordo com a pesquisadora Nanci do Nascimento, o processo de credenciamento teve início há dois anos e demandou uma série de procedimentos.
"Foi preciso apresentar a planta física, com todos os fluxos de entrada e saída, e descrever todos os procedimentos realizados rotineiramente, os equipamentos utilizados e os processos de esterilização dos materiais, além de criar a Comissão Ética para Utilização de Animais (Ceua)”, explicou Nanci, coordenadora do Biotério.
Atualmente, são produzidas uma linhagem de ratos Wistar (recebem este nome porque a linhagem foi desenvolvida no Instituto Wistar da Filadélfia, EUA) e 16 de camundongos.
O credenciamento, que é a "licença” para um biotério funcionar, atesta a qualidade do trabalho realizado no IPEN. "Temos a certeza de que estamos trabalhando dentro das normas preconizadas pelo Concea, seguindo a DBCA [Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais para Fins Científicos e Didáticos]”, afirmou Nanci.
O Concea confirmou o credenciamento em dezembro de 2014, mas o Ofício (no229/204-SE/CONCEA) notificando o IPEN da habilitação chegou no início de fevereiro.
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- 25/02/2015 - Pesquisa do IPEN pode simplificar diagnósticos laboratoriaisMicrousinagem desenvolvida no Centro de Lasers e Aplicações (CLA), capaz de processar materiais com lasers de pulsos ultracurtos, viabilizará a produção e utilização de circuitos microfluídicos com aplicações de grande interesse para Brasil. Uma delas é o lab-on-a-chip (LOC), dispositivo que integra funções de laboratório em um único chip e promete revolucionar a instrumentação analítica na medicina.
Microusinagem desenvolvida no Centro de Lasers e Aplicações (CLA), capaz de processar materiais com lasers de pulsos ultracurtos, viabilizará a produção e utilização de circuitos microfluídicos com aplicações de grande interesse para Brasil. Uma delas é o lab-on-a-chip (LOC), dispositivo que integra funções de laboratório em um único chip e promete revolucionar a instrumentação analítica na medicina.
Pesquisadores do Centro de Lasers e Aplicações (CLA/IPEN) estão desenvolvendo uma tecnologia capaz de processar materiais com lasers de pulsos ultracurtos e, a partir dela, viabilizar a produção e a utilização de circuitos microfluídicos com aplicações de grande interesse para o Brasil. Entre as possibilidades, uma promete revolucionar a instrumentação analítica na medicina: é olab-on-a-chip(LOC), dispositivo que integra uma ou várias funções de laboratórios em um único chip.
Operacionalmente, o LOC caracteriza-se pelo manuseio de volumes de fluido extremamente baixos para menos de picolitros (10-15de litros). Os fluidos são transportados e manipulados através de microcanais (circuitos microfluídicos), possibilitando a integração de processos químicos e bioquímicos em microssistemas de análises automatizados, simplificando e agilizando diagnósticos médicos, além de auxiliar no estudo de processos celulares complexos.
O que vai possibilitar essa e outras aplicações é justamente a capacidade de microusinagem a ser desenvolvida no âmbito do projeto Temático Multiusuário "Microusinagem com laser de pulsos ultracurtos aplicada na produção e controle de circuitos optofluídicos”, coordenado pelo pesquisador Wagner de Rossi, do CLA.
De acordo com Wagner, foi aprovado na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) o custo de aproximadamente R$ 2,8 milhões, além de recursos orçamentários do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do CNPq e da CNEN.
Parte dos recursos será destinada à aquisição de uma Estação de trabalho para microusinagem com laser de femtossegundos e de um Sistema Microfluídico Completo, dois equipamentos multiusuários, isto é, disponíveis para pesquisadores de outras instituições estaduais que atuem nesse campo, além do próprio IPEN.
"O projeto visa, primeiro, desenvolver a capacidade de microusinagem, isto é, de produzir estruturas da ordem de microns em qualquer tipo de material. Isso já demanda uma pesquisa. Após o processo desenvolvido, vamos construir circuitos microfluídicos, integrar componentes ópticos a eles, e vamos aplicá-los”, explica Wagner.
Segundo ele, a ideia é produzir circuitos opto-microfluídicos dedicados à produção de ensaios imunológicos, à produção de radiofármacos, começando pelo18FDG (2-flúor-2-deoxi-D-glicose), e diversos outros. "Portanto, é um projeto completo, que vai desde a pesquisa básica fundamental até os aplicativos”, acrescenta.
Otimização
O18FDG é a substância fundamental para a tomografia PET (do inglêsPositron Emission Tomography), atualmente o método mais moderno para a detecção de cânceres e outras doenças. O IPEN foi pioneiro na produção desse radiofármaco, mas o processo completo de síntese tal como é feito hoje, envolvendo 16 etapas, poderá ser otimizado se realizado em circuitos microfluídicos, segundo Wagner.
"O que nós estamos propondo é desenvolver um circuito completo para esta finalidade. O Centro de Radiofarmácia vai fornecer todos os insumos e será responsável pelo controle e análise dos resultados obtidos. O objetivo é a produção mais adequada às necessidades da meia-vida do18FDG”, afirma o pesquisador, salientando que a intenção inicial com o18FDG é demonstrar e otimizar o processo usando microfluídica. "A produção em escala comercial ou não é uma questão para o futuro”.
"Será um grande salto para o IPEN. Porque nós vamos construir um circuito microfluídico para produzir18FDG com uma eficiência consideravelmente maior do que temos hoje. Nessa proposta, estamos falando de controle de nanolitros (10-9de litros). Para o IPEN, esse é o foco”, acrescenta o físico Anderson Zanardi de Freitas, também pesquisador do CLA. Ele coordena a parte do projeto que utiliza a técnica de tomografia por coerência óptica (OCT, deOptical Coherence Tomography) para a caracterização dos circuitos.
"Nós utilizamos a OCT para reconstruir o sistema em 3D, de forma tomográfica (não superficial), e então conseguimos medir suas dimensões físicas, calcular o volume, além de caracterizar o tipo de regime do microfluído (capilar ou turbulento), e essas informações são importantes para desenvolvimento do microcircuito, ver quanto de solvente ou quanto de reação teremos ali. Saber medir com a técnica de OCT as dimensões físicas e o volume é importante como feedback no processo de microusinagem”, diz Anderson.
Outra aplicação social importante é o desenvolvimento de uma plataforma ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) para diagnóstico de toxoplasmose. O princípio do teste padrão consiste em um ensaio imuno-enzimático que usa anticorpos específicos para detectar antígenos/anticorpos em uma amostra. O anticorpo é visualizado pelo acoplamento da enzima, e leva-se horas para o processamento. Um arranjo microfluídico vai reduzir esse tempo e o consumo de reagentes, e ainda fornecerá uma plataforma ELISA de dimensões bastante reduzidas. "O arranjo produzido será validado através do teste ELISA padrão", acrescenta Wagner.
Diagnóstico imediato
O processamento de amostras em chips pode ser adaptado para utilização em conjunto com smartphones, ampliando a gama de aplicações e possibilitando levar testes laboratoriais aos recantos mais remotos do País. Funciona assim: os fluidos (amostra) vão para o microchip, onde ocorre uma reação (tipicamente físico-química) possibilitando um diagnóstico imediato. Para análises mais complexas, o resultado dessa reação gera sinal elétrico, que é enviado por celular conectado à internet a um centro de referência para análise e diagnóstico. Daí é que vem o termolab-on-a-chip.
O projeto tem vigência até 2018 e conta também com estudantes de pós-graduação orientados por pesquisadores do CLA. A ideia é estimular as pesquisas na área e, ao mesmo tempo, formar pessoal.
Você também pode conferir essa e outras matérias no Órbita On-Line:http://issuu.com/anapaula.freire/docs/orbita_nov_dez -
- 03/02/2015 - CNEN emite licença para a produção de radiofármacos no IPENSob novas regras, e após minuciosa inspeção e avaliação dos procedimentos e infra-estrutura, a Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS-CNEN) concedeu licença para as operações do Centro de Radiofarmácia (CR) e do Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR). O próximo passo é obter para os demais laboratórios do IPEN, segundo o superintendente José Carlos Bressiani.
Sob novas regras, e após minuciosa inspeção e avaliação dos procedimentos e infra-estrutura, a Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS-CNEN) concedeu licença para as operações do Centro de Radiofarmácia (CR) e do Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR). O próximo passo é obter para os demais laboratórios do IPEN, segundo o superintendente José Carlos Bressiani.
O Centro de Radiofarmácia (CR) e o Irradiador Multipropósito de Cobalto-60, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR), são as primeiras instalações do IPEN a obter Licença de Operação dentro dos novos padrões de segurança e proteção exigidos pela CNEN. A permissão foi emitida em dezembro, pela Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS-CNEN), após minuciosa inspeção e avaliação dos procedimentos e infra-estrutura.
De acordo com Jair Mengatti, gerente do CR, essa licença chancela a competência do IPEN para produzir radiofármacos sem risco radiológico, mantendo conformidade com as características de uma instalação radiativa, de acordo com exigências normativas da CNEN. "Por isso, é motivo de muita alegria para nós, mas também de muita responsabilidade para mantê-la”, afirmou Mengatti. "Particularmente os aspectos radiológicos das operações têm em vista o risco à saúde do trabalhador e do público, bem como a integridade do meio ambiente”, acrescenta.
O IPEN produz radiofármacos desde a década de 50. À medida que as regras e exigências mudam, são necessários adequação das atividades vigentes ou, em alguns casos, novos procedimentos. De acordo com definição da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), o radiofármaco é classificado como "medicamento" e como tal deve ser registrado no órgão. Para obter esse registro, são exigidos o Laudo Técnico de Aprovação (LTA) e as Boas Práticas de Fabricação (BPF), ambos emitidos pela Vigilância Municipal e Estadual.
Mengatti explica que o LTA, por sua vez, só é concedido mediante a apresentação justamente da Licença de Operação, o que, segundo ele, atesta a importância dessa "conquista”, fruto de um esforço coletivo.
As mesmas regras valem para a produção de novos radiofármacos. A Anvisa classifica o radiofármaco como novo ou inovador aquele comercializado após a Resolução nº 64, de 18 de dezembro de 2009, que especifica os radiofármacos de uso consagrado. "Para os novos radiofármacos, o IPEN deverá comprovar à Anvisa a eficácia e a segurança na produção, bem como deverá encaminhar à CNEN a sua capacidade da instalação ao produzi-los”, explicou Maria Tereza Colturato, da Garantia da Qualidade do CR.
Referência internacional
"Basicamente, a aprovação dos procedimentos pela CNEN significa trabalhar com mais segurança", ressalta o pesquisador Pablo Vasquez, do CTR. Segundo ele, periodicamente são realizadas vistorias sem prévio aviso, para verificação dos procedimentos de radioproteção.
O processo de obtenção desse tipo de licença envolve várias etapas, tais como a elaboração e aprovação de documentos administrativos como o plano de radioproteção, o relatório de análise de segurança (RAS), o programa de garantia da qualidade (PGQ), além dos demais procedimentos operacionais. Geralmente, essa autorização da CNEN tem prazo de validade de um ano, assim o processo de licenciamento deverá ser solicitado novamente um mês antes da data de expiração.
O Irradiador de Cobalto-60 é reconhecido como um modelo de referência para o processamento por radiação não apenas no Brasil, mas também em nível mundial, com o apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA, da sigla em inglês), que permite a pesquisadores de diversos países excelente treinamento em operação e segurança radiológica.
‘Força-tarefa’
O próximo passo é buscar a Licença de Operação para os demais laboratórios do IPEN, segundo o superintendente José Carlos Bressiani. "O processo é demorado, será preciso uma ‘força-tarefa’ para que, em um futuro não muito distante, possamos ter todas as nossas instalações chanceladas pela CNEN. É muito importante para garantir segurança e proteção a todos, e a confiança de que realizamos nosso trabalho dentro dos padrões e com excelência”.
Você também pode conferir essa e outras matérias no Órbita On-Line:http://issuu.com/anapaula.freire/docs/orbita_nov_dez -
- 03/02/2015 - IPEN recebe novos servidores administrativosO IPEN acaba de receber oito servidores admitidos em concurso realizado em abril passado. Eles tomaram posse no dia 17 de dezembro e já foram alocados nos respectivos setores, conforme o estabelecido pelo Conselho Técnico Administrativo (CTA).
O IPEN acaba de receber oito servidores admitidos em concurso realizado em abril passado. Eles tomaram posse no dia 17 de dezembro e já foram alocados nos respectivos setores, conforme o estabelecido pelo Conselho Técnico Administrativo (CTA).
Com uma vacância de pelo menos 400 cargos, o IPEN acaba de receber oito servidores admitidos em concurso realizado em abril passado. Eles tomaram posse no dia 17 de dezembro e já foram alocados nos respectivos setores, conforme o estabelecido pelo Conselho Técnico Administrativo (CTA).
No total, foram dez vagas para o IPEN, sendo nove administrativos (assistente em C&T) e um nível superior (analista em C&T). "Mas dois desistiram, e então vamos iniciar o processo para convocar os próximos da lista”, adiantou o superintendente José Carlos Bressiani.
Dentre os cargos administrativos, de acordo com o planejamento do CTA, um servidor vai para a Biblioteca, outro para o Ensino, quatro vão para a administração propriamente dita e dois para ocupar a secretaria de centros, no caso o Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA) e o Centro de Células a Combustível e Hidrogênio (CCCH).
"Como era um número pequeno de vagas, e a demanda na pesquisa é mais específica, nós resolvemos, neste primeiro momento, priorizar a gestão, pois muitos se aposentaram e ficou uma enorme carência”, complementou.
Segundo Bressiani, há uma boa expectativa quanto aos novos servidores. "Pelo que vimos nos currículos, ficamos com boa impressão. Todos têm boa formação, inclusive alguns com experiência no serviço público. Esperamos que possam ter um ótimo desempenho. E que venham com muita motivação, porque o IPEN é um local excelente para trabalhar”, afirmou o superintendente.
"O país está perdendo conhecimento”
Para um instituto que já chegou a ter 1,6 mil servidores na segunda metade da década de 80, a redução em quase 50% - hoje são 860 na ativa - é um problema. Somente neste ano de 2014, o IPEN perdeu 53 pessoas, três morreram e 50 aposentaram. "Precisamos de uma recomposição de no mínimo 400 vagas - e logo”, diz Bressiani, para quem o Brasil está perdendo conhecimento.
"Não é só o IPEN que está perdendo, é o país como um todo. O Brasil está perdendo todo o conhecimento na área nuclear, adquirido ao longo de décadas, o que é muito preocupante”, alerta o superintendente.
Bressiani se refere ao programa nuclear brasileiro que estabeleceu acordo com a então Alemanha Ocidental para a formação de pessoas. "Foi muita gente, quase um Ciência Sem Fronteiras só para a área nuclear. Vamos perder isso?”.
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- 29/01/2015 - IPEN recebe visita de alunos da Universidade Federal do Mato Grosso do SulAlunos e professores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul visitaram o IPEN
Alunos e professores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul visitaram o IPEN
O IPEN recebeu, em 29 de janeiro, a visita de cerca de 30 alunos e professores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Os alunos foram recebidos por servidores da Assessoria de Comunicação Social e pelo doutorando Everton Bonturim que proferiu a palestra "Energia Nuclear e suas Aplicações", do Centro de Química e Meio Ambiente (CQMA).
O diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Ensino, Marcelo Linardi, proferiu algumas palavras aos visitantes vindos de outro Estado.
Após a apresentação, o grupo visitou as instalações do Centro de Radiofarmácia (CR) do IPEN.