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- 01/02/2016 - O impacto de metais tóxicos na produtividade agrícolaEstudo avaliou os efeitos do alumínio e do cádmio no tomateiro e utilizou técnica de enxertia para investigar como uma parte da planta sinaliza para outra o estresse causado por metal
Estudo avaliou os efeitos do alumínio e do cádmio no tomateiro e utilizou técnica de enxertia para investigar como uma parte da planta sinaliza para outra o estresse causado por metal
Fonte: Agência Fapesp
José Tadeu Arantes
A contaminação do solo e da água por metais tóxicos constitui um grave problema para a agricultura, prejudicando os produtores, com a perda de produtividade das plantas afetadas; e os consumidores, com efeitos danosos que o consumo dessas plantas pode acarretar para a saúde.As várias facetas do problema foram estudadas em profundidade pelo projeto temático "Estresse oxidativo induzido por metais: novas abordagens”. Desenvolvida ao longo de cinco anos, de 2010 a 2015, a pesquisa teve o apoio da FAPESP.
"Os dois metais que estudamos foram o alumínio e o cádmio. E a planta eleita para a nossa investigação foi o tomateiro”, disse à Agência FAPESP o pesquisador responsável pelo projeto, Ricardo Antunes de Azevedo, professor titular da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).
"Diferentemente do que ocorre com o zinco, o níquel e outros metais, o alumínio e o cádmio não são utilizados pelos seres vivos como nutrientes”, afirmou o pesquisador. "Ao contrário, sua toxicidade prejudica as plantas de várias maneiras – por exemplo, inibindo o desenvolvimento radicular e, assim, rebaixando a absorção de água e nutrientes pelas raízes. As consequências podem ir da diminuição da produtividade da lavoura até a morte das plantas.”
A grande quantidade de alumínio é uma característica natural da crosta terrestre. Ele é, de fato, o elemento metálico mais abundante da crosta. Como a hidrólise do alumínio produz íons de hidrogênio, a forte presença desse metal constitui um dos principais fatores de acidificação do solo. "Em pH neutro, o alumínio é geralmente inofensivo, mas, em solos ácidos, pode ter um impacto muito negativo no desenvolvimento das plantas”, informou Azevedo.
O cádmio também é encontrado, porém, em quantidade muito menor. Nesse caso, sua presença se deve principalmente à poluição ambiental decorrente de fatores antrópicos, como, por exemplo, a mineração desse metal e a fabricação e descarte de produtos derivados, como pilhas de níquel-cádmio, pigmentos etc.
"O grande problema em relação ao cádmio, que pode estar presente no solo ou na água de irrigação, decorre do fato de que ele é facilmente absorvido e acumulado pela planta mesmo quando em concentrações muito baixas no ambiente. E, se essa planta vier a ser utilizada por animais ou seres humanos, o metal tóxico poderá eventualmente chegar ao organismo do consumidor”, informou o pesquisador.
Um aspecto muitas vezes negligenciado da questão e apontado pelo estudioso é que a contaminação por cádmio pode ocorrer mesmo quando a planta não é diretamente ingerida. É o caso, por exemplo, do tabaco. As folhas da planta acumulam cádmio e, durante a queima, o metal é eventualmente transferido ao consumidor por meio do sistema respiratório. Pesquisas demonstraram que a concentração de cádmio tende a ser maior em fumantes do que em não fumantes.
Produtividade da lavoura
Além dos danos potenciais à saúde dos consumidores, a contaminação por cádmio pode comprometer também a produtividade da lavoura, devido principalmente ao estresse causado nas plantas. "As plantas sofrem dois tipos de estresses: abióticos, provocados por metais, falta de água, excesso de temperatura etc.; e bióticos, provocados por patógenos. Faz parte do metabolismo celular normal a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs). Mas há um mecanismo de autorregulação que mantém essa produção abaixo do patamar crítico. Em situação de estresse, porém, ocorre um desbalanceamento e a produção de EROs torna-se muito maior. Dependendo do nível, isso pode levar até mesmo à morte da planta” explicou Azevedo.
A pesquisa abordou a questão por vários ângulos. Especialmente interessante foi o estudo feito com a técnica de enxertia. "Trata-se de uma técnica bastante antiga e muito disseminada na agricultura. Utilizamos a enxertia para entender como uma parte da planta, contaminada por cádmio, sinaliza para a outra parte, não contaminada, que está sendo estressada”, disse o pesquisador.
Na enxertia, o porta-enxerto é constituído pela raiz e base do caule; a ele é acoplado o enxerto, composto pela parte aérea da planta. O procedimento adotado no estudo foi cultivar plantas em presença do metal e plantas sem presença do metal e, depois, fazer a enxertia recíproca. "Em outras palavras, trocamos as partes de cima das plantas, conectando ao porta-enxerto contaminado o enxerto não contaminado e ao porta-enxerto não contaminado o enxerto contaminado. A ideia é simples, mas sua realização prática exigiu um grande número de controles, pois o próprio processo da enxertia já constitui um estresse para a planta, mesmo que temporário”, afirmou Azevedo.
O resultado foi publicado no artigo "Cadmium stress antioxidant responses and root-to-shoot communication in grafted tomato plants”, na revista Biometals.
A conclusão foi que ocorre a sinalização do estresse tanto em um sentido como no outro. Não apenas o metal da raiz é transportado para a parte aérea (o que era de esperar, apesar da quantidade transportada variar), mas também o metal da parte aérea é transportado para a raiz (e este não era um resultado intuitivo).
Outro tópico importante explorado pela pesquisa foi a genotoxicidade. No caso específico, tratou-se de investigar o efeito do metal tóxico na estrutura dos ácidos nucleicos da planta. Isto é, se o cádmio se ligava ou não ao DNA, e, caso a resposta fosse positiva, que consequências resultariam disso. "Verificamos que, sim, o cádmio altera bastante a taxa de divisão celular e provoca uma série de aberrações cromossômicas. Entre elas, a formação de quebras e pontes cromossômicas durante a mitose–o processo de divisão celular. Isso ocorre mesmo em concentrações muito baixas do metal. Estas não provocam nenhuma manifestação visível de que a planta esteja estressada. Mas as alterações intracelulares são muito expressivas”, declarou o pesquisador.
As consequências do efeito dos metais dependem de uma série de variáveis. Uma delas é o tipo de cultivar exposto ao metal. Há cultivares mais tolerantes e cultivares menos tolerantes. Ou seja, existe uma diversidade de mecanismos envolvidos, que podem modificar a taxa de absorção do cádmio pela planta ou reduzir o efeito do metal uma vez absorvido. Por isso, o projeto também envolveu a mutagênese e a seleção de mutantes mais tolerantes. Para o produtor, a compreensão de tais mecanismos possibilita que estes sejam explorados em programas de melhoramento, com vistas a obter plantas mais resistentes. Mas, para o consumidor, o consumo de uma planta mais resistente pode até mesmo significar, eventualmente, a absorção ainda maior do metal tóxico.
"Para um consumo totalmente seguro, seria preciso saber se o solo ou água utilizados no cultivo estavam ou não contaminados, e, estando, em que parte da planta se acumulou o metal, se naquela que será consumida ou naquela que será descartada. Há uma grande quantidade de fatores, o que torna o estudo bastante complexo”, ponderou Azevedo.
Por isso, outra vertente do projeto temático foi exatamente estudar o processo de fitorremediação, isto é, de recuperação de solos contaminados mediante o plantio de espécies vegetais altamente resistentes capazes de absorver e, assim, retirar os metais pesados do ambiente. São plantas como a Dolichos lablab, que acumulam grande quantidade de cádmio sem ter seu desenvolvimento afetado, podendo ser utilizadas como fitoestabilizadoras de cádmio.
Artigo a respeito foi submetido para publicação no Journal of Soils and Sediments e encontra-se atualmente no prelo: "Physiological and biochemical responses of Dolichos lablab L. to cadmium support its potential as a cadmium phytoremediator”.
No total, o projeto temático já ensejou mais de 50 artigos em publicações especializadas e há vários outros em processo de elaboração. Toda a experimentação foi realizada em estufa, em plantios no solo ou em sistema hidropônico. O tomateiro foi escolhido por ser uma planta-modelo em genética, com grande quantidade de cultivares e grande quantidade de mutantes. Além disso, uma das cultivares dessa espécie, a Micro-Tom (tomate-cereja miniatura), que produz uma planta de pequeno porte e frutos pequenos, tem um ciclo de vida muito curto, ao redor de 90 dias, o que constitui uma grande vantagem para a prática experimental. Finalmente, o tomate é um produto economicamente importante, consumido em larga escala no mundo inteiro, tanto in natura como por meio de derivados.
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- 29/01/2016 - Chefe de gabinete do MCTI participa de reuniões na CnenCarlos Azevedo se reuniu com o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Renato Machado Cotta, e suas assessorias. Um dos projetos abordados foi o Reator Multipropósito Brasileiro.Carlos Azevedo se reuniu com o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Renato Machado Cotta, e suas assessorias. Um dos projetos abordados foi o Reator Multipropósito Brasileiro.
Carlos Azevedo se reuniu com o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Renato Machado Cotta, e suas assessorias. Um dos projetos abordados foi o Reator Multipropósito Brasileiro.Carlos Azevedo se reuniu com o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Renato Machado Cotta, e suas assessorias. Um dos projetos abordados foi o Reator Multipropósito Brasileiro.
Fonte: MCTIO chefe de gabinete do ministro Celso Pansera, da Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Azevedo, esteve na sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI), no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (29), em reunião com o presidente da instituição, Renato Machado Cotta, e suas assessorias.
Dentre diversos temas, especial atenção foi dedicada ao Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que está entre as ações prioritárias do Ministério. A previsão é que o empreendimento possibilite o atendimento integral da demanda nacional por insumos utilizados em diagnósticos e terapias da medicina nuclear e beneficie, também, a indústria e o desenvolvimento de mais pesquisas.
À tarde, no auditório, Azevedo apresentou aos servidores as linhas de ação do MCTI para a área. Em nome do ministro, ele destacou a importância do setor, do estimulo à pesquisa, do olhar atento para recursos humanos e da importância do diálogo com servidores, com os institutos e com as universidades. "Nosso paradigma é o do conhecimento, do incentivo à pesquisa e inovação, inclusive na área de regulação, e da qualificação das pessoas", afirmou o chefe de gabinete.
Ele destacou o papel estratégico da área nuclear e a deliberação de intensificar ainda mais a forte presença que já tem na agenda da ciência e tecnologia: "O desenvolvimento tecnológico das áreas nuclear e aeroespacial são características da maioridade de um País. Precisamos ver o que podemos fazer ainda melhor para a instituição e para o Brasil."
Depois da sessão de perguntas para Carlos Azevedo, ao final do encontro, o presidente da Cnen ressaltou que o ministro Pansera e sua equipe são grandes aliados e incentivadores da área nuclear. "Devemos continuar aproveitando esta janela de oportunidade para desenvolvermos ainda mais o setor", defendeu.
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- 28/01/2016 - Funcionários da Andrade Gutierrez culpam Eletronuclear por atrasos em Angra 3A obra foi retomada em 2009, após mais de 20 anos parada
A obra foi retomada em 2009, após mais de 20 anos parada
Fonte: Revista Época
Funcionários da Andrade Gutierrez, empresa que participou do consórcio para a construção da usina nuclear de Angra 3, sob investigação no âmbito da Operação Lava Jato, jogaram no colo da Eletronuclear a responsabilidade por atrasos e aumento de custos na obra, retomada em 2009 após mais de 20 anos parada. As testemunhas também relataram a má qualidade dos projetos, que eram responsabilidade da Engevix, e destacaram a "ética" e o "perfil técnico" dos acusados.
Os depoimentos, convocados pelas defesas de Flávio David Barra, ex-presidente da AG Energia, Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, e de Gustavo Botelho, diretor-superintendente da empresa (todos réus na ação que investiga desvios e pagamento de propina), foram colhidos na última segunda-feira, 25, pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Um dos funcionários afirmou que Azevedo "não participava das decisões" sobre a obra de Angra 3. Já o presidente da EDF no Brasil, Yann des Longchamps, que atua na área de energia e tem "relacionamento profissional" com Barra, destacou que o réu "nunca teve atitude contrária à ética profissional". O ex-presidente do Conselho de Administração da Eletronuclear, Armando Casado, disse nunca ter recebido oferta de propina. As declarações foram as primeiras de uma série que serão ouvidas pela Justiça Federal ao longo desta semana.
O gerente de obras Cauê Oliveira Bastos, que trabalhou na construção de Angra 3, afirmou à Justiça que pelo menos dois problemas atrapalharam o andamento das obras, que desde 2009 sofreram idas e vindas e, desde setembro de 2015, estão mais uma vez paralisadas. O primeiro foi o licenciamento, obtido em fatias junto à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
"Ficávamos restritos a trabalhar no trecho que era liberado (...). Não necessariamente é o melhor jeito de dar andamento à obra, às vezes você queria fazer uma parede externa e ficava limitado. Isso levou a aumento de prazos, queda de produtividade e coisas assim", disse.Outro obstáculo, "mais pesado" na visão de Bastos, era a qualidade precária dos projetos civis de Angra 3. "Como o projeto não era bom, não foi muito bem pensado, coisas que eram necessárias de fazer não eram previstas inicialmente. Então você tem que aditar para colocar aquilo no contrato", contou o gerente. O projeto de Angra 3 foi feito na década de 80. Em vez de nova licitação, o certame realizado naquela época (cuja vencedora foi a Andrade) foi revalidado em 2009 para retomar as construções.
O engenheiro de obras Paulo Fernando Rahme, da Andrade Gutierrez, também reclamou dos projetos. "Alguns projetos eram até ilegíveis. A gente recebia projetos deficientes, mesmo. E alguns não eram emitidos na data acordada", disse na audiência.
"Existia uma (empresa) projetista, a Engevix, que foi contratada pela Eletronuclear para fazer essa revisão dos projetos, mas isso não foi suficiente, os projetos continuaram a vir com falhas e a não serem emitidos na data", acrescentou. Rahme destacou ainda que as deliberações sobre a obra eram competência de Flávio Barra, e que Otávio Azevedo não participava das reuniões da AG Energia. Botelho, em sua descrição, tem "perfil técnico".Os problemas apontados seriam os motivos pelos quais a Andrade pleiteou uma série de aditivos ao contrato, em negociações tensas que chegaram a provocar paralisações nas obras devido às divergências entre a empresa e a Eletronuclear, segundo os funcionários.
Para a Polícia Federal e o Ministério Público, os aditivos acabaram sendo fonte de propinas para funcionários da Eletronuclear. Entre eles, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da estatal, que é suspeito de receber R$ 4,5 milhões em troca de favorecimento às empresas que atuavam na obra. Ele cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro.
Procurada, a Andrade Gutierrez não quis comentar as afirmações feitas por seus funcionários. A Engevix e a Eletronuclear não se pronunciaram até a publicação desta reportagem.
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- 27/01/2016 - Apresentação da professora Raquel Rigotto disponível para downloadNão conseguiu assistir ao debate Mariana, Urânio e Angra 3: O nuclear em questão?, que realizamos na última quarta feira no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre?
Não conseguiu assistir ao debate Mariana, Urânio e Angra 3: O nuclear em questão?, que realizamos na última quarta feira no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre?
Não conseguiu assistir ao debate Mariana, Urânio e Angra 3: O nuclear em questão?, que realizamos na última quarta feira no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre?
Bom, ainda não é possível voltar no tempo, mas pelo menos podemos saber um pouco do que foi discutido. Acesse e faça o download da apresentação da professora Raquel Rigotto, falando sobre os perigos do urânio e do contexto de sua mineração. Já está em nossa biblioteca.
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- 26/01/2016 - Brics cria fundo de R$ 24 milhões para financiar projetos conjuntos de pesquisaO Brasil vai contribuir com R$ 1,2 milhão. A primeira chamada multilateral deve ser lançada em abril de 2016 e terá a participação do CNPq
O Brasil vai contribuir com R$ 1,2 milhão. A primeira chamada multilateral deve ser lançada em abril de 2016 e terá a participação do CNPq
Fonte: Jornal da CiênciaOs países que compõem o grupo Brics deram um importante passo na cooperação em ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Reunidos em Pequim, nesta quarta-feira (20), representantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul fecharam um acordo para criar um fundo de R$ 24 milhões para financiar projetos conjuntos de pesquisa científica. O Brasil vai contribuir com R$ 1,2 milhão. A primeira chamada multilateral deve ser lançada em abril de 2016 e terá a participação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, a decisão está alinhada com a agenda "ousada” que deve ser adotada neste ano para os acordos de cooperação internacional em CT&I. "Nós queremos imprimir uma agenda muito ousada e bastante pretensiosa, uma agenda externa vigorosa do ministério ao longo de 2016, buscando recursos no exterior, com diversos parceiros”, disse o ministro.
"Os países do Brics são parceiros privilegiados nossos, caminham em linha com a estratégia do governo brasileiro, do ponto de vista da geopolítica do País. E tivemos sorte, pois a nossa delegação está na China, reunida com representantes do Brics na área de ciência e tecnologia, e já temos uma proposta concreta de criação de um fundo de R$ 24 milhões para ser usado imediatamente em desenvolvimento de ações conjuntas em CT&I entre os países do bloco. Da nossa parte, estamos entrando com R$ 1,2 milhão”, acrescentou.
O CNPq foi representado pelo Diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, Marcelo Morales, que explicou que os recursos provenientes do Brasil representam R$ 1 milhão para área de segurança cibernética e ciberdefesa e R$ 200 mil para área de prevenção e monitoramento de desastres naturais. "A reunião foi um sucesso”, avaliou Morales.
Em Pequim, a II Reunião de Agências de Fomento à CT&I e a I Reunião do Grupo de Trabalho sobre Financiamento à CT&I do Brics foram marcadas pela expectativa de que os editais conjuntos aprofundem a colaboração entre os países em pesquisas de excelência para o conhecimento global e para a criação de produtos e processos inovadores.
"A criação de um mecanismo dos países do Brics para o financiamento de pesquisa e inovação é um marco histórico extremamente auspicioso. A reunião na China foi um grande sucesso. A partir de agora, a ciência, a tecnologia e a inovação são elementos centrais da parceria estratégica entre nossas nações”, disse o chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do MCTI, Danilo Zimbres.
De acordo com o assessor especial do ministro, Daniel Alvão, o acordo de Pequim reafirma o compromisso do governo brasileiro com a CT&I para superação dos desafios. "A estruturação do mecanismo de financiamento do setor de ciência, tecnologia e inovação do Brics é um acontecimento da maior relevância, pois reafirma a importância dada por seus países-membros à produção de conhecimentos científicos. Reafirma o compromisso do governo brasileiro e do MCTI com o incentivo à produção de ciência, tecnologia e inovação para a superação dos nossos desafios econômicos e sociais”, ressaltou.
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- 25/01/2016 - Brasil não consegue medir resultados de investimentos em ciência, diz ministroFonte: EBC Agência Brasil
Flávia Villela - Repórter da Agência BrasilO ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, disse hoje (25) que o Brasil "não tem um sistema seguro de medição de resultados de pesquisas" na área.
"Não há medição, não sabemos qual o nível de eficiência que está sendo investido com ciência, tecnologia e inovação”, disse,durante apresentação da Proposta da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016-2019 à comunidade científica do Rio de Janeiro, no auditório da Academia Brasileira de Ciências (ABC), centro da capital fluminense.
"Já encomendamos um trabalho com diversos pesquisadores para formatar um sistema para medir a eficiência do que é investido em ciência e tecnologia no Brasil, qual o resultado, o que de fato é produzido e tem impacto na vida das pessoas. Há padrões internacionais, vamos adaptá-los a nossa realidade. Quanto mais eficiente, mais recursos", acrescentou.
Um dos membros da diretoria da ABC, o físico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Davidovich citou como exemplo da falta de acompanhamento de resultados de programas federais que requerem muito recursos, como o Ciência Sem Fronteiras.
"A decisão de continuar o programa requer uma avaliação do que foi feito. Será que o número enviado para fora foi grande demais, que os recursos para pagar custos com universidades nos Estados Unidos e na Inglaterra, por exemplo, que são caras, são revertidos de forma ótima para o país? Tudo isso precisa ser avaliado".
O físico também ressaltou que falta acompanhamento de projetos da iniciativa privada financiados com dinheiro público.
"A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) movimentou R$50 bilhões em subvenção há cerca de um ou dois anos para a iniciativa privada. Recursos dessa natureza e para empresas desse porte têm que ser muito bem avaliados, pois como os juros são abaixo dos do mercado há tentação grande de usar esse recursos para o fluxo de de caixa em vez de usar para inovação diferencial. A empresa continua fazendo a inovação que sempre fez e utiliza esses recursos para outras atividades”, citou.
Mais investimentos em ciência
Os cientistas que participaram do evento cobraram mais objetividade e mais recursos para investimentos em ciência e tecnologia. Eles também destacaram a necessidade de aumentar o percentual do Produto Interno Bruto investido no setor, que hoje é de cerca de 1%, bem como o número de cientistas no país. Nos países desenvolvidos, há cerca de 2 mil cientistas por milhão de habitantes. No Brasil, o número é de aproximadamente 600 cientistas por milhão de habitantes.
Pansera anunciou que está negociando a assinatura de um empréstimo de U$2 bilhões de dólares com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid) para a ampliação da infraestrutura em pesquisa no país, em projetos voltados para segurança cibernética, hídrica, alimentar e segurança energética, entre outros. As unidades de pesquisa do ministério e os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia estão entre os beneficiados pelo eventual empréstimo.
"Também já praticamentefechamoscom o BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social] recursos do Fundo Amazônia, e o Funtel [Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações] nos repassou R$200 milhões e estamos negociando mais”, informou.
As contribuições ao documento podem ser feitas até sexta-feira (29) por e-mail ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
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- 23/01/2016 - 4ª Edição da Escola Internacional em Processamento Inteligente de Sinais (INFIERI)Entre os dias 23 de janeiro a 03 de fevereiro de 2017, a Cidade Universitária da USP, na capital, recebe a quarta edição da Escola Internacional em Processamento Inteligente de Sinais (Infieri), organizada internacionalmente pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN).
Entre os dias 23 de janeiro a 03 de fevereiro de 2017, a Cidade Universitária da USP, na capital, recebe a quarta edição da Escola Internacional em Processamento Inteligente de Sinais (Infieri), organizada internacionalmente pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN).
Fonte: IFUSP
O evento coloca em discussão temas relacionados às tecnologias avançadas nas áreas de semicondutores, nanotecnologia, empacotamento avançado e interconexões, telecomunicações, processamento de sinais em tempo real, filtragem e computação massivamente paralela e pretende debater sobre as motivações e desafios na construção de novos instrumentos tecnológicos.Para isso, a Escola Infieri 2016 irá realizar palestras e workshops em uma variedade de temáticasque vão desde aplicações multidisciplinares extraídas da exploração do Universo até a investigação do mundo das partículas elementares.
Esta é a primeira vez que o evento vem até a América do Sul, onde somente 60 alunos de doutorado e pós-doutorado do mundo inteiro são selecionados para participar.
Mais informações:
http://www.usp.br/ime/infieri2016/
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- 23/01/2016 - Organização cria unidade para incentivar jovens profissionais do setor nuclearFonte: Jornal do BrasilA Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) está apoiando estudantes de engenharia a criarem uma rede de incentivo aos jovens profissionais do setor nuclear, com a abertura de uma unidade local da organização internacional Young Generation Network, que atua em todo o mundo com este propósito.
A ideia partiu de duas estudantes brasileiras,Domênica Dalvie Larissa Paizante, que entraram em contato com a YGN no exterior em busca de apoio para implementar a iniciativa no Brasil. O presidente da ABDAN,Antonio Müller, também foi procurado pelas jovens e colocou a associação à disposição delas para ajudar no processo, já que a integração das novas gerações na indústria é uma preocupação antiga no segmento.
"Há muito tempo a ABDAN vem investindo no apoio aos jovens profissionais brasileiros envolvidos com o setor nuclear e já ressaltamos algumas vezes que o segmento precisa de estímulos do governo para não perder o grande conhecimento tecnológico adquirido ao longo de décadas. Muitos profissionais experientes estão se aposentando e é fundamental a troca de informações com as novas gerações, por isso vemos a iniciativa como um passo muito positivo”, afirma Müller.
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- 21/01/2016 - Ministro Aldo Rebelo diz que investimentos serão mantidosFonte: Jornal Cruzeiro do Sul
O ministro Aldo Rebelo afirmou na manhã desta quinta-feira (21) que não acredita no impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Disse que, aparentemente, nem mesmo a oposição está querendo que isso aconteça, portanto, o governo não está na expectativa de que esse processo seja engatilhado com o retorno do recesso dos deputados federais. A declaração foi feita durante entrevista coletiva à imprensa, nas dependências do Centro Experimental de Aramar (CEA), em Iperó, quando cumpriu agenda de visita técnica para conhecer as instalações daquela unidade. Esta foi a primeira vez que o ministro esteve no local. Quando ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, ele não teve a oportunidade de cumprir a visita.
Com relação aos investimentos, o ministro voltou a afirmar que, apesar dos cortes no orçamento da pasta, e, por conseguinte, de Aramar, nenhum projeto ou programa que vem sendo desenvolvido no País será afetado. Disse que a expectativa é de que o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) seja concluído o mais breve possível. Não falou em valores, mas disse que investimentos continuarão sendo feitos no Programa Nuclear da Marinha. Em novembro passado, em reportagem do jornal Cruzeiro do Sul, foi informado que estavam previstos para o programa recursos da ordem de R$ 346,7 milhões, porém, com o enxugamento das contas, o limite de pagamento em 2015 foi de R$ 256,9 milhões, ou seja, 74% a menos do previsto para o ano passado.
Esse equipamento, o RMB, está orçado em R$ 850 milhões e tem múltiplas finalidades. Entre as principais está a produção de radioisótopos para uso na medicina nuclear, como exames e tratamento do cãncer. Além disso, o reator ajudará nas pesquisas em campo nas áreas da tecnologia nuclear, energia, agricultura, indústria, ciêncida de materiais e meio ambiente.
O ministro fez a visita acompanhado do prefeito de Iperó, Vanderlei Polizeli, que deixou o PSDB em outubro passado para filiar-se ao PSB, e do comandante da Marinha, o almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira. De acordo com o oficial, todo o trabalho de pesquisa e testes realizados em Aramar não colocam em risco a segurança da população. Desde que foi instalado em Iperó, o CEA sempre provocou polêmica e medo nos moradores vizinhos. No entanto, o almirante afirma que não há risco algum à segurança da população que, daqui a uns dez ou quinze anos, estará comemorando com a Marinha a conclusão do Programa Nuclear. "Está difícil, não é simples desenvolver tecnologia com recursos próprios, mas vamos conseguir e garantiremos a independência nuclear do Brasil", afirma.
Na entrevista com os jornalistas, o ministro da Defesa também garantiu que tudo o que pode ser feito para garantir a segurança dos brasileiros, de turistas e atletas nos jogos olímpicos deste ano no Rio de Janeiro está sendo feito, portanto, não há risco algum com relação a ataques terroristas, por exemplo. Sobre a vigilância nas fronteiras brasileiras, visando o narcotráfico e o contrabando de armas, Rebelo saiu pela tangente afirmando que nem mesmo os Estados Unidos, com todos os recursos que possui, consegue evitar esse tráfego ilícito pelas fronteiras dos EUA com o México.
Ao final da visita, o ministro plantou no jardim de Aramar uma paineira. Após isso, retornou para Brasília. Pela agenda do dia, o ministro visitaria também as instalações do Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo, onde estão os laboratórios de desenvolvimento de elementos com gás (enriquecimento de urânio), de fibra de carbono e o de hidrodinâmica, mas por uma mudança de última hora precisou retornar à capital paulista. A assessoria não informou as razões. -
- 21/01/2016 - Comissão aprova incentivo ao uso de biomassa como fonte de energiaA proposta obriga as distribuidoras de energia elétrica a contratar anualmente, por meio de leilão, pelo menos 700 megawatts de energia elétrica produzida a partir de biomassa
A proposta obriga as distribuidoras de energia elétrica a contratar anualmente, por meio de leilão, pelo menos 700 megawatts de energia elétrica produzida a partir de biomassa
Fonte: Jornal da Ciência
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou proposta que obriga as distribuidoras de energia elétrica a contratar anualmente, por meio de leilão, pelo menos 700 megawatts de energia elétrica produzida a partir de biomassa. A medida está prevista no Projeto de Lei 3529/12, de autoria do deputado Irajá Abreu (PSD-TO).
A aquisição será feita durante 10 anos. Para entrar nos leilões, as empresas de energia precisarão comprovar um índice de nacionalização de equipamentos e serviços de, no mínimo, 60%.
Relator da matéria, o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) defendeu a medida. Segundo ele, a expectativa é de que a geração de energia elétrica por meio da biomassa seja complementar à matriz hidrelétrica.
A comissão aprovou um substitutivo elaborado por Magalhães para o projeto. Pelo texto aprovado, os contratos para compra de energia elétrica terão duração de 20 anos, contados do início da disponibilização da energia no Sistema Interligado Nacional (SIN). No texto original, os contratos tinham validade de 15 anos.
O texto original previa a contratação de 250 megawatts de energia, mas o relator aumentou para 700 megawatts. Já o percentual de nacionalização, que inicialmente seria de 70%, foi reduzido para 60% pelo relator.
Benefício fiscal
A proposta aprovada na comissão isenta de PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) a receita da venda de energia elétrica entre produtores e consumidores localizados no mesmo sítio, desde que sua produção utilize biomassa como combustível.
O texto também isenta a agroindústria do imposto sobre a receita da comercialização de energia elétrica gerada a partir de biomassa, bem como sobre a biomassa utilizada como combustível e sobre o vapor obtido pela sua queima.
Já o projeto original abria a possibilidade de empresas abaterem do Imposto de Renda (IR) os gastos da aquisição de bens e serviços usados na construção ou montagem de instalações destinadas ao aproveitamento da biomassa.
O relator suprimiu do texto original o desconto de 5% na alíquota do IR sobre rendimentos de fundos de investimentos em títulos e valores mobiliários emitidos por empresas geradoras de energia a partir da biomassa e por indústrias produtoras de equipamentos, partes, peças e acessórios usados neste tipo de geração elétrica.
O texto aprovado transfere o custo de escoamento da energia produzida via contratos de biomassa para as distribuidoras de energia elétrica, mas não menciona possível reajuste de tarifas.
Tramitação
O projeto será analisado de forma conclusiva pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
ÍNTEGRA DA PROPOSTA:PL-3529/2012
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- 21/01/2016 - Governo de São Paulo concede credenciamento definitivo a sete parques tecnológicosJá foram investidos mais de R$ 120 milhões em iniciativas do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec)
Já foram investidos mais de R$ 120 milhões em iniciativas do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec)
Fonte: Agência Fapesp
O governador Geraldo Alckmin, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, Márcio França, e a subsecretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ana Abreu, assinaram o credenciamento definitivo de sete parques tecnológicos paulistas: quatro em Campinas e três nas cidades de Santo André, Botucatu e São José do Rio Preto. A cerimônia foi realizada no dia 19 de janeiro, no Palácio dos Bandeirantes.
Em Campinas foram credenciados o Parque Científico e Tecnológico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); o Parque Tecnológico CTI-Tec, no campus do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) –; o Parque Tecnológico CPqD e o Parque Empresarial Techno Park.
"O parque tecnológico une as universidades públicas e privadas, os institutos de pesquisa e a iniciativa privada. Então, faz uma sinergia de todos esses protagonistas para empresas de bases tecnológicas poderem ser incubadas, para elas poderem crescer, ou mesmo grandes empresas que vêm para o parque tecnológico para desenvolver projetos inovadores", declarou o governador.
As iniciativas já estavam credenciadas provisoriamente no Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec). Com o credenciamento definitivo, as entidades gestoras dos empreendimentos podem receber incentivos fiscais e realizar convênios com o Estado para repasse de recursos voltados a obras e aquisição de equipamentos.
"Além dos fundos de financiamento, agora as empresas localizadas nesses parques podem receber recursos e incentivos fiscais para investir em infraestrutura e melhoria”, afirmou Márcio França.
As empresas que se instalarem em parques tecnológicos do SPTec com credenciamento definitivo, poderão participar do programa estadual de incentivos fiscais, o Pró-Parques. Instituições de apoio e empresas de base tecnológica poderão utilizar créditos acumulados de ICMS ou diferir o imposto para pagamento de bens e mercadorias a serem utilizados na realização de investimentos e no pagamento de ICMS relativo à importação de bens destinados ao ativo imobilizado.
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- 20/01/2016 - Concurso de Título de Especialista em Medicina Nuclear 2016A partir de 19 de janeiro a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear abre as inscrições para a prova. Acesse o site e o regulamento do exame
A partir de 19 de janeiro a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear abre as inscrições para a prova. Acesse o site e o regulamento do exame
Fonte: Jornal Dia a DiaA Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, com anuência da Associação Médica Brasileira (AMB), entidade a qual é filiada, torna pública a abertura das inscrições para o Exame de Suficiência para Concessão do Título de Especialista em Medicina Nuclear 2016 (TEMN 2016). As inscrições começam dia 19 de janeiro e seguem até o dia 19 de fevereiro por meio do site da Sociedade – www.sbmn.org.br.
De acordo com o presidente da SBMN, Cláudio Tinoco Mesquita, a obtenção do Título de Especialista representa a conquista do reconhecimento oficial da formação e habilitação especializada do médico. Além disso, ser "titulado” possibilita o médico nuclear a assumir a responsabilidade técnica de um Serviço de Medicina Nuclear, conforme a Norma CNEN 3.05 vigente, na qual seu Art. 5° estabelece que "o responsável técnico do Serviço de Medicina Nuclear deve ser médico com título de especialista em Medicina Nuclear”.
Dividida em três etapas eliminatórias realizadas nos dias 15, 16 e 17 de abril, em São Paulo, a avaliação tem como base os resultados alcançados em provas teóricas e teórico-práticas. Como nos anos anteriores, os aspectos referentes à proteção radiológica ficarão a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Acesse o edital e normativa geral do Concurso TEMN 2016 em sbmn.org.br/titulo-de-especialista/. A bibliografia sugerida do exame também já está publicada no site.
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- 20/01/2016 - Engenheiro João Carlos Tupinambá assume a presidência das Indústrias Nucleares do BrasilNovo diretor de Recursos Minerais também foi empossado em cerimônia realizada nesta terça-feira. Nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União
Novo diretor de Recursos Minerais também foi empossado em cerimônia realizada nesta terça-feira. Nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União
Fonte: Jornal da CiênciaO novo presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB/MCTI), João Carlos Derzi Tupinambá, tomou posse nesta terça-feira (19). Ele substitui Aquilino Senra Martinez. Na mesma cerimônia, também foi empossado o novo diretor de Recursos Minerais da INB, Laércio Aguiar da Rocha. Os dois foram nomeados pela presidenta Dilma Rousseff em decretos publicados no Diário Oficial da União no dia 15 de janeiro.
João Carlos Tupinambá é funcionário da INB, com formação em engenharia mecânica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e especialização em Administração Pública Empresarial e em Gestão Empresarial.
"Assumo hoje com um sentimento misto de alegria e expectativa. Alegria em chegar à presidência da empresa, da qual sou funcionário de carreira desde 2002, e expectativa de conseguir resgatar a posição da INB no cenário nacional e internacional”, disse Tupinambá no discurso de posse.
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- 20/01/2016 - Projeto prevê dedução de doações para pesquisa científica básica no IRA intenção é permitir a compra de insumos - como reagentes e materiais descartáveis — para essas atividades de pesquisa. As deduções previstas são de 80% do valor doado, no caso de pessoas físicas, e de 40% no caso para pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real
A intenção é permitir a compra de insumos - como reagentes e materiais descartáveis — para essas atividades de pesquisa. As deduções previstas são de 80% do valor doado, no caso de pessoas físicas, e de 40% no caso para pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real
Fonte: Jornal da CiênciaO projeto de lei (PLS 758/2015) apresentado pelo senador Romário (PSB-RJ) pretende autorizar a dedução no Imposto de Renda de valores doados para apoio a projetos de pesquisa científica básica. As deduções previstas são de 80% do valor doado, no caso de pessoas físicas, e de 40% no caso para pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real.
A intenção é permitir a compra de insumos - como reagentes e materiais descartáveis - para essas atividades de pesquisa. Segundo o senador, muitas instituições acabam priorizando apenas a compra de equipamentos de alta tecnologia e não sobra dinheiro para financiar os insumos que permitiriam o seu funcionamento.
As doações permitidas são para a pesquisa científica básica, aquela que gera conhecimentos que não têm necessariamente aplicação imediata. "O conhecimento básico de hoje será o conhecimento aplicado de amanhã”, justificou o senador, que usou como exemplo a matemática.
O texto traz várias condições para que as doações possam ser deduzidas. Entre elas está a exigência de que a doação seja feita para instituição pública de ensino ou pesquisa e de que a pessoa física responsável pelo projeto de pesquisa esteja cadastrada na base de dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Renúncia Fiscal
O projeto também estabelece como limite para as deduções os índices já aplicados em outros casos semelhantes: 4% do imposto devido pelas pessoas jurídicas e 6% do imposto devido pelas pessoas físicas. O objetivo é suavizar os efeitos da renúncia de receitas.
"Consideramos que, em virtude do pequeno universo de pesquisadores no Brasil, o impacto dessa renúncia fiscal não será, na prática, relevante na receita da União e será compensado pelo retorno materializado no desenvolvimento da educação, da ciência e, em consequência, da tecnologia e da inovação”, disse o senador na justificativa do texto.
O projeto está na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), onde tem como relator o senador Elmano Férrer (PTB-PI). Depois, passará pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), responsável pela decisão final, a menos que haja recurso para que seja votado pelo Plenário.
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- 20/01/2016 - Estudos apontam risco do uso de nanopartículas ao meio ambienteHá sinais de que esses elementos também prejudicam a saúde humana
Há sinais de que esses elementos também prejudicam a saúde humana
Fonte: Correio BrazilienseAs nanopartículas estão entre os novos materiais favoritos da indústria, devido às diversas propriedades que elas conferem a todo tipo de produto. Quando são reduzidos à escala nanométrica, elementos como prata e óxido de zinco se transformam em potentes antibactericidas, protetores de matérias-primas delicadas e películas capazes de estender a validade de alimentos, entre diversas outras utilidades. Essas vantagens levaram os fabricantes a incorporar os nanomateriais a uma variedade de produtos, como fármacos, tecidos, eletrônicos, pesticidas e embalagens. O problema é que pouco se sabe sobre um outro lado, nada benéfico, dos superpoderes desses pequenos agentes.
Pesquisas começam a mostrar o potencial poluente das nanopartículas e como esses compostos podem afetar o meio ambiente numa escala bastante perigosa. A principal ameaça está nos efluentes de indústrias que empregam esse tipo de material, mas eles também podem chegar ao ambiente por meio de pesticidas ou da rede de esgoto doméstica, na forma de água misturada com produtos comuns, como xampu ou pasta de dentes. Uma análise recente do Laboratório Suíço de Tecnologia e Ciência dos Materiais (EMPA) mostra, por exemplo, que até mesmo roupas tratadas com prata liberam partículas do composto na água usada para a lavagem das peças.
Um trabalho publicado por pesquisadores norte-americanos há um ano também sugere que esses materiais acabam liberados pelo esgoto a partir de alimentos. Os cientistas testaram oito bebidas de suplementos nutricionais que têm entre os ingredientes nanopartículas de ouro, prata, cobre, zinco, platina e paládio. Eles notaram que os novo materiais tendem a subir para a superfície, onde podem causar problemas para a vida aquática depois que os efluentes alcançam os oceanos. Os cientistas ressaltam, contudo, que ainda não há como quantificar o volume de nanomateriais vindos de alimentos industrializados lançados ao ambiente dessa maneira.
E não são só os animais aquáticos que podem estar em perigo. Testes feitos com células intestinais humanas sugerem que as partículas podem fazer mal ao organismo antes de serem eliminadas. Nos experimentos feitos em laboratório, as bebidas mudaram a organização celular do tecido e prejudicaram estruturas que trabalham na digestão. "Eu acredito que nanomateriais deveriam ter a segurança testada antes de serem usados em produtos como comida”, ressalta Robert Reed, pesquisador da School of Sustainable Engineering and the Built Environment da Universidade Estadual do Arizona.
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- 20/01/2016 - Detector de neutrinos será instalado em Angra 2Ferramenta vai monitorar em tempo real o nível de atividade do reator e funcionará como salvaguarda adicional de proteção do lixo nuclear
Ferramenta vai monitorar em tempo real o nível de atividade do reator e funcionará como salvaguarda adicional de proteção do lixo nuclear
Fonte: Agência Fapesp
Peter Moon
Se não houver novos imprevistos, em maio de 2016 será finalmente instalado um detector de neutrinos junto à parede externa do reator nuclear de Angra 2, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
O detector foi projetado para monitorar em tempo real o nível de atividade do reator. Funcionará como uma ferramenta adicional de salvaguarda de proteção para certificar que o combustível nuclear (urânio enriquecido) ou seu refugo (plutônio) não estão sendo retirados de forma não declarada de usinas – o que poderia ser um indício de descaminho para uso em armas nucleares.
"A Eletronuclar, operadora de Angra 2, quer checar a sua viabilidade técnica”, diz Ernesto Kemp, do Instituto de Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O detector de neutrinos foi totalmente projetado e construído no Brasil e tem o apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O projeto final do dispositivo está detalhado no trabalho "Using Neutrinos to Monitor Nuclear Reactors: the Angra Neutrino Experiment, Simulation and Detector Status", que acaba de ser publicado no periódicoNuclear and Particle Physics Proceedings. A pesquisa conta com recursos de diversas agências de fomento brasileiras, incluindo oapoio da FAPESP.
A fissão do urânio enriquecido no interior de um reator nuclear gera energia e lixo radioativo, como o plutônio. Também gera as menores e as mais numerosas partículas subatômicas que se conhece, os neutrinos. Eles não possuem carga elétrica (como seu nome indica) e até os anos 1990 não se sabia se tinham massa. Hoje se sabe que têm, mas é muito menor que a de um elétron. Se por um lado a massa dos neutrinos é quase desprezível, por outro lado eles são produzidos em quantidades assombrosas a partir das reações termonucleares no núcleo das estrelas.
O Sol banha a Terra com um tsunami incessante de neutrinos que atravessa a atmosfera, vara o planeta inteiro e segue em frente como se tivesse cruzado o vazio. Os neutrinos são tão diminutos que 60 milhões deles atravessam cada centímetro cúbico do seu corpo a cada segundo, como se todos os átomos e células que o compõem não existissem.
É exatamente essa propriedade fantasmagórica dos neutrinos que servirá para monitorar a atividade do reator de Angra 2. Apesar de o reator estar blindado por metros e mais metros de chumbo, aço e concreto, os neutrinos gerados na fissão atravessam todas aquelas barreiras como se não existissem. O detector de neutrinos ficará encostado na parede externa da usina, a 30 metros do reator. Assim, poderá monitorar o fluxo de neutrinos e aferir o nível de atividade da usina.
"Para roubar plutônio, é preciso desligar o reator”, explica João dos Anjos, colíder do projeto, pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e diretor do Observatório Nacional. "Se baixar a potência do reator, serão gerados menos neutrinos. Existe uma relação linear entre a potência do reator e a quantidade de neutrinos gerados. Esperamos detectar cerca de 5 mil interações por dia.”
Nova técnica
Para detectar 5 mil neutrinos por dia, o dispositivo precisa de uma sensibilidade extrema. O detector de neutrinos é formado por um tanque com uma tonelada de água ultrafiltrada, cercado por 32 fotomultiplicadores. Grosso modo, toda vez que um furtivo neutrino se chocar com os átomos da água no detector (uma probabilidade baixíssima, mas que eventualmente ocorre), irá emitir luz na forma de fótons com intensidade suficiente para serem "enxergados” pelos fotomultiplicadores.
A cada segundo, o reator de Angra 2, com potência térmica de 4 gigawatts, produz 100 bilhões de trilhões de neutrinos (1022neutrinos). Distante 30 metros, o detector será banhado a cada segundo por 1 trilhão de neutrinos (1012neutrinos). A princípio espera-se que apenas e tão somente 5 mil sejam reportados por dia. Na prática, espera-se detectar uns 2.500. "Por dois motivos: o detector não é 100% eficiente e a filtragem do ruído causado por fontes naturais de radiação jogará fora uma fração considerável de eventos genuínos”, diz Ernesto Kemp.
Segundo João dos Anjos, "detectores de neutrinos em reatores nucleares são uma técnica já experimentada no Japão e na França. São detectores bem maiores, de 20 a 80 toneladas, enterrados em minas ou túneis. O nosso tem 1 tonelada. O grande desafio é criar um detector pequeno e móvel, que fique na superfície. É uma técnica nova que precisa ser testada.”
Para tanto, ohardwaree osoftwarede análise precisarão distinguir as interações geradas pelos neutrinos do reator daquelas geradas pelo ruído de fundo, causado pelos raios cósmicos, pela torrente de neutrinos solares e pela radiação natural do meio ambiente. Num detector enterrado e blindado, todo esse ruído é minimizado. "Como vamos operar na superfície, nossa blindagem é zero. Os sinais de raios cósmicos podem mimetizar e falsear um sinal de neutrino do reator. Não podemos incorrer em erros”, afirma Ernesto Kemp.
Uma vez que o detector de neutrinos entre em operação, os dados de todas as interações serão enviados por uma linha dedicada ao CBPF, no Rio de Janeiro, para filtragem e análise em tempo real. Esta é uma grande vantagem do detector brasileiro com relação aos atuais dispositivos de controle que a AIEA impõe às usinas nucleares. Para certificar que não se está retirando plutônio, os reatores são vigiados por câmeras e sensores de temperatura. Suas portas são lacradas com selos especiais. "São métodos invasivos que os operadores das usinas não gostam, pois atrapalham a operação”, diz João dos Anjos. "Nosso detector é externo à usina e não interfere na sua operação.”
O detector de neutrinos está neste momento em testes no CBPF. Em maio, será remontado dentro de um contêiner de 12 metros que já está em Angra 2. "Teremos que remontar no período mais curto possível. A gente não pode ficar circulando livremente na usina. Tem que ter escolta”, diz João. "As normas de segurança de uma usina nuclear são muito rígidas – como tem que ser –, o que torna difícil o trabalho. Temos de cumprir todas as regras e controles.”
Uma longa novela científica
As primeiros reuniões do projeto começaram em 2005. Onze anos se passaram. A ideia inicial era construir um detector pequeno e outro muito maior, de 50 toneladas, enterrado embaixo do Morro do Frade, que fica a 1,5 quilômetro de Angra 2.
O grande detector foi orçado em US$ 50 milhões. Essedesignpreliminar era voltado para o estudo de oscilações de neutrinos. Na época existiam vários grupos com propostas similares espalhadas pelo mundo. Por questões de custos, vários grupos se uniram e o grupo brasileiro se juntou ao experimento de oscilação de neutrinos Double Chooz, que foi construído na França.
"Com essa mudança, o grupo brasileiro que já estava articulado em torno da construção de um detector de neutrinos de reatores no país resolveu levar adiante a ideia, mas com objetivo diferente, nesse caso o monitoramento da atividade do reator”, diz Kemp. Esse dispositivo menor, que é móvel, custou R$ 1 milhão, bancado principalmente pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). "Todo o processo de projeto e construção do detector foi longo, cheio de imprevistos e complicações.”
O design inicial previa um detector cheio de cintilador líquido, mais preciso do que o de água ultrapura. "Nós informamos os operadores de Angra 2 que pretendíamos usar cintilador líquido. A princípio eles não se opuseram”, diz Kemp. "Só quando o design ficou pronto foi que eles o barraram. Alegaram que o uso de cintilares era inseguro, por existir um risco baixíssimo, porém real, de combustão. Daí optarmos pelo detector de água, que é menos preciso, porém mais seguro. Todo o trabalho desenvolvido entre 2006 e 2008 foi quase integralmente descartado.”
Antes da construção, o projeto passou por simulações em computador, a cargo do físico Pietro Chimenti, então na Universidade Federal do ABC. Segundo ele, "a ideia da simulação é que ela seja a melhor representação do experimento. Na medida em que vão se obtendo resultados, a simulação vai sendo refinada, até chegar ao resultado definitivo.” Com a troca do cintilador líquido por água, as simulações tiveram que ser feitas e refeitas.
Será o primeiro detector de neutrinos construído e operado integralmente no Brasil. "Nós, físicos brasileiros, já participamos de forma relevante em experimentos de partículas nos grandes laboratórios mundiais. Construir este detector nos deu grandes lições sobre como fazer ciência por aqui. Em caso de resultados positivos, estaremos contribuindo para a missão da AIEA de monitoramento do destino seguro de rejeitos nucleares”, afirma Kemp.
O artigoUsing Neutrinos to Monitor Nuclear Reactors: the Angra Neutrino Experiment, Simulation and Detector Status(doi:10.1016/j.nuclphysbps.2015.10.090), de João dos Anjos, Kemp, Chimenti e outros, publicado naNuclear and Particle Physics Proceedings267–269: 108–115, pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2405601415010494.
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- 19/01/2016 - Governo elabora programa para popularizar ciência, diz ministroFonte: Jornal do BrasilO ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, disse hoje (19) que o ministério está elaborando um programa para popularizar a ciência no país. Segundo ele, a intenção é criar espaços onde os estudantes possam ter contato com o universo e os fenômenos científicos.
"[Queremos] colocar centros de popularização de criação de ciência para estudantes do ensino básico, nas cidades médias do país, ao longo dos próximos anos para que as pessoas tenham a dimensão da importância da ciência, da tecnologia e da inovação no cotidiano do brasileiro”, explicou Pansera ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.
Pansera citou como referência o Museu do Amanhã, inaugurado em dezembro no ano passado, no Rio de Janeiro, que abriga mostras e exposições de temas relacionadas às ciências e tem atividades que permitem a interatividade do público. O ministro informou que se reuniu com a equipe do museu para tratar da possibilidade de compartilhar o conteúdo. O projeto deve envolver também outros ministérios. "Estamos desenvolvendo um programa de popularização da ciência no Brasil. Queremos levá-lo à presidenta Dilma [Rousseff] em fevereiro e apresentá-lo em março ao país", acrescentou.
"É um bom momento para lançar um programa de popularização da ciência, aproximando biologia, química, matemática e física da juventude, criando prazer nos jovens e nas crianças com o conhecimento”, afirmou Pansera. Ele ressaltou que despertar o interesse dos estudantes para as ciências vai contribuir para a formação de professores e para a melhoria da educação no país.
Marco legal
Ao participar do Bom Dia, Ministro, Celso Pansera falou sobre o novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, sancionado na semana passada pela presidenta Dilma, e citou, entre os pontos positivos, a facilitação da importação de produtos e equipamentos vinculados à pesquisa e o estímulo à aproximação entre os setores de pesquisa público e privado. O marco cria regras para estimular o avanço da produção científica no Brasil. "O marco analisa diversas leis que envolvem pesquisa, inovação, tecnologia e as torna mais agéis e um pouco mais próximas da realidade do mercado e da realidade dos pesquisadores”, disse o ministro.
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- 19/01/2016 - INPI lança projeto para agilizar exame de pedido de patentes inovadorasFonte: Jornal do BrasilO Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, lançou nesta terça-feira (19) o projeto "Prioritário BR”. O objetivo principal é garantir que um pedido de patente inovadora depositado originalmente no instituto, mas com depósito equivalente em outro país, receba tratamento prioritário em sua análise.
"A ideia é que consigamos decidir rapidamente, a fim de viabilizar que a empresa que depositou o pedido de patente tenha maior capacidade e poder nas negociações. Estamos falando em transferência de tecnologia ou mesmo para conseguir o licenciamento de sua tecnologia, com a patente concedida pelo INPI”, informou o diretor de Patentes do órgão, Júlio César Moreira.
O diretor acrescentou que, dependendo da área tecnológica e contando a partir da data do depósito, um pedido de patente leva até 11 anos para ser analisado. "É muito demorado para quem tem necessidade de colocar seu produto no mercado e de um contrato celebrado entre a empresa com outra parte.”
De acordo com Moreira, com o "Prioritário BR” o INPI pretende analisar a patente em prazo mais ágil. Segundo ele, a meta é de nove meses a um ano. O diretor afirmou que a proposta é o INPI agilizar o processo, de modo que a empresa coloque seu produto no mercado ou comece a exportar produtos de alto valor agregado protegida pela patente.
Júlio César Moreira disse que o INPI não demora para examinar e decidir um pedido de patente. "Nossa demora está em começar o exame da solicitação de patente, devido ao número de pedidos que aguardam na fila. Uma vez iniciado o exame, decidimos bem rápido.” Atualmente, cerca de 200 mil pedidos de patente estão pendentes. Os mais antigos são da área de tecnologia da informação (TI), que datam de 2000.
"Se levarmos em consideração que nessa área de TI z tecnologia fica obsoleta em três ou quatro anos, precisamos ter mecanismos mais rápido de resposta e tratar de alguma maneira esse estoque pendente de exames.” Para Moreira, isso pode ser resolvido com a priorização dos exames, como o INPI está fazendo agora, ou com a contratação de pessoal.
Os proprietários de pedidos de patentes mais antigos com primeiro depósito originário no Brasil e em outro país podem se habilitar a participar do projeto Prioritário BR. "Eles terão direito de solicitar o exame. Nesse caso, é só preencher o formulário. O INPI examina a viabilidade ou não, confirma que o depósito do pedido não é só brasileiro e dá um tratamento prioritário." Para se candidatar ao tratamento prioritário, o dono de pedido de patente não pode ter iniciado o exame no INPI.
Moreira destacou mecanismos de aceleração da Lei da Propriedade Intelectual para casos prioritários. Quando o pesquisador ou empresa deposita o pedido de patente no instituto, eles podem pedir a publicação antecipada e pagar pelo exame antecipado.
"Ao fazer isso e uma vez tendo o pedido depositado no país e no exterior, o solicitante pode pedir um exame prioritário. "Ele sai da fila normal de processamento e vai para uma fila especial, onde é processado rapidamente. Em seguida, damos a resposta que ele precisa sobre proteção ou não do seu pedido de patente.”
De acordo com a assessoria de imprensa do INPI, após a concessão da patente pelo projeto "Prioritário BR", o solicitante brasileiro poderá pedir a priorização também nos Estados Unidos por meio do projeto 'Patent Prosecution Highway' (PPH), iniciado no dia 11 de janeiro. O Brasil estuda ampliar para outros países o PPH.
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- 19/01/2016 - Vetos em artigos do novo Marco Legal da CT&I desapontam entidadesNa avaliação da Anpei, Confap e CNI, impedimentos em dispositivos do PLC 77/2015 desestimulam empresas a investir em pesquisa e desenvolvimento no país
Na avaliação da Anpei, Confap e CNI, impedimentos em dispositivos do PLC 77/2015 desestimulam empresas a investir em pesquisa e desenvolvimento no país
Fonte: Agência Fapesp
Entidades representativas do setor empresarial e da comunidade científica ficaram desapontadas com os vetos presidenciais no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/2015, sancionado pela presidenta Dilma Rousseff no dia 11 de janeiro.
Na avaliação da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os vetos presidenciais em artigos da lei, que deu origem ao novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei 13.243/2016), desestimulam as empresas a investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no país.
Isso porque alguns dos oito vetos, sendo cinco deles na proposta de aperfeiçoamento e ampliação dos benefícios da Lei de Inovação (10.973/2004) – a primeira legislação brasileira criada para regular as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no país –, impedem a eliminação de alguns entraves para realização de pesquisa pela iniciativa privada.
A fim de reparar o erro, as entidades, que integram a denominada Aliança em Defesa do Marco Legal da Ciência, Tecnologia & Inovação (CT&I), estão estudando a possibilidade de tentar reverter os principais vetos no Congresso Nacional após o término do recesso parlamentar, no início de fevereiro.
"A iniciativa privada está desapontada com a natureza dos vetos porque demonstra uma falta de compreensão de quem administra o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação da importância da pesquisa nas empresas para transformar tecnologias em produtos”, disse Naldo Dantas, assessor de relações institucionais da Anpei.
Um dos vetos mais sensíveis às empresas, segundo Dantas, foi no dispositivo que previa a dispensa de licitação pela administração pública para contratar micros, pequenas e médias empresas, com faturamento anual de R$ 90 milhões, para prestar serviços ou fornecer bens elaborados com aplicação de conhecimento científico e tecnológico.
Na avaliação da entidade, o veto ao dispositivo, com o argumento dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão de que a ampliação de hipóteses de dispensa de licitação para a contratação com órgãos e entidades da administração pública apenas se justifica em caráter bastante excepcional, diminui o poder de compra das estatais.
O texto anterior permite essa possibilidade somente para grandes encomendas vinculadas a produtos de interesse público, como a vacina da dengue, por exemplo.
O desenvolvimento de um produto nacional específico para uma cadeia produtiva, como um termostato, usado em sondas para perfuração de poços de petróleo, não é classificado como de interesse público e não se enquadraria na regra vigente, ponderou a entidade.
"Pelo dispositivo proposto, a empresa que desenvolvesse em parceria com uma estatal uma tecnologia brasileira que competisse e tivesse o mesmo desempenho de um produto importado, por exemplo, teria preferência de compra e seria dispensada de licitação”, explicou Dantas.
Aliado ao veto do artigo que previa a isenção e a redução de impostos na importação de máquinas e insumos destinados à pesquisa científica e tecnológica por empresas, o impedimento de dispensa de licitação inviabiliza a formação de uma cadeia de pequenas e médias empresas de base tecnológica, avaliou.
"O veto a esse artigo revela desconhecimento de como se forma uma cadeia de pequenas e médias empresas de base tecnológica em um país, como foi feito na Coreia e no Japão, por exemplo”, afirmou Dantas.
"Todos os grandes países formaram suas cadeias de startups – empresas nascentes –, pequenas e médias empresas de base tecnológica por meio de estatais”, disse.
A CNI, por sua vez, avaliou que os vetos tiram a isonomia que havia sido estabelecida entre instituições públicas e privadas que se dedicam ao desenvolvimento de projetos de investigação científica.
Um exemplo dado pela entidade é que, após os vetos, as bolsas concedidas por universidades ligadas ao governo continuam isentas da contribuição previdenciária, mas as que forem dadas por empresas terão de pagar o benefício.
Já na avaliação do Confap, os vetos desestimulam ainda mais as empresas a realizar P&D no país.
"Hoje, já um desestímulo para as empresas fazerem pesquisa no país. A ideia era que o projeto, mantido na íntegra, ajudasse a reparar esses problemas, porque não interessa se a pesquisa é feita na academia ou em empresas privadas. O importante é que resulte em novos produtos, projetos e mais empregos”, avaliou Sérgio Gargioni, presidente do Confap.
Expectativa frustrada
A expectativa das entidades era de que não houvesse vetos ao PLC 77/2015.
No final de dezembro, a Aliança em Defesa do Marco Legal da Ciência, Tecnologia & Inovação (CT&I) enviou uma carta à presidenta Dilma Rousseff ressaltando a necessidade da sanção do projeto sem vetos, na forma como foi aprovado na Câmara e no Senado.
"Tínhamos a expectativa de que o apelo das entidades seria atendido, até porque o projeto foi resultado de muita discussão e negociação ao longos dos últimos cinco anos”, disse Gargioni.
Na avaliação das entidades e de pessoas que participaram da elaboração do projeto, contudo, independentemente dos vetos, a nova lei traz muitos ganhos para o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação.
"O processo iniciado em 2010 por entidades como o Confap e o Consecti [ Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Informação], que culminou nesse novo Marco Legal, também trouxe outro resultado importante, que foi a Emenda Constitucional 85 [promulgada em fevereiro de 2015, e que altera vários dispositivos constitucionais para melhorar a articulação entre o Estado e as instituições de pesquisa públicas e privadas no país], avaliou Ary Plonski, professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e associado da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
"Os vetos são uma parte de um todo, que é muito maior e mais importante, que é o novo Marco Legal, e cujo trabalho para implementá-lo começa agora”, avaliou Plonski, que é membro da coordenação adjunta da FAPESP para elaboração do Plano Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Estado de São Paulo.
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- 18/01/2016 - Robô retirará barras de combustível do reator 3 de FukushimaFonte: Portal TerraUm robô operado por controle remoto retirará as barras de combustível do reator número 3 da usina nuclear de Fukushima, onde os níveis de radiação atuais impedem que um humano realize essa tarefa.
A companhia tecnológica japonesa Toshiba, fabricante do robô e construtor da usina, realizou nesta segunda-feira uma demonstração do aparelho na cidade de Yokohama, ao sul de Tóquio.
A máquina, em forma de guindaste, possui dois braços robóticos capazes de pegar e cortar resíduos, e outro braço especialmente desenhado para agarrar as barras, revelou a companhia.
A máquina está equipada com uma série de câmeras que permitirão aos trabalhadores observar os trabalhos de retirada de múltiplos ângulos e controlar melhor as distâncias para evitar acidentes.
A previsão é que os trabalhos para retirar 566 barras de combustível do reator comecem em algum momento do ano fiscal de 2017, que no Japão começa em 1 de abril.
Em dezembro de 2014 a proprietária da central, Tokyo Electric Power (TEPCO), terminou de retirar as 1.535 barras de combustível da piscina do reator número 4 da central com a supervisão direta dos trabalhadores.
Ao contrário deste reator, que estava apagado durante o terremoto e tsunami de 11 de março de 2011, e onde não foram registrados altos níveis de radiação, o reator número 3 foi danificado por uma explosão de hidrogênio que levou a uma fusão parcial nos dias posteriores, espalhando substâncias radioativas.
Por isso este processo agora "será mais complicado, já que terá que ser completamente feito de forma remota", indico um porta-voz da TEPCO ao jornal "Japan Times".
A companhia disse que espera reduzir eventualmente os níveis de radiação até 1 milisievert por hora, taxa ainda muito elevada para realizar trabalhos de longo prazo e muito acima do limite recomendado de 0,11 msv/h.