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- 13/07/2016 - Pós-doutorado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais no IpenInstituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares recebe inscrições até o dia 22 de julho para vaga com bolsa da Fapesp
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares recebe inscrições até o dia 22 de julho para vaga com bolsa da Fapesp
Fonte: Jornal da CiênciaUma oportunidade de pós-doutorado com bolsa da Fapesp está disponível, até o dia 22 de julho, no Centro de Ciência e Tecnologia dos Materiais do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). As atividades serão realizadas no Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
A vaga está vinculada ao Projeto Temático "Estudo da corrosão localizada e caracterização da resistência à corrosão associada à fadiga na região de solda em ligas de alumínio de elevada resistência soldadas por fricção (FSW)”.
O trabalho é conduzido por um grupo multidisciplinar que inclui pesquisadores do Ipen, da USP em São Paulo e São Carlos, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Diadema, cujas linhas de investigação estão voltadas à corrosão de ligas de alumínio, especificamente na indústria aeronáutica.
O candidato selecionado conduzirá pesquisa teórica e/ou empírica no tema "Uso da espectroscopia de impedância local (LEIS) para estudo da corrosão de ligas de alumínio de elevada resistência mecânica, soldadas por FSW”. Também desempenhará outras atividades regulares, como a apresentação de seminários, a elaboração depapers, a disseminação dos resultados da pesquisa e a produção de artigos a serem submetidos em revistas de alto impacto acadêmico.
É recomendável ter doutorado em Corrosão de Ligas de Alumínio, forte histórico de publicação e bom desempenho em inglês falado e escrito.
A documentação solicitada inclui CV Lattes completo ou Curriculum Vitae, se estrangeiro; MyCitation (Google Scholar); e projeto de pesquisa com introdução, objetivos, metodologia, método de análise de resultados, conclusões e bibliografia (tamanho máximo de 20 páginas).
Candidaturas devem ser enviadas paraegp01@ipen.br, com o assunto indicando "Bolsa – PD Temático – Corrosão – LEIS”. Dúvidas podem ser encaminhadas à coordenadora do projeto, Dra. Isolda Costa (icosta@ipen.br).
A seleção do bolsista será feita em duas etapas: na primeira, serão avaliados o curriculum, as publicações, o perfil e a trajetória do candidato, assim como a qualidade científica da proposta e sua aderência às linhas de pesquisa do projeto; a segunda consistirá em uma entrevista presencial ou por videoconferência.
A oportunidade está publicada na íntegra emfapesp.br/oportunidades/1189.
O selecionado receberá bolsa de bolsa de pós-doutorado da Fapesp no valor de R$ 6.819,30 mensais e Reserva Técnica. A Reserva Técnica da bolsa de PD equivale a 15% do valor anual da bolsa e tem o objetivo de atender a despesas imprevistas e diretamente relacionadas à atividade de pesquisa.
Caso o bolsista resida em domicílio diferente e precise se mudar para a cidade onde se localiza a instituição sede da pesquisa, poderá ter direito a um Auxílio-Instalação.
Mais informações sobre a bolsa de pós-doutorado da Fapesp estão disponíveis emfapesp.br/bolsas/pd.
Outras vagas de bolsas de pós-doutorado, em diversas áreas do conhecimento, estão no siteFapesp-Oportunidades.
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- 13/07/2016 - Senado aprova pacote de reajuste salarial para servidores públicosFonte: Folha de S. Paulo
O Senado aprovou nesta terça-feira (12) o pacote de oito projetos que reajusta os salários de diversas categorias do funcionalismo. Os textos seguem para sanção presidencial.As propostas beneficiam servidores da Câmara dos Deputados, do Tribunal de Contas da União, da Advocacia-Geral da União, da Polícia Federal, do Banco Central, da Educação, da Cultura, do Desenvolvimento Agrário e de ex-territórios federais, além de outras 40 carreiras como agentes penitenciários, médicos e técnicos de hospitais públicos e soldo dos militares.
No caso do TCU, o reajuste será de 31,32% em quatro parcelas pagas até 2019 para cargos efetivos e funções comissionadas. Já os servidores da Câmara dos Deputados deverão receber um aumento médio de 5% também até 2019.
Para os militares das Forças Armadas, o reajuste será de 25,5% nos próximos três anos. Os servidores do magistério federal e de carreiras ligadas à Educação, como o Fundo Nacional de Desenvolvimento (FNDE) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o aumento médio será de 20% pagos ao longo dos próximos quatro anos.
Até o fim da votação, os senadores não sabiam informar qual é o impacto atualizado do pacote para os cofres da União. De acordo com alguns congressistas, o ministério do Planejamento ainda não concluiu os cálculos mas a estimativa é de que fiquem em torno de R$ 53 bilhões até 2019.
De acordo com o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o aumento salarial é menor do que a inflação prevista para os próximos três anos e, por isso, os reajustes permanecerão dentro do centro da meta de inflação de 4,5%. Ele destacou também que não há gastos novos aprovados nestes projetos.
"A aplicação dos reajustes dos vencimentos se desdobrará em três anos, seguindo uma prática que vem desde o início do governo Lula. Nessa negociação, o reajuste não ultrapassará 4,5%, que é a meta da inflação a que aspiramos chegar, ou seja, o centro da meta da inflação. Não haverá nenhum acréscimo ao gasto que ultrapasse o centro da meta projetada para os três anos", explicou Aloysio.
Para que as propostas pudessem seguir direto para sanção presidencial e não tivessem que ser analisadas novamente pela Câmara, o presidente interino, Michel Temer, se comprometeu a vetar qualquer artigo que possibilite a criação de cargos ou gratificações e a transferência de carreiras. Apenas uma das propostas chegava a criar mais de 14 mil postos.
O compromisso foi ratificado em plenário pelo líder do governo na Casa, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). por Aloysio Nunes. "Fizemos um acordo para que o governo vete esses pontos porque não podemos arcar com esse tipo de gasto no momento em que o país enfrenta uma crise econômica", disse.
O tucano reafirmou que os reajustes foram negociados ainda pela presidente Dilma Rousseff, atualmente afastada de seu cargo, e está dentro das previsões para a meta fiscal deste e do próximo. Ao assumir o comando interino do país, Michel Temer manteve o acordo.
Na semana passada, o Senado aprovou outros dois projetos quereajustaram em 41,5% os saláriosdos servidores do poder Judiciário e de 12% para os funcionários do Ministério Público da União. Os senadores também aprovaram outra proposta que reajuste os salários dos servidores da Casa.
Faltam ainda mais três propostas do pacote serem analisadas pelo Senado. Apesar da forte rejeição dentro do Congresso, a Comissão de Constituição e Justiça pode analisar nesta quarta (13) o projeto que trata do aumento salarial para os ministros do Supremo Tribunal Federal dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil, elevando o teto remuneratório do funcionalismo público.
De acordo com Aloysio, é provável que o aumento seja deixado de lado já que ele gera um impacto bilionário para Estados e municípios que terão que reajustar diversos salários vinculados. "Como que a gente vai mandar uma bomba dessas para os Estados que hoje já não conseguem pagar suas contas? Não é o momento de fazer isso agora", afirmou
O Senado também pode analisar o aumento salarial para o Ministério Público Federal e para a Defensoria Pública da União.
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- 12/07/2016 - Cardiologistas estão preocupados com o risco de interrupção no fornecimentos de radiofármacosOs radiofármacos são necessários para a realização de exames para detectar diversas doenças, entre elas, cânceres e doenças cardiovasculares
Os radiofármacos são necessários para a realização de exames para detectar diversas doenças, entre elas, cânceres e doenças cardiovasculares
Fonte: SEGSO presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, Marcus Bolívar Malachias, encaminhou nota de apoio à Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear por conta do risco de interrupção no fornecimento de radiofármacos necessários para a realização de 6 mil exames/dia, cerca de 1,5 milhão/ano. Os exames são essenciais para detectar diversas doenças, entre elas, cânceres e doenças cardiovasculares.
"Em nome da Sociedade Brasileira de Cardiologia e de seus 14 mil cardiologistas associados, responsáveis pela assistência à saúde cardiovascular da população, destaco a preocupação com a dificuldade de disponibilização de radiofármacos no país, na expectativa de sensibilizar as autoridades responsáveis para uma urgente solução de seu fornecimento, imprescindível ao manejo clínico e preservação da vida de milhares de cidadãos brasileiros", afirmou o presidente da SBC, Marcus Bolívar Malachias.
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - Ipen é responsável pela produção de 95% de todos os medicamentos desse tipo usados no Brasil. Segundo reportagens publicadas na imprensa, o Instituto só tem dinheiro suficiente para operar até o fim de agosto. O Ipen fabrica 38 produtos para medicina nuclear, que são fornecidos para 430 clínicas e hospitais em todo o país, sendo que um terço da produção é destinada ao Sistema Único de Saúde.
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- 12/07/2016 - Conselho Mundial de Energia debate cenários energéticos para América LatinaFonte: EBC Agência Brasil
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Os cenários energéticos da América Latina até 2035 começaram a ser debatidos hoje (12) no Seminário regional: cenários energéticos na América Latina, promovido pelo Comitê Brasileiro do Conselho Mundial de Energia (CME), além do próprio CME. O evento ocorre na Universidade Petrobras.
Presidente do Comitê Brasileiro do CME, Norberto de Franco Medeiros informou que os cenários em discussão abrangem, entre outros temas, preços do petróleo no mercado internacional, energias alternativas, água versus energia e implicações da 21ª Conferência do Clima (COP 21) no setor de energia.
A COP 21 foi realizada em dezembro do ano passado, em Paris, e resultou na assinatura de um acordo global firmado por 195 países para reduzir as emissões de gases poluentes na atmosfera.
Energias renováveis
Medeiros disse que o setor enfrenta atualmente não um problema, mas um "trilema”. "Ao mesmo tempo, o mundo tem de suprir a demanda crescente, tem de ligar dois bilhões de pessoas que não têm energia sob a forma comercial e, além disso, tem de proteger o meio ambiente. Esse é o grande dilema do setor”, afirmou.
De acordo com o presidente, entre os principais pontos do setor de energia para 2016 estão as energias renováveis, incluindo hidráulicas, que representam hoje 30% de toda a capacidade instalada do mundo e 23% da produção de energia. Segundo ele, isso ocorreu porque, nos últimos dez anos, cresceu muito a energia solar e eólica.
Para Norberto Medeiros, "a energia renovável é um grande negócio”. Ele acrescentou que, no ano passado, os investimentos nessa área bateram recorde. Foram aplicados US$ 286 bilhões em 154 gigawatts (GW) de novas usinas de fontes renováveis, sendo 76% de fonte eólica e solar. Conforme o presidente, a tendência de curto prazo é aplicar nessas duas fontes.
Energia nuclear
Norberto Medeiros disse acreditar que o mundo vai continuar usando energias fósseis. "É muito difícil substituir completamente a produção de carvão dos países ricos. Vamos fazer usinas de carvão menos poluidoras, tentar captar o carbono, fazer o diabo para melhorar isso. Na China e nos Estados Unidos, que têm muita energia elétrica por meio do carvão, é muito difícil (substituir). Outra coisa é o petróleo. Com todos os carros do mundo, vamos continuar procurando coisas para modificar, mas não é simples”.
Segundo o presidente do comitê, a energia nuclear também ganhará ênfase nos próximos anos. "Vamos chegar a um ponto em que vamos usar mais nuclear.”
Durante o seminário latino-americano, que se estenderá até amanhã (13), o Brasil lançará seu programa Jovens Líderes de Energia, à semelhança do que tem o CME, que já reúne 50 países.
Medeiros destacou que, de três em três anos, o CME organiza um grande congresso mundial que, em 2016, ocorrerá em Istambul, na Turquia. Paralelamente, ocorrerá um encontro dos jovens líderes. "É o pessoal se preparando para o futuro na área de energia”, concluiu o presidente do comitê brasileiro.
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- 12/07/2016 - Falta de verbas prejudica tratamentos com medicina nuclear e Ipen pode pararFonte: Agência Brasil - EBC
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) em São Paulo, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que produz 85% dos radiofármacos utilizados para exames e tratamentos com medicina nuclear, pode parar em agosto por falta de dinheiro. Radiofármacos são substâncias emissoras de radiação utilizadas na medicina para radioterapia e exames de diagnóstico por imagem.O superintendente do Ipen, José Carlos Bressiani, informou que a situação é grave, pois os cortes do governo geraram perdas de mais de R$ 50 milhões ao orçamento do instituto, cujos gastos são de aproximadamente R$ 150 milhões anuais.
"Muito do material que fazemos depende de importação de matéria-prima e, sem complementação orçamentária, não temos como importar o material para fabricar o produto que vendemos. Precisamos da garantia da vinda de recursos até o meio de agosto para podermos encomendar o material e continuar fabricando”, explicou Bressiani. "O Brasil não é autossuficiente na produção de material radioativo, então ainda temos o problema da variação cambial”.
Milhares de pacientes em todo o país podem ser prejudicados, já que o instituto fabrica 38 produtos para a medicina nuclear, alguns fundamentais para diagnóstico de câncer e doenças do coração como o tecnécio-99, cuja matéria-prima é o molibdênio, e para tratamentos de doenças, como o iodo-131.
Alarmante
O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Cláudio Tinoco Mesquita, disse que a situação do Ipen é alarmante. "Estamos falando de uma série de exames essenciais que dependem desses radiotraçadores que tem monopólio estatal e que ficam ameaçados”, declarou. "A doença cardiovascular, por exemplo, é a principal causa de morte no Brasil e 55% de todos os procedimentos de medicina nuclear feitos tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede privada são de cintilografia de perfusão miocárdica, que é essencial para salvar vidas”, disse.
Cerca de 180 funcionários trabalham diretamente na produção dos fármacos do instituto, criado na década de 1960. O instituto vende os produtos para 430 clínicas e hospitais de medicina nuclear, sendo que o Sistema Único de Saúde responde pela compra de um terço do material.
A produção de radiofármacos também é feita em Belo Horizonte, no Rio e no Recife em unidades ligadas ao MCTIC. Mas o Ipen é o único que produz isótopos de meia-vida longa, ou seja, com mais de duas horas de vida útil. A Constituição determina que todos os produtos radioativos com vida ativa superior a duas horas são de responsabilidade exclusiva do Estado brasileiro.
"É um material de alta contaminação radioativa e não pode ficar na mão de qualquer um, pois pode gerar problemas graves de segurança,” disse Bressiani, que defende o monopólio da produção. "Tem funcionado bem há 50 anos e, como é o governo que compra a matéria-prima, então não paga imposto. Uma indústria privada terá de pagar imposto e encarece o medicamento para a sociedade”.
Já Mesquita defende a quebra do monopólio. "Esse monopólio não existe na maioria dos países. Sou a favor da quebra do monopólio no Brasil, mas sem deixar de investir no aperfeiçoamento da medicina brasileira que tem funcionado de modo exemplar. O problema é que sempre que há uma crise financeira no país, falta de orçamento, isso tem imenso impacto na população. Além disso, como é o governo que tem que trazer os novos radiofármacos para o país, muitos serviços acabam defasados. O paciente que tem dinheiro vai para o Uruguai, para o Chile, Estados Unidos fazer exame”.
O problema da diminuição no repasse de recursos é agravado pelo déficit de revisão dos valores praticados na tabela do SUS para procedimentos da medicina nuclear, ressaltou o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear. "Com o aumento do dólar, o preço dos radiofármacos aumentou muito, mas, ao mesmo tempo, o governo não reajusta o valor do reembolso dos exames da tabela do SUS desde 2009.
E a maior parte da população depende do SUS e, como nas áreas mais remotas do país há o custo alto do frete, algumas clínicas nesses locais estão deixando de fazer certos exames, porque já não compensa financeiramente. E alguns exames mais complexos estão cada vez mais difíceis de serem realizados pela população mais pobre”, disse.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações informou que não há risco de desabastecimento de radiofármacos, pois o ministério "já havia recebido a solicitação do Comissão Nacional de Energia Nuclear de adequação orçamentária para este ano equivalente às despesas programadas para a produção dos referidos produtos".
O ministério informou ainda que tomará todas as providências necessárias para atender a solicitação e que o Ipen está recebendo normalmente a matéria prima da Rússia, África do Sul e Argentina três vezes por semana.
*Matéria ampliada às 10h05 para inclusão dos dois últimos parágrafos, com o posicionamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
Edição:Kleber Sampaio
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- 12/07/2016 - Cortes no orçamento podem atingir pacientes com câncerFonte: GGNLuis Nassif
Jornal GGN –O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) pode parar em agosto por falta de dinheiro. O governo interino realizou cortes no orçamento que geraram perdas de mais de R$ 50 milhões - para uma estrutura que tem gastos de R$ 150 milhões por ano. O Ipen produz 85% dos radiofármacos utilizados para exames e tratamentos com medicina nuclear. Essas substâncias são controladas e a produção é monopolizada pelo Estado. Com a crise, já há especialistas defendendo a abertura do setor.
"Estamos falando de uma série de exames essenciais que dependem desses radiotraçadores que tem monopólio estatal e que ficam ameaçados”, disse para a Agência Brasil o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Cláudio Tinoco Mesquita.
"Esse monopólio não existe na maioria dos países. Sou a favor da quebra do monopólio no Brasil, mas sem deixar de investir no aperfeiçoamento da medicina brasileira que tem funcionado de modo exemplar. O problema é que sempre que há uma crise financeira no país, falta de orçamento, isso tem imenso impacto na população. Além disso, como é o governo que tem que trazer os novos radiofármacos para o país, muitos serviços acabam defasados. O paciente que tem dinheiro vai para o Uruguai, para o Chile, Estados Unidos fazer exame”, afirmou.
O superintendente do Ipen, José Carlos Bressiani, discorda. "É um material de alta contaminação radioativa e não pode ficar na mão de qualquer um, pois pode gerar problemas graves de segurança”. Ele defende o monopólio da produção. "Tem funcionado bem há 50 anos e, como é o governo que compra a matéria-prima, então não paga imposto. Uma indústria privada terá de pagar imposto e encarece o medicamento para a sociedade”.
Mesmo assim, ele disse que a situação do Ipen é preocupante. "Muito do material que fazemos depende de importação de matéria-prima e, sem complementação orçamentária, não temos como importar o material para fabricar o produto que vendemos. Precisamos da garantia da vinda de recursos até o meio de agosto para podermos encomendar o material e continuar fabricando”, explicou. "O Brasil não é autossuficiente na produção de material radioativo, então, ainda temos o problema da variação cambial”.
Da Agência Brasil
Falta de verbas prejudica tratamentos com medicina nuclear e Ipen pode parar
Por Flávia Villela
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) em São Paulo, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que produz 85% dos radiofármacos utilizados para exames e tratamentos com medicina nuclear, pode parar em agosto por falta de dinheiro. Radiofármacos são substâncias emissoras de radiação utilizadas na medicina para radioterapia e exames de diagnóstico por imagem.
O superintendente do Ipen, José Carlos Bressiani, informou que a situação é grave, pois os cortes do governo geraram perdas de mais de R$ 50 milhões ao orçamento do instituto, cujos gastos são de aproximadamente R$ 150 milhões anuais.
"Muito do material que fazemos depende de importação de matéria-prima e, sem complementação orçamentária, não temos como importar o material para fabricar o produto que vendemos. Precisamos da garantia da vinda de recursos até o meio de agosto para podermos encomendar o material e continuar fabricando”, explicou Bressiani. "O Brasil não é autossuficiente na produção de material radioativo, então, ainda temos o problema da variação cambial”.
Milhares de pacientes em todo o país podem ser prejudicados, já que o instituto fabrica 38 produtos para a medicina nuclear, alguns fundamentais para diagnóstico de câncer e doenças do coração como o tecnécio-99, cuja matéria-prima é o molibdênio, e para tratamentos de doenças, como o iodo-131.
Alarmante
O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Cláudio Tinoco Mesquita, disse que a situação do Ipen é alarmante. "Estamos falando de uma série de exames essenciais que dependem desses radiotraçadores que tem monopólio estatal e que ficam ameaçados”, declarou. "A doença cardiovascular, por exemplo, é a principal causa de morte no Brasil e 55% de todos os procedimentos de medicina nuclear feitos tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede privada são de cintilografia de perfusão miocárdica, que é essencial para salvar vidas”, disse.
Cerca de 180 funcionários trabalham diretamente na produção dos fármacos do instituto, criado na década de 1960. O instituto vende os produtos para 430 clínicas e hospitais de medicina nuclear, sendo que o Sistema Único de Saúde responde pela compra de um terço do material.
A produção de radiofármacos também é feita em Belo Horizonte, no Rio e no Recife em unidades ligadas ao MCTIC. Mas o Ipen é o único que produz isótopos de meia-vida longa, ou seja, com mais de duas horas de vida útil. A Constituição determina que todos os produtos radioativos com vida ativa superior a duas horas são de responsabilidade exclusiva do Estado brasileiro.
"É um material de alta contaminação radioativa e não pode ficar na mão de qualquer um, pois pode gerar problemas graves de segurança,” disse Bressiani, que defende o monopólio da produção. "Tem funcionado bem há 50 anos e, como é o governo que compra a matéria-prima, então não paga imposto. Uma indústria privada terá de pagar imposto e encarece o medicamento para a sociedade”.
Já Mesquita defende a quebra do monopólio. "Esse monopólio não existe na maioria dos países. Sou a favor da quebra do monopólio no Brasil, mas sem deixar de investir no aperfeiçoamento da medicina brasileira que tem funcionado de modo exemplar. O problema é que sempre que há uma crise financeira no país, falta de orçamento, isso tem imenso impacto na população. Além disso, como é o governo que tem que trazer os novos radiofármacos para o país, muitos serviços acabam defasados. O paciente que tem dinheiro vai para o Uruguai, para o Chile, Estados Unidos fazer exame”.
O problema da diminuição no repasse de recursos é agravado pelo déficit de revisão dos valores praticados na tabela do SUS para procedimentos da medicina nuclear, ressaltou o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear. "Com o aumento do dólar, o preço dos radiofármacos aumentou muito, mas, ao mesmo tempo, o governo não reajusta o valor do reembolso dos exames da tabela do SUS desde 2009.
E a maior parte da população depende do SUS e, como nas áreas mais remotas do país há o custo alto do frete, algumas clínicas nesses locais estão deixando de fazer certos exames, porque já não compensa financeiramente. E alguns exames mais complexos estão cada vez mais difíceis de serem realizados pela população mais pobre”, disse.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações não se manifestou até a publicação do texto.
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- 11/07/2016 - Temer acabará com estabilidade de servidor públicoFez concurso esperando que teria estabilidade e segurança no cargo público? Temer vai acabar com isso e demitir servidores
Fez concurso esperando que teria estabilidade e segurança no cargo público? Temer vai acabar com isso e demitir servidores
Fonte: Plantão Brasil
Uma das principais metas do presidente interino Michel Temer (PMDB) para o setor público das três esferas (federal, estadual e municipal) é acabar com a estabilidade do funcionalismo brasileiro. Medida, no entanto, é bastante polêmica e só deve ir a discussão caso o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) de fato se consolide no Senado, apesar de aliados do governo, como o governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB), já falarem abertamente sobre essa questão. Durante evento empresarial em Salvador, por exemplo, Perillo disse que estabilidade "é a coisa mais imbecil que existe".
Segundo um assessor parlamentar do PMDB no Senado, "não será possível adotar a necessária e urgente política de privatizações se o país não começar a quebrar alguns tabus, como é o caso da estabilidade do funcionalismo". Diz também esse técnico, que prefere não se identificar, que na iniciativa privada não há estabilidade e "a eficiência no trabalho é muito maior".
O assessor peemedebista diz se espelhar no seu colega Marcos Mendes, economista e Consultor Legislativo do Senado. Em entrevista ao Estadão no final de março deste ano, esse renomado burocrata defendeu de forma muito clara o fim da estabilidade do funcionalismo. Dentre seus argumentos, diz que é preciso mudar a lei para que seja retirada a estabilidade, para que se possa demitir com mais rapidez os servidores hoje estáveis, uma vez que são 'obsoletos'.
Diz ainda o Dr. Marcos que o "servidor não pode ser demitido, porque a lei garante estabilidade. Assim, tem o benefício de conseguir salários muito acima dos da iniciativa privada".
O governo Temer, caso se efetive, sabe no entanto que quebrar a estabilidade do funcionalismo não será tarefa fácil. O movimento sindical é muito atuante entre os servidores de todo o país e certamente atrapalhará os planos do golpista.
O funcionalismo público sempre foi apontado por muitos como uma opção de trabalho segura, já que os servidores têm direito a estabilidade no emprego, sendo demitidos, segundo o artigo 41 da Constituição Federal, apenas em casos de sentença judicial por processo administrativo ou por insuficiência de desempenho (cujas regras ainda aguardam regulamentação). O fato recente é que está para ser votado na Câmara dos Deputados o PLP (Projeto de Lei Complementar) 257/2016, que propõe uma reforma fiscal que pode suspender a realização de concursos públicos, congelar salários e criar até um programa de demissão voluntária de servidores públicos. O pacote pressupõe ainda o alongamento da dívida pública dos estados com a União. O prazo era de meados de 2027 e foi adiado por mais 20 anos.
O serviço público engloba três tipos de contratação. Há os empregados públicos, que estão sob o regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), tendo os mesmos direitos e deveres de um funcionário de uma empresa privada. Existem ainda os cargos comissionados, que são aqueles contratados sem concurso público. Por fim, os efetivos, que tem direito a estabilidade após três anos de trabalho. Antes disso, eles são considerados em estágio probatório, estando sujeitos à exoneração de ofício caso haja reprovação nesse período.
Contudo, desde a Lei Complementar 101/2000, a denominada Lei de Responsabilidade Fiscal, essa estabilidade pode ser ameaçada. Isso porque os governos federais, estaduais e municipais não podem gastar mais do que arrecadam, sendo obrigados a fazer os cortes e ajustes necessários para manter as contas equilibradas. O artigo 22 prevê que, se a despesa com pessoal exceder a 95% do limite - que é de 50% da arrecadação na União e 60% nos estados e municípios - fica vedada a concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração. Vedam-se ainda a criação de cargo, emprego ou função; a alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; o provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento; e a contratação de hora extra, salvo no caso de situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias.
Esse Plano de Auxílio aos Estados e Municípios, apresentado pelo governo federal no último dia 21 de março, prevê três etapas, sendo inicialmente a restrição à ampliação do quadro, o não reajuste de salários e corte de gastos discricionários, administrativos e de cargos comissionados. Caso essas medidas não sejam suficientes, será preciso partir para a segunda etapa, que pressupõe a proibição de aumentos nominais de salários, concessões de novos subsídios e desonerações, assim como mais cortes nos gastos já mencionados. Se ainda assim o desequilíbrio permanecer, a terceira etapa prevê a vedação de reajustes reais no salário mínimo, corte de 30% nos benefícios dos servidores (que são alimentação, saúde, transporte e auxílio creche), além de um programa de demissão voluntária ou licença temporária não remunerada.
Até o momento o governo não abordou a demissão de servidores, tomando medidas anteriores para conter a crise. Mas, sabe-se que se essas medidas não forem suficientes, corre-se o risco de invocação indevida da Lei de Responsabilidade Fiscal para justificar demissões "não voluntárias”. Nesse caso, o servidor deve ficar atento. Antes de falar em demissão de servidores efetivos, prefeituras, estados, Distrito Federal e União, deverão exonerar - pelo menos - 20% dos comissionados. E aqui cabe interpretar que, se 20% dos comissionados não forem suficientes, deve-se avançar para todos os comissionados e terceirizados, antes de se falar em cargo efetivo submetido ao devido concurso. É difícil imaginar um corte ampliado de comissionados e terceirizados que exija o avanço para a demissão de servidores efetivos não estáveis e, sucessivamente, estáveis.
Em suma, se aparentemente o servidor público efetivo pode sim vir a ser demitido em função de uma crise, deve-se observar atentamente se todas as outras medidas anteriores foram integralmente esgotadas e realmente não surtiram efeito. Os governos, tanto federal, quanto estaduais e municipais - onde normalmente concentram-se os maiores desequilíbrios orçamentários - precisam atentar-se para a adoção de medidas radicais em outros setores, sem apelar para gerar um vácuo no serviço público que suplicará preenchimento logo adiante. Lembremos que não foi a folha de pagamento dos servidores que causou a crise atual e certamente não será ela que irá resolver. Medidas que desestimulam os direitos sociais nunca são saudáveis. Ao servidor, cabe analisar cada passo do PLP 257/2016 e seus desdobramentos, evitando a culpa indevida pelo desequilíbrio das contas do Estado.
(*) Rudi Cassel é advogado especializado em direito do servidor público. -
- 11/07/2016 - Ex-ministro de Dilma é internado em UTI após acidente de carro em MGCarro em que estava Marco Antônio Raupp foi atingido em Caxambu (MG). Ele foi ministro de Ciência e Tecnologia entre 2012 e 2014.
Carro em que estava Marco Antônio Raupp foi atingido em Caxambu (MG). Ele foi ministro de Ciência e Tecnologia entre 2012 e 2014.
Fonte: G1 - Globo.comO ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Dilma Rousseff, Marco Antônio Raupp, sofreu um acidente de carro na BR-354, em Caxambu (MG), e está internado no Hospital Cônego Monte Raso, em Baependi. Raupp, de 78 anos, está na UTI do hospital, que não passou mais informações.
Segundo a família do ex-ministro ouvida pelo G1 Vale do Paraíba, em São José dos Campos (SP), Raupp teve que passar por uma cirurgia na região abdominal e está em coma induzido.
O acidente com o ex-ministro ocorreu na tarde deste domingo (10). Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal de Caxambu, o carro onde Raupp estava foi atingido de frente por um Pálio com placas de São Paulo (SP).
O condutor do veículo teria perdido o controle da direção após passar em um trecho com óleo na pista. Uma passageira do Pálio sofreu ferimentos leves.
Marco Antônio Raupp foi ministro de Ciência e Tecnologia entre janeiro de 2012 e março de 2014. Raupp já foi diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e presidente da Agência Espacial Brasileira, e atualmente, é diretor do Parque Tecnológico de São José dos Campos.
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- 11/07/2016 - Membro do IPEN fala sobre crise na produção de radiofármacos - R7Jair Mengatti, gerente do Centro de Radiofarmácia no IPEN, fala da crise que pode vir se faltar recurso para a produção.
Jair Mengatti, gerente do Centro de Radiofarmácia no IPEN, fala da crise que pode vir se faltar recurso para a produção.
Fonte: R7
Jair Mengatti, gerente do centro de radiofarmácia do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, concedeu entrevista a Heródoto Barbeiro e falou sobre a dificuldade na obtenção de recursos materiais e humanos para a produção de radiofármacos.
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- 09/07/2016 - Detector de neutrinos é instalado em Angra 2 para tornar usina mais seguraO equipamento também ajudará no estudo de micropartículas
O equipamento também ajudará no estudo de micropartículas
Fonte: Correio BrazilienseBelo Horizonte — Projeto desenvolvido por pesquisadores brasileiros, com cooperação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), possibilitará medir em tempo real o nível de atividade da Usina de Angra 2, em Angra dos Reis (RJ). O monitoramento será realizado por meio de um detector de neutrinos do tipo Cherenkov, instalado junto à parede externa do reator nuclear. O equipamento está pronto e em fase de testes no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), na capital fluminense.
O detector é um tanque de água dopada com gadolínio onde são montados sensores que detectam os tênues flashes de luz produzidos na interação dos neutrinos com prótons das moléculas de água. A uma distância de 30m do reator e com o alvo de uma tonelada de água, o número de interações de neutrinos previstas é de 5 mil por dia, entre os trilhões por segundo que passam incólumes pelo sistema.A ideia é utilizá-lo como uma ferramenta adicional de proteção, reduzindo os riscos de que algum vazamento demore a ser percebido. Além disso, o Cherenkov é uma forma de assegurar que o combustível nuclear (urânio enriquecido) ou o refugo (plutônio) não estão sendo retirados de forma não declarada da usina, uma preocupação constante da AIEA. Uma terceira função será a realização de estudos sobre neutrinos, micropartículas de grande interesse para a física.
O projeto do detector Cherenkov, aliás, surgiu em 2003, quando pesquisadores americanos e franceses buscavam entre os 430 reatores nucleares existentes no mundo os que tivessem boas condições para sediar um estudo científico sobre as oscilações de neutrinos. "Esse experimento acabou sendo realizado em outro local, mas percebemos que tínhamos excelentes condições no Brasil para estudar os neutrinos produzidos em reatores nucleares, que são potentíssimas fontes de antineutrinos provenientes da fissão dos elementos combustíveis”, diz João dos Anjos, pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e coordenador do Projeto Neutrinos Angra, do qual participam 16 especialistas e 12 alunos de oito instituições brasileiras.
Foi na década de 1980 que pesquisadores russos mostraram que reatores nucleares poderiam ser monitorados por detectores de neutrinos. A possibilidade do experimento despertou a atenção da AIEA, que criou um painel de especialistas para estudar a viabilidade e o potencial da técnica para uso no programa de salvaguardas nucleares da agência.
Entre as recomendações do painel estavam que o detector deveria ser compacto, de baixo custo e ser instalado na superfície, além de caber dentro de um contêiner, o que facilitaria a mobilidade. "Tendo em vista o interesse da AIEA e o custo relativamente baixo de um detector compacto, resolvemos desenvolver no Brasil um destinado ao monitoramento de reatores nucleares. Daí nasceu o projeto Neutrinos Angra”, conta Dos Anjos.
As primeiras discussões começaram em 2005, mas o projeto oficial só foi submetido à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) dois anos depois. A construção teve início em 2008 e foram feitas várias alterações para atender normas de segurança da Eletronuclear, empresa de economia mista que opera as usinas nucleares brasileiras.
O design final foi concluído em 2012 quando os pesquisadores começaram a construção dos tanques de água onde são montados os sensores de luz (fotomultiplicadoras). A previsão é de que a instalação ocorra ainda este ano, caso sejam liberados recursos para o transporte e a montagem. O custo total do projeto é de cerca de R$ 1 milhão, valor considerado baixo pelos pesquisadores, dada a tecnologia envolvida. -
- 08/07/2016 - Falta de verba atinge medicina nuclear e pode prejudicar 6 mil pacientes/diaResponsável por 95% dos radiofármacos no País, Ipen só tem dinheiro até agosto; produtos são essenciais para diagnóstico de câncer
Responsável por 95% dos radiofármacos no País, Ipen só tem dinheiro até agosto; produtos são essenciais para diagnóstico de câncer
Fonte: O Estado de S. Paulo
Herton Escobar - Enviado Especial
PORTO SEGURO (BA) - A crise orçamentária da ciência brasileira ameaça paralisar a produção de radiofármacos no País. O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), responsável pela produção de 95% de todos os medicamentos desse tipo usados no Brasil, só tem dinheiro suficiente para operar até o fim de agosto. Depois disso, sem uma injeção emergencial de recursos, a fábrica fecha.
"Vai parar tudo, literalmente”, disse ao Estado o superintendente do Ipen, José Carlos Bressiani. "A situação é muito crítica. Não teremos dinheiro nem para pagar a conta de luz”, ressaltou.
Cerca de 6 mil pacientes usam os produtos do Ipen diariamente, de acordo com a estimativa de Bressiani. O instituto fabrica 38 produtos para medicina nuclear, que são fornecidos para 430 clínicas e hospitais em todo o País. Entre eles estão o tecnécio-99, essencial para diagnóstico de câncer e várias outras doenças, e o iodo-131, para o tratamento de problemas da tireoide.
O número de pacientes beneficiados por ano é de aproximadamente 1,5 milhão. E cerca de um terço da produção é destinada ao Sistema Único de Saúde (SUS).
O orçamento do Ipen para 2016 é de aproximadamente R$ 100 milhões, mas o instituto precisa de pelo menos R$ 150 milhões para manter a produção de radiofármacos funcionando, afirmou Bressiani. "Todos os cortes possíveis nós já fizemos no ano passado”, disse o superintendente, que nesta semana participa da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Porto Seguro, na Bahia.
O Ipen fica dentro da Universidade de São Paulo (USP) e é vinculado ao governo do Estado, mas é gerido e financiado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Segundo o presidente da CNEN, Renato Cotta, o orçamento da comissão para este ano, que originalmente seria de R$ 216 milhões, foi reduzido para R$ 136 milhões. "A conta não fecha, já estamos cortando no osso”, afirmou.
A liberação de um recurso emergencial de R$ 15 milhões foi aprovada pelo ministério nos últimos dias, segundo ele, mas é crucial que o dinheiro chegue antes de agosto. E ainda assim, não será suficiente. "Para sobreviver até o fim do ano precisamos de mais R$ 60 milhões, pelo menos”, disse.
Caso a produção do Ipen seja interrompida, não há como substituir seus produtos com importações, pois os radiofármacos perdem eficácia rapidamente (por causa do decaimento natural dos elementos radioativos) e precisam ser produzidos quase que "em tempo real”, próximo do local onde serão utilizados.
Além do Ipen, a CNEN gerencia outras três unidades de produção de radiofármacos no País, em Belo Horizonte, Rio e Recife – especializados na produção de isótopos de vida curta (de poucas horas de duração), que não podem ser transportados por longas distâncias. "O cobertor é curto. Se puxarmos uma ponta para salvar o Ipen, os outros vão sofrer”, avaliou Cotta.
Sem risco. Procurado pela reportagem, o ministério afirmou, por meio de nota oficial, que "não há risco de desabastecimento de radiofármacos”, pois a pasta "já havia recebido a solicitação da CNEN de adequação orçamentária para este ano equivalente às despesas programadas para a produção dos referidos produtos”.
"O MCTIC incluiu a solicitação do CNEN nas discussões sobre créditos orçamentários com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão”, disse o texto oficial. "Paralelamente, o MCTIC tomará todas as providências necessárias para atender à solicitação do CNEN, que está recebendo normalmente a matéria-prima de Rússia, África do Sul e Argentina três vezes por semana.”
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- 06/07/2016 - Usina nuclear Angra 3 deve ser concluída apenas em 2023, prevê consultoria PSRFonte: Extra
Reuters
SÃO PAULO (Reuters) - A usina nuclear de Angra 3, cujas obras estão paralisadas desde o fim do ano passado, deverá ser concluída apenas em 2023, ante um cronograma inicial que previa operação no fim de 2015, apontou a consultoria especializada em energia PSR em relatório divulgado nesta quarta-feira.
A projeção da PSR é mais pessimista que a última realizada pelo governo federal, que após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) em dezembro passado apresentou perspectiva de que a usina nuclear esteja pronta em dezembro de 2022.
Nos últimos cinco encontros do CMSE, que reúne autoridades federais do setor de energia, não foram apresentadas novas projeções sobre o cronograma de Angra 3, um projeto no Estado do Rio de Janeiro tocado pela estatal federal Eletrobras por meio da subisidiária Eletronuclear.
Orçada em 17 bilhões de reais, a usina teve a montagem eletromecânica suspensa no fim de 2015, em meio a investigações de supostas propinas no empreendimento pela Polícia Federal e desistência das empreiteiras dos trabalhos, com alegações de atrasos em pagamentos pela Eletronuclear.
Nesta quarta-feira, o atual presidente da Eletronuclear, Pedro Figueiredo, foi afastado pela Justiça por evidências de que teria agido contra as investigações.
Foi realizada ainda, pela PF, operação contra diversos suspeitos de participar de irregularidades na estatal, incluindo o ex-presidente da companhia Othon Pinheiro, que já é réu sob acusação de ter recebido propinas e encontra-se em prisão domicilicar.(Por Luciano Costa)
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- 06/07/2016 - Lava Jato volta a prender ex-presidente da Eletronuclear no RJInvestigações apuram desvio nas obras da Usina Nuclear de Angra 3. Presidente atual foi levado para a PF; juiz pediu afastamento dele do cargo.
Investigações apuram desvio nas obras da Usina Nuclear de Angra 3. Presidente atual foi levado para a PF; juiz pediu afastamento dele do cargo.
Fonte: G1Mahomed Saigg
Da TV Globo, no RioA Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quarta-feira (6), mandados no Rio de Janeiro e em Porto Alegre relacionados à Operação Lava Jato. O desdobramento da investigação no Rio apura desvio de recursos na Eletronuclear. Dez mandados de prisão foram expedidos para alvos da operação no Rio e um de condução coercitiva em Porto Alegre.
Às 11h, os 10 mandados de prisão — sete preventivas e três temporárias — já tinham sido cumpridos, incluindo o principal alvo da operação, o ex-diretor-presidente da EletronuclearOthon Luiz Pinheiro da Silva. A operação também levou em condução coercitiva para a superintendência da PF no Rio o atual presidente da Eletronuclear, Pedro Figueiredo Diniz.
Othon Luiz, durante audiência do senado
(Foto: Antonio Cruz/ABr)
Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que coordena a força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro. No despacho, ele também pede o afastamento de Pedro Diniz do cargo.
As investigações da PF dizem que um clube de empreiteiras desviava recursos da Eletronuclear, principalmente os destinados às obras da Usina Nuclear de Angra 3. A operação, que foi batizada de Pripyat, apura crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Othon já cumpria prisão domiciliar e foi preso na Barra da Tijuca. O benefício da prisão domiciliar foi retirado porque as investigações indicam que, mesmo de casa, ele estaria atuando na Eletronuclear.
O ex-dirigente da Eletronuclear foi levado por volta das 8h45 para a sede da PF, na Zona Portuária do Rio, e, em seguida, para o Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste, onde estão os presos da Operação Saqueador, entre eles o dono da Delta, Fernando Cavendish, e o contraventor Carlinhos Cachoeira.O G1tenta contato com o advogado de Othon.No Rio Grande do Sul, às 9h20, agentes cumpriram mandado de condução coercitiva e busca e apreensão contra Valter Cardeal, que foi diretor da Eletrobras e era um homem de confiança da presidente afastada Dilma Rousseff.
Em comunicado aos seus acionistas, a Eletronuclear informou que tomou conhecimento pela imprensa de "suposta operação da Polícia Federal, iniciada na manhã de hoje, envolvendo o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva e outros.A Companhia está verificando o episódio noticiado pela imprensa e manterá o mercado informado", diz a nota.
Operação Pripyat
Participam da operação, no Rio e em Porto Alegre, 137 policiais. O nome da ação é uma referência a uma cidade perto da usina de Chernobyl, na Ucrânia, que fazia parte da então União Soviética. Moradores tiveram que deixar o local às pressas após o desastre nuclear na usina, transformando-a numa cidade fantasma.
Além dos mandados de prisão, serão cumpridos também de busca e apreensão e condução coercitiva — quando alguém suspeito de ser ligado ao caso é levado para prestar depoimento e depois liberado.
No Rio, agentes estiveram na sede da Eletronuclear, no Centro do Rio, e na casa de alvos da operação na Barra da Tijuca e em outras regiões da cidade. Segundo o sindicato de funcionários da estatal, no prédio da empresa, os agentes estiveram na sala da presidência e na sala do cofre.
Desmembramento da Lava Jato
A ação penal sobre o esquema de corrupção na Eletronuclear foi desmembrada da apuração de irregularidades na Petrobras no dia 29 de outubro, e encaminhada para a Justiça Federal do Rio. Com o desmembramento, deixou de ser julgada na Justiça Federal do Paraná, onde tiveram início as investigações da Lava Jato.
Othon está afastado da Eletrobras desde abril do ano passado por conta das investigações. Em 28 de julho, foi preso na 16ª fase da Lava Jato, acusado de receber R$ 4,5 milhões de propina das obras da Usina Nuclear de Angra 3. Inicialmente, o ex-diretor ficou detido em um quartel do Exército em Curitiba. Em novembro, foi transferido para o 1º Distrito Naval, no Rio de Janeiro, e atualmente está em prisão domiciliar.
Em junho deste ano, o MPF pediu a condenação de Othon por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e obstrução da Justiça. Na ocasião, o advogado do ex-diretor da Petrobras afirmou que ele só se pronunciaria nos autos.
Em abril, em depoimento na 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro,o ex-presidente admitiu que usou contratos de fachada feitos com empresas de amigos para receber dinheiro da construtora Andrade Gutierrez, mas negou que fosse propina.
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- 05/07/2016 - Brasil exportará urânio enriquecido pela primeira vezFonte: Click Folha
Agência Brasil - A empresa brasileira Indústrias Nucleares do Brasil (INB) exportará urânio enriquecido pela primeira vez. A empresa, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, firmou acordo com a empresa estatal argentina Combustibles Nucleares Argentinos (Conuar), que prevê o envio de quatro toneladas de pó de dióxido de urânio para a carga inicial de abastecimento de um reator nuclear localizado na cidade de Lima, ao norte de Buenos Aires. O contrato, no valor de US$ 4,5 milhões, foi assinado em junho.
Enriquecido na fábrica da INB em Resende (RJ), o produto ainda precisa de autorização da Coordenação-Geral de Bens Sensíveis do ministério e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) para completar o processo de exportação, o que deve ocorrer até o fim deste ano. As 4 toneladas serão divididas em três lotes, com teores de enriquecimento de 1,9%, 2,6% e 3,1%.
Além do Brasil, o urânio é enriquecido por outros 11 países. A tecnologia usada na unidade da INB em Resende é a de ultracentrifugação para enriquecimento isotópico, desenvolvida pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, autarquia gerida administrativa e tecnicamente pela Cnen.
Segundo o ministério, a exportação não afeta o abastecimento de combustível das centrais nucleares de Angra dos Reis (RJ). Atualmente, a Usina de Enriquecimento tem seis cascatas de ultracentrífugas em operação e atende a cerca de 40% das necessidades de Angra 1. O acordo com a Argentina não envolve intercâmbio de conhecimento, uma vez que prevê a entrega de um produto pronto, mas abre essa perspectiva. A empresa estatal argentina Invap participa do desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro, e os programas nucleares dos dois países são contemporâneos, iniciados na década de 1960.
Criada em 1988, a INB atua na cadeia produtiva do urânio, da mineração à fabricação do combustível que gera energia elétrica nas usinas nucleares. A empresa pública tem sede no Rio de Janeiro e também está presente nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais e São Paulo.
Urânio
O urânio é um mineral com propriedades físicas de emitir partículas radioativas, a radioatividade. Sua principal aplicação comercial é na geração de energia elétrica, como combustível para os reatores nucleares de potência.
Segundo a INB, o Brasil tem a sétima maior reserva geológica de urânio do mundo, o que permite o suprimento das necessidades domésticas no longo prazo e uma possível disponibilização do excedente para exportação. As reservas estão concentradas nos estados da Bahia, do Ceará, Paraná e de Minas Gerais, com cerca de 309 mil toneladas de concentrado de urânio.
A única mina de urânio em operação no Brasil está em Caetité (BA) e tem capacidade de produzir 400 toneladas de concentrado de urânio por ano. Em 2013, a produção mundial de urânio concentrado foi 70.330 toneladas.
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- 05/07/2016 - Docente do Instituto de Física da USP é indicado para dirigir o INPEO Professor Ricardo Magnus Osório Galvão, docente do Instituto de Física da USP e presidente da Sociedade Brasileira de Física, é indicado para presidir o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.
O Professor Ricardo Magnus Osório Galvão, docente do Instituto de Física da USP e presidente da Sociedade Brasileira de Física, é indicado para presidir o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.
Fonte: Instituto de Física da USP
O Prof. Ricardo Galvão é graduado em Engenharia de Telecomunicações pela Universidade Federal Fluminense (1969), fez mestrado em Engenharia Elétrica na Unicamp (1972) e se doutorou (1976) na área de Física de Plasmas Aplicada no Massachusetts Institute of Technology. Em 1983, defendeu no IFUSP a tese de livre-docência sobre "Estabilidade Magnetohidrodinâmica de Configuração de Confinamento Magnético com Simetria Axial” e, desde 1992, ocupa o cargo de professor titular no Instituto de Física da USP.
É membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, da Academia Brasileira de Ciências e do Conselho da Sociedade Europeia de Física. Coordena o Projeto Temático Núcleo de excelência em física e aplicações de plasmas, apoiado pela FAPESP e, desde julho de 2015, é presidente do conselho diretor da Sociedade Brasileira de Física.
O nome do Professor Ricardo Galvão foi anunciado na última sexta-feira (1º/07), pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, Gilberto Kassab. Ele foi escolhido por meio de lista tríplice, após prévia consulta à comunidade acadêmica.
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- 04/07/2016 - Radiação na medida certaFonte: Revista FAPESPUm dos desafios da radioterapia no tratamento do câncer é expor o paciente apenas à dose de radiação necessária para eliminar as células tumorais, tomando o cuidado de não afetar o tecido sadio ao redor.
Físicos brasileiros desenvolveram um novo material que pode servir de base para sensores de radiação mais rápidos e sensíveis que os usados pelos radiologistas. Luiz Carlos Oliveira e Oswaldo Baffa, da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, e Eduardo Yukihara, da Universidade do Estado do Oklahoma, Estados Unidos, fabricaram um composto à base de óxido de magnésio (MgO), misturado a pequenas porções de lítio, cério e samário.
Quando iluminado por laser, o novo material emite uma quantidade de luz proporcional à dose de radiação a que foi exposto (Scientific Reports, abril). Esse material é cerca de 20 vezes mais sensível à radiação do que o usado nos melhores sensores atuais, feitos de óxido de alumínio (Al2O3) enriquecido com carbono, e responde à estimulação com laser muito rapidamente. "O novo material é bastante sensível à radiação e tem um tempo de leitura rápido”, explica Baffa. "Isso deve permitir a varredura de uma área extensa e a obtenção de uma imagem da dose distribuída no corpo do paciente”, conta o pesquisador, que está patenteando o material e espera licenciá-lo para uma empresa de tecnologia nascente.
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- 03/07/2016 - 68ª Reunião Anual da SBPC terá transmissão ao vivo pela internetFonte: Agência Fapesp
As atividades da 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realizadas no auditório Monte Paschoal 1, do campus de Porto Seguro da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Porto Seguro, terão transmissãoon-linepelo canal da SBPC no YouTube. O evento, que iniciou em 3 de julho com o tema "Sustentabilidade, Tecnologias e Integração Social”, encerra em 9 de julho. Haverá também terá transmissão ao vivo pela Rádio SBPC Web.
Entre os dias 4 e 8 de julho, o canal da SBPC transmitirá as palestras que ocorrem neste auditório, como a sessão "Ação multissetorial no enfrentamento de epidemias”, do professor Roberto José da Silva Badaró, da UFBA, a partir das 10h30; "Crise econômica, social e política – perspectivas de soluções”, com a pesquisadora Fernanda Sobral, da UnB, na terça-feira, 5, às 15h30; e "Epidemia de Zika e desafios para a saúde pública”, com o cientista da Universidade de Yale, nos EUA, Albert Icksang Ko, na sexta-feira, 8, às 10h30.
O auditório terá sempre duas sessões, às 10h30 e às 15h30, com exceção da quinta-feira, 7, quando haverá palestra apenas pela manhã. Olinkpara a transmissão estará disponível no site do evento ou diretamente na página SBPCnet do YouTube.
Entre os temas que serão debatidos nas conferências estão "Nanoestruturas de carbono - características e desafios", "Sustentabilidade ainda é possível", "Ondas gravitacionais: Uma nova janela para o universo", "Câncer infantil", "Dengue, Chikungunya e Zika (Vacinas, formas clínicas, epidemiologia comparativa, novos testes diagnósticos etc.)", "As Ciências Sociais e suas perspectivas de intervenção de um ponto de vista brasileiro", "Ação Multissetorial do enfrentamento de epidemias", "Epidemia de Zika e desafios para saúde pública", "Sementes: inovações tecnológicas e desafios".
A programação científica completa da SBPC está disponível no endereço http://www.sbpcnet.org.br/portoseguro/programacao/.
Mais informações do evento no site: http://www.sbpcnet.org.br/portoseguro/home/.
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- 02/07/2016 - Brasil exportará urânio enriquecido pela primeira vezFonte: EBC - Agência BrasilA empresa brasileira Indústrias Nucleares do Brasil (INB) exportará urânio enriquecido pela primeira vez. A empresa, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, firmou acordo com a empresa estatal argentina Combustibles Nucleares Argentinos (Conuar), que prevê o envio de quatro toneladas de pó de dióxido de urânio para a carga inicial de abastecimento de um reator nuclear localizado na cidade de Lima, ao norte de Buenos Aires. O contrato, no valor de US$ 4,5 milhões, foi assinado em junho.
Enriquecido na fábrica da INB em Resende (RJ), o produto ainda precisa de autorização da Coordenação-Geral de Bens Sensíveis do ministério e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) para completar o processo de exportação, o que deve ocorrer até o fim deste ano. As 4 toneladas serão divididas em três lotes, com teores de enriquecimento de 1,9%, 2,6% e 3,1%.
Além do Brasil, o urânio é enriquecido por outros 11 países. A tecnologia usada na unidade da INB em Resende é a de ultracentrifugação para enriquecimento isotópico, desenvolvida pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, autarquia gerida administrativa e tecnicamente pela Cnen.
Segundo o ministério, a exportação não afeta o abastecimento de combustível das centrais nucleares de Angra dos Reis (RJ). Atualmente, a Usina de Enriquecimento tem seis cascatas de ultracentrífugas em operação e atende a cerca de 40% das necessidades de Angra 1.
O acordo com a Argentina não envolve intercâmbio de conhecimento, uma vez que prevê a entrega de um produto pronto, mas abre essa perspectiva. A empresa estatal argentina Invap participa do desenvolvimento do Reator Multipropósito Brasileiro, e os programas nucleares dos dois países são contemporâneos, iniciados na década de 1960.Criada em 1988, a INB atua na cadeia produtiva do urânio, da mineração à fabricação do combustível que gera energia elétrica nas usinas nucleares. A empresa pública tem sede no Rio de Janeiro e também está presente nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais e São Paulo.
Urânio
O urânio é um mineral com propriedades físicas de emitir partículas radioativas, a radioatividade. Sua principal aplicação comercial é na geração de energia elétrica, como combustível para os reatores nucleares de potência.
Segundo a INB, o Brasil tem a sétima maior reserva geológica de urânio do mundo, o que permite o suprimento das necessidades domésticas no longo prazo e uma possível disponibilização do excedente para exportação. As reservas estão concentradas nos estados da Bahia, do Ceará, Paraná e de Minas Gerais, com cerca de 309 mil toneladas de concentrado de urânio.
A única mina de urânio em operação no Brasil está em Caetité (BA) e tem capacidade de produzir 400 toneladas de concentrado de urânio por ano. Em 2013, a produção mundial de urânio concentrado foi 70.330 toneladas.
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- 29/06/2016 - Estatal russa de energia nuclear investe agora em energia eólicaFonte: Extra.Globo.comRIO - A Rosatom, estatal russa do setor de energia nuclear, vai investir em energia eólica, uma das fontes renováveis que mais crescem no mundo. Segundo o diretor de negócios globais da companhia, Kirill Komarov, serão empregados cerca de US$ 1,3 bilhão no desenvolvimento de energia eólica com o objetivo de gerar 610 megawatts até o fim de 2020. Para isso, a companhia vai investir em instalações para fabricar equipamentos para turbinas eólicas. A estatal pretende atuar no segmento da mesma forma em que já opera na área nuclear – fabricação, desenvolvimento e administração.
- A energia eólica exige a mesma abordagem de ciclo completo, assim como a energia atômica - disse Komarov.
Até o fim deste ano a Rosatom vai definir onde serão instaladas as turbinas. A empresa vai começar com 150 megawatts em 2018 e aumentar progressivamente. Komarov adiantou que a decisão em relação ao financiamento do projeto será tomada ainda este ano e que até dezembro serão anunciadas oito empresas que atuarão como parceiras tecnológicas e potenciais co-investidoras.
A expectativa da Rosatom é que a empresa seja capaz de suprir de 70% a 75% do mercado russo para eólicas. Komarov já adiantou que a empresa pretende, no futuro, exportar os equipamentos.
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- 29/06/2016 - Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena EmpresaEvento promovido pela FAPESP acontece no dia 29 de junho no auditório da fundação em São Paulo, SP
Evento promovido pela FAPESP acontece no dia 29 de junho no auditório da fundação em São Paulo, SP
Fonte: Agência Fapesp
O Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa será realizado no dia 29 de junho de 2016, no auditório da FAPESP.O evento é organizado pela FAPESP, em parceria com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e o Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi).
O encontro será uma oportunidade para que as empresas interessadas em apresentar projetos ao Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) esclareçam dúvidas antes do encerramento do prazo do 3º Ciclo de Análise de Propostas do Programa para 2016, dia 1º de agosto.
O PIPE apoia a execução de pesquisa científica e/ou tecnológica em microempresas e empresas de pequeno porte, com até 250 empregados, sediadas no Estado de São Paulo. Os projetos deverão ser desenvolvidos por pesquisadores com vínculo empregatício com a empresa ou a elas associados para a realização do projeto. Cada empresa poderá receber recursos de até R$ 200 mil na Fase 1 e até R$ 1 milhão na Fase 2.
Informações sobre a chamada de propostas: www.fapesp.br/pipe/chamada-3-2016
Inscrições para o evento: www.fapesp.br/eventos/dialogo32016/inscricao