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- 11/06/2015 - AIEA vai criar primeiro banco próprio de urânioFonte: R7
Viena, 11 jun (EFE).- A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vai criar seu primeiro banco de urânio pouco enriquecido, em uma tentativa de gerar uma oferta segura para o combustível nuclear no caso de possíveis problemas de acesso no mercado livre. Os 35 países-membros do Conselho de Governadores da AIEA deram hoje em Viena seu sinal verde para estabelecer o banco no Cazaquistão, na Ásia Central. O urânio pouco enriquecido (LEU, na sigla em inglês) é o combustível mais usado nas 438 usinas nucleares que existem no mundo atualmente. O Conselho aprovou, além disso, um acordo com a Rússia para garantir o transporte do LEU rumo ao novo banco e também sua saída do Cazaquistão para os potenciais clientes. "A conclusão destes dois acordos, com o sinal verde do Conselho, são um marco significativo para este importante projeto, e nos permite continuar com sua plena criação", assinalou em comunicado o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano. O banco, que poderia estar em funcionamento em dois anos, terá uma capacidade de até 90 toneladas métricas de LEU, que serão armazenadas em cerca de 60 cilindros metálicos. Com essa quantidade de combustível pode funcionar um reator de 1.000 megawatts durante três anos, segundo a AIEA. O projeto do banco de LEU foi lançado inicialmente no final de 2010 no Conselho de Governadores da AIEA e tem sempre em conta não influir no mercado livre de LEU. A ideia é que qualquer país - que deve cumprir certos padrões de segurança e salvaguardas nucleares - possa ter acesso a esse banco no caso de se ver excluído do acesso no mercado livre, seja por razões políticas ou comerciais. Neste mercado existem abastecedores primários, ou seja, produtores de LEU como EUA, Rússia e vários países europeus, como França, Reino Unido e Alemanha. Além disso, existe um mercado secundário no qual atuam investidores e outros que compram e vendem LEU. Para cumprir com as exigências legais do sistema das Nações Unidas, a AIEA deverá fazer no futuro uma licitação pública para comprar uma quantidade inicial de LEU para seu banco. Se estima que para o máximo de 90 toneladas métricas a AIEA terá que investir entre 100 e 120 milhões de dólares. O banco de LEU da AIEA é financiado graças a contribuições voluntárias de vários doadores, tanto estatais como privados, que forneceram US$ 150 milhões, suficientes para que o banco tenha uma vida inicial de dez anos. O principal contribuinte estatal é os EUA com US$ 49 milhões, seguido pela União Europeia, com 25 milhões, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, com US$ 10 milhões cada um, assim como Noruega, com US$ 5 milhões. Além disso, existe uma grande doação de US$ 50 milhões da ONG americana Nuclear Threat Initiative (NTI), com dinheiro do famoso investidor Warren Buffet. A ideia do banco foi lançada inicialmente em 2006 pelo NTI, alegando que desta forma podem ser reduzidos riscos potenciais de proliferação nuclear para fins militares, dado que o processo de produção de LEU para a indústria é basicamente o mesmo que para a construção de uma bomba atômica. EFE jk/ma
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- 11/06/2015 - Pesquisa da AIEA sobre tratamento do câncer ganha prêmio internacionalFonte: EBC
Uma publicação resultado de um projeto de pesquisa iniciado, patrocinado e coordenado pela Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, recebeu um prêmio do Jornal de Medicina Nuclear.
Segundo a agência, o trabalho ajuda médicos a avaliar e tratar de forma eficaz pacientes com uma forma de linfoma não-Hodgkin, um tipo agressivo de câncer, usando técnica de diagnóstico por imagem nuclear.Brasil
A publicação é o resultado de um projeto de pesquisa envolvendo a Aeia em cooperação com oito centros de pesquisa em diversos países: Brasil, Chile, Coreia do Sul, Filipinas, Hungria, Índia, Itália e Tailândia.
O estudo também teve conselhos de pesquisadores da França, Itália, Turquia e Reino Unido.
O estudo envolveu 383 pacientes com uma forma de linfoma não-Hodgkin chamado linfoma difuso de grandes células B, Dlbcl na sigla em inglês. Os pacientes foram monitorados por dois anos.Estudo Internacional
O projeto de pesquisa envolveu diferentes sistemas de saúde e populações de etnias diversas para garantir que as respostas ao tratamento eram comparáveis globalmente.
Com a participação de pesquisadores de onze países desenvolvidos e em desenvolvimento, o estudo concluiu que as respostas eram as mesmas no mundo todo.
A chefe da sessão de Medicina Nuclear e Diagnóstico por Imagem da Aiea, Diana Paez afirmou esperar que as comunidades médica e científica possam implementar as recomendações feitas no estudo.
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- 09/06/2015 - Falta de material radiativo compromete tratamento de câncer na rede hospitalarFonte: Agência Brasil
Flávia Villela - Repórter da Agência BrasilEdição: Jorge WamburgPacientes com doenças crônicas, como câncer da tireoide e linfoma, estão impossibilitados de fazer exames e tratamento pela falta de radiofármacos em vários hospitais públicos e particulares do país, depois que o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), responsável pela produção dessas substâncias de componente radioativo, interrompeu o fornecimento há dois dias, devido a problemas com a compra de insumos importados, como o iodo-131 e o gálio-67, matérias-primas na medicina nuclear para o diagnóstico e terapia de doenças.
O Ipen é gerido técnica e administrativamente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. No Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, em média, 20 pacientes são prejudicados por dia com a falta dos insumos.
O coordenador do Serviço de Medicina Nuclear, Marcelo José dos Santos, explicou que alguns pacientes tiveram que interromper o tratamento para a realização dos exames. "Para o tratamento do câncer de tireoide, por exemplo, o paciente fica submetido a um preparo especial durante um mês, sem receber medicamentos, entra em uma situação especial chamada de hipotireoidismo. Esses pacientes já estavam aqui quando souberam que não poderiam realizar o procedimento.”
Além de Barretos, outras unidades informaram não ter recebido as doses necessárias para realizar as atividades até o fim desta semana, como o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer. O Hospital Amaral Carvalho, de Jaú, informou que teve de remarcar exames com pacientes que estavam há meses na fila de espera, sendo a grande maioria é usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) e que necessita do transporte das prefeituras. Muitos chegam em jejum, de locais distantes, e não têm condições de se alimentar, informou o hospital.
O superintendente do Ipen, José Carlos Bressiani, informou que a interrupção foi gerada por atraso no pagamento de um dos fornecedores, no Canadá. A perspectiva, segundo ele, é que o abastecimento dos serviços seja regularizado no decorrer da semana e amanhã cheguem ao Instituto o gálio e o iodo. "Devíamos cerca de US$ 1 milhão para essa empresa. Felizmente, o orçamento saiu na semana passada, estamos saldando as dívidas e eles já vão começar a nos fornecer novamente”, disse Bressiani.
O governo detém o monopólio da produção dos radiofármacos, mas o Brasil depende da importação de insumos radioativos e a alta do dólar tem encarecido ainda mais esses produtos, prejudicando o fornecimento. Para piorar, Bressiani explicou que o repasse do orçamento anual liberado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, de cerca de R$ 92 milhões, para o instituto é inferior ao que foi gasto no ano passado.
"Tivemos aumento dos produtos em dólar de cerca de 40% e tivemos o aumento do valor do dólar. Precisávamos de um aumento bem superior a esse que foi alocado. É insuficiente para pagar as contas dos insumos nacionais e internacionais e o custeio dos gastos diários do instituto. Precisaríamos de ao menos de R$ 140 milhões”, explicou Bressiani. O aumento, segundo ele, é a única solução em curto prazo. Caso não haja mais repasses, o superintendente acredita que o dinheiro acabe a partir de setembro.
Foi a segunda interrupção do fornecimento neste ano. Em março, funcionários entraram em greve para protestar contra a falta de recursos.
Para a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, outro problema a ser enfrentado são os altos valores pagos pela especialidade médica na realização dos exames e tratamentos com esses radiofármacos, que não são acompanhados pela tabela do SUS. Médico nuclear e diretor da instituição, Sérgio Altino ressaltou que, a partir de julho, está previsto um segundo aumento no valor do insumo em menos de um ano, representando aumento de mais de 40%.
"E a tabela de procedimentos do SUS não sofre reajuste desde o ano de 2009. A situação é muito grave. Acreditamos que a solução é o aumento do repasse do SUS para a realização desses exames, pois não podemos continuar deficitários”, disse o médico.
O Ministério da Saúde informou que o tema sobre fornecimento ou falta de radiofármacos nos hospitais e unidades de saúde deve ser tratado exclusivamente com o MCTI, mas esclareceu que os repasses para o Ministério da Ciência e Tecnologia estão regulares e que a previsão é de que o abastecimento de radiofármacos seja normalizado nesta quinta-feira (11). O MCTI não se pronunciou a respeito do assunto até o fechamento desta reportagem.
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- 09/06/2015 - Falta de material compromete tratamento de câncer no paísFonte: A Tarde
Pacientes com doenças crônicas, como câncer da tireoide e linfoma, estão impossibilitados de fazer exames e tratamento pela falta de radiofármacos em vários hospitais públicos e particulares do país, depois que o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), responsável pela produção dessas substâncias de componente radioativo, interrompeu o fornecimento há dois dias, devido a problemas com a compra de insumos importados, como o iodo-131 e o gálio-67, matérias-primas na medicina nuclear para o diagnóstico e terapia de doenças.
O Ipen é gerido técnica e administrativamente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). No Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, em média 20 pacientes são prejudicados por dia com a falta dos insumos.
O coordenador do serviço de medicina nuclear, Marcelo José dos Santos, explicou que alguns pacientes tiveram que interromper o tratamento para a realização dos exames: "Para o tratamento do câncer de tireoide, por exemplo, o paciente fica submetido a um preparo especial durante um mês, sem receber medicamentos, entra em uma situação especial chamada de hipotireoidismo. Esses pacientes já estavam aqui quando souberam que não poderiam realizar o procedimento".
Além de Barretos, outras unidades informaram não ter recebido as doses necessárias para realizar as atividades até o final desta semana, como o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC). O Hospital Amaral Carvalho, de Jaú, informou que teve que remarcar exames com pacientes que estavam há meses na fila de espera, sendo a grande maioria é usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) e que necessita do transporte das prefeituras. Muitos chegam em jejum, de locais distantes, e não têm condições de se alimentar, informou o hospital.
O superintendente do Ipen, José Carlos Bressiani, informou que a interrupção foi gerada por atraso no pagamento de um dos fornecedores, no Canadá. A perspectiva, segundo ele, é de que o abastecimento dos serviços seja regularizado no decorrer da semana e amanhã cheguem ao Instituto o gálio e o iodo. "Devíamos cerca de US$ 1 milhão para essa empresa. Felizmente, o orçamento saiu na semana passada, estamos saldando as dívidas e eles já vão começar a nos fornecer novamente", disse Bressiani.
O governo detém o monopólio da produção dos radiofármacos, mas o Brasil depende da importação de insumos radioativos e a alta do dólar tem encarecido ainda mais esses produtos, prejudicando o fornecimento. Para piorar, Bressiani explicou que o repasse do orçamento anual liberado pelo MCTI, de cerca de R$ 92 milhões, para o instituto é inferior ao que foi gasto no ano passado.
"Tivemos aumento dos produtos em dólar de cerca de 40% e tivemos o aumento do valor do dólar. Precisávamos de um aumento bem superior a esse que foi alocado. É insuficiente para pagar as contas dos insumos nacionais e internacionais e o custeio dos gastos diários do instituto. Precisaríamos de ao menos de R$ 140 milhões", explicou Bressiani. O aumento, segundo ele, é a única solução em curto prazo. Caso não haja mais repasses, o superintendente acredita que o dinheiro acabe a partir de setembro.
Essa é a segunda vez no ano que o fornecimento foi interrompido. Em março, funcionários entraram em greve para protestar contra falta de recursos.
Para a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear outro problema a ser enfrentado é os altos valores pagos pela especialidade médica na realização dos exames e tratamentos com esses radiofármacos, que não são acompanhados pela tabela do SUS. Médico nuclear e diretor da SBMN, Sérgio Altino, ressaltou que, a partir de julho, está previsto um segundo aumento no valor do insumo em menos de um ano, representando aumento de mais de 40%.
"E a tabela de procedimentos do SUS não sofre reajuste desde o ano de 2009. A situação é muito grave. Acreditamos que a solução é o aumento do repasse do SUS para a realização desses exames, pois não podemos continuar deficitários", apontou o médico.
O Ministério da Saúde informou que o tema sobre fornecimento ou falta de radiofármacos nos hospitais e unidades de saúde deve ser tratado exclusivamente com o MCTI. O MCTI não se pronunciou a respeito do assunto até o fechamento desta reportagem.
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- 09/06/2015 - Falta de verba paralisa produção de remédio contra o câncerIpen deixou de pagar fornecedores e mil pacientes com a doença na tireoide tiveram o tratamento interrompido
Ipen deixou de pagar fornecedores e mil pacientes com a doença na tireoide tiveram o tratamento interrompido
Fonte: O Estado de S. Paulo
Lígia Formenti / BRASÍLIA
Cerca de mil pacientes tiveram o tratamento de câncer de tireoide e exames de diagnóstico suspensos no Brasil entre ontem em hoje, em razão da falta de radiofármacos produzidos pelo Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares (Ipen). Por causa de uma dívida acumulada ao longo do ano, o instituto teve o fornecimento de material radioativo interrompido por uma das empresas."O pagamento da parcela foi feito na semana passada, mas não houve tempo suficiente para atender à demanda desta semana”, afirmou o superintendente doIpen, José Carlos Bressiani. Somente no Hospital de Câncer de Barretos, 11 pacientes ficaram sem o tratamento e 16 sem fazer exames de cintilografia, indicado, por exemplo, para identificar problemas cardíacos. "Números não refletem o drama enfrentado pelos pacientes. Muitos chegam após seis meses de fila e já perderam o momento ideal da terapia”, disse o coordenador do serviço de medicina nucelar do Hospital de Câncer de Barretos,Marcelo José dos Santos. Pacientes reagiram com choro e, em alguns casos,com agressividade diante da notícia de que o tratamento havia sido suspenso, relatou Santos. No caso da terapia para tireoide, pacientes têm de suspender por um mês o uso de hormônios, devem se submeter a uma dieta restrita e precisam chegar ao hospital acompanhados. "Não é difícil entender a reação.Eles gastam tempo, dinheiro, já estão emocionalmente abalados.Chegar aqui e receber ainformaçãodequeo tratamento terá de ser adiado acaba sendo desesperador.” O superintendente doIpen afirma que a dívida do instituto teve como ponto de partida a redução nos repasses feitos pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.Em nota, o ministério negou e disse que o repasse está regular.
Dívidas.
Diante da falta de definição sobre os recursos destinados ao instituto em 2015, a pasta repassou, segundo Bressiani, 1/18 avos do orçamento de 2014. "Com isso, as dívidas se acumularam.” Pelos cálculos de Bressiani, a dívida chega a R$ 20 milhões. Além da redução de recursos, o Ipen enfrenta o aumento no valor de material radioativo. "Usamos produtos importados.”Pelos cálculos de Bressiani, os recursos são suficientes até setembro.
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- 08/06/2015 - Falta de verba paralisa produção de remédio contra o câncerPor causa de uma dívida acumulada ao longo do ano, o instituto teve o fornecimento de material radioativo interrompido por uma das empresas
Por causa de uma dívida acumulada ao longo do ano, o instituto teve o fornecimento de material radioativo interrompido por uma das empresas
Fonte: Correio da Bahia
Cerca de mil pacientes tiveram o tratamento de câncer de tireoide e exames de diagnóstico suspensos no Brasil entre esta segunda, 8, e terça-feira, 9, em razão da falta de radiofármacos produzidos pelo Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares (Ipen). Por causa de uma dívida acumulada ao longo do ano, o instituto teve o fornecimento de material radioativo interrompido por uma das empresas.
"O pagamento da parcela foi feito na semana passada, mas não houve tempo suficiente para atender à demanda desta semana”, afirmou o superintendente do Ipen, José Carlos Bressiani. Somente no Hospital de Câncer de Barretos, 11 pacientes ficaram sem o tratamento e 16 sem fazer exames de cintilografia, indicado, por exemplo, para identificar problemas cardíacos. "Números não refletem o drama enfrentado pelos pacientes. Muitos chegam após seis meses de fila e já perderam o momento ideal da terapia”, disse o coordenador do serviço de medicina nucelar do Hospital de Câncer de Barretos, Marcelo José dos Santos.
Pacientes reagiram com choro e, em alguns casos, com agressividade diante da notícia de que o tratamento havia sido suspenso, relatou Santos. No caso da terapia para tireoide, pacientes têm de suspender por um mês o uso de hormônios, devem se submeter a uma dieta restrita e precisam chegar ao hospital acompanhados. "Não é difícil entender a reação. Eles gastam tempo, dinheiro, já estão emocionalmente abalados. Chegar aqui e receber a informação de que o tratamento terá de ser adiado acaba sendo desesperador.”
O superintendente do Ipen afirma que a dívida do instituto teve como ponto de partida a redução nos repasses feitos pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Em nota, o ministério negou e disse que o repasse está regular. Dívidas Diante da falta de definição sobre os recursos destinados ao instituto em 2015, a pasta repassou, segundo Bressiani, 1/18 avos do orçamento de 2014. "Com isso, as dívidas se acumularam.” Pelos cálculos de Bressiani, a dívida chega a R$ 20 milhões. Além da redução de recursos, o Ipen enfrenta o aumento no valor de material radioativo. "Usamos produtos importados.” Pelos cálculos de Bressiani, os recursos são suficientes até setembro.
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- 08/06/2015 - Exames diagnósticos e tratamentos comprometidos por falta de materialSituação é decorrente do não fornecimento de insumos essenciais para prática da medicina nuclear no sistema de saúde
Situação é decorrente do não fornecimento de insumos essenciais para prática da medicina nuclear no sistema de saúde
Fonte: Site da SBMN
A realização de exames diagnósticos de cânceres como linfoma e tratamento de câncer de tireoide está comprometida no Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo. É o que alerta a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN).
A Sociedade explica que este fato se deve à interrupção no fornecimento de iodo-131 e gálio-67 - radioisótopos usados comomatéria-prima na medicina nuclear para o diagnóstico de doenças e terapêutica. "Com a falha na entrega desse material, pacientes foram prejudicados por terem suas terapias adiadas”, esclarece o presidente da Sociedade, Claudio Tinoco.
Os insumos deveriam ter sido entregues pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), responsável pela produção dos radiofármacos, o que não ocorreu.O Brasil, hoje, depende da importação de insumos radioativos, havendo número limitado defornecedores qualificados de radioisótopos com quem o país pode comercializar.
Fatores como a alta do dólar, o aumento dos custos dos insumos importados, bem como corte do orçamento para a produção dos radiofármacos, são alguns dos fatores que têm dificultado a aquisição de insumos e a manutenção da produção dos radiofármacos no País de maneira regular, sem sobressaltos, conforme tem sido nos últimos 30 anos.
No momento outras instituições também não receberam as doses necessárias para realizar as atividades até o final desta semana. Entre elas estão o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Octavio Frias de Oliveira (ICESP) e Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC).
A SBMN chama a atenção que este é apenas um prenúncio do que pode se tornar uma situação caótica no Brasil. "Se o panorama da aquisição deradioisótoposcontinuar fragilizado, a perspectiva é de a partir de setembro haver um desabastecimento em âmbito nacional", alerta Tinoco. Para que isso não ocorra a Sociedade começou a buscar estratégias em conjunto com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o próprio IPEN, e os ministérios da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI) e Ministério da Saúde (MS).
A entidade inclusive enviou ofício aos ministérios solicitando a suspensão do aumento previsto para vigorar a partir de 2 de julho. "Este será o segundo incremento no valor do insumo em um prazo inferior ao período de um ano, o que totaliza aumento de 40,3%”, relata Tinoco. Em contrapartida, a tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) não sofre reajuste desde o ano de 2009.
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- 05/06/2015 - Eletrobras será reestruturada, diz ministroFonte: Yahoo Notícias
A Eletrobrás passará por reestruturação completa e terá novas diretrizes e políticas para seguir, disse o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Segundo ele, esse novo direcionamento será anunciado pelo governo no segundo semestre. "Estamos reorientando nossa estratégia com as coligadas e o planejamento estratégico da Eletrobras. Não é um movimento isolado do ministério, mas do governo. Estamos próximos de anunciar essa nova política, que terá mais governança e compliance", disse. "A Eletrobrás precisa dar resultados financeiros e parar de dar prejuízo."
O objetivo desse plano é assegurar investimentos na área de geração que viabilizem energia firme, gerada por hidrelétricas e térmicas, e não intermitente, caso da solar e das eólicas. As linhas gerais foram dadas pela presidente Dilma Rousseff, mas cada coligada deverá apresentar plano próprio, entre elas Eletronorte, Eletrosul, Furnas, Chesf, Eletronuclear e CGTEE. "Achamos que o papel das coligadas da Eletrobras no incentivo de algumas fontes está cumprido", disse Braga. "Agora, o esforço será o de viabilizar energia firme a um custo baixo. Também continuaremos a investir em transmissão."
Segundo o ministro, as usinas eólicas não são um exemplo de investimento que gera energia firme. No Sul, as rajadas de vento fazem com que o fator de capacidade médio (relação que aponta o aproveitamento do vento e sua efetiva geração) seja de 30% a 35%. No Nordeste, onde o vento é constante, o fator de capacidade não ultrapassa os 50%. "Não dá para dizer que vamos assegurar toda a energia de que o País precisa com eólicas", disse. Na energia solar, o ministro avalia que o investimento deve ser feito pelos próprios consumidores, distribuidoras de energia e empresas privadas.
Braga disse que o plano inclui a venda de ativos, como as distribuidoras federalizadas da companhia e parques eólicos. "Alguns leilões dos quais a Eletrobrás participou foram vencidos e dão dinheiro, de forma que não são prioridade de desinvestimento."
Greve
Em greve desde segunda-feira, os trabalhadores da Eletrobrás aguardam a formalização de uma contraproposta da empresa para definir os rumos do movimento. Eles querem o pagamento de participação nos resultados (PLR) da empresa, apesar do prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão em 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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- 03/06/2015 - SBMN solicita suspensão de aumento no valor do insumo radioativo à MCTI e MSFonte: Site SBMN
Preocupada com o atual cenário da medicina nuclear no Brasil, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), entidade filiada à Associação Médica Brasileira (AMB), representada pelo presidente, Claudio Tinoco, enviou mensagem aos representantes do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI); Ministério da Saúde (MS); Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares (IPEN).
No documento a Sociedade pede a suspenção do aumento de 22% do valor cobrado pelos insumos radioativos - matéria-prima essencial à realização dos exames médicos diagnósticos - produzidos pelo IPEN. Anunciado nesta semana e com previsão de entrar em vigor em 2 de julho, o aumento preocupa a todos os envolvidos na medicina nuclear.
Este será o terceiro incremento no valor do insumo em um prazo inferior ao período de um ano, o que totaliza aumento de 44%. Em contrapartida, a tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) não sofre reajuste desde o ano de 2009.
ASBMN entende que este aumento unilateral impacta profundamente na saúde brasileira, pois há risco real da inviabilização do funcionamento de diversos serviços de medicina nuclear, públicos e privados, responsáveis por atender pacientes para o SUS .
Isto incorrerá em irreparáveis danos à população brasileira, tendo em vista que hoje a Medicina Nuclear brasileira, faz mais de 2 milhões de procedimentos por ano, vitais para o enfrentamento de doenças como câncer, do aparelho circulatório e tantas outras mais que afligem a população.
Com o objetivo de alcançar uma solução, a SBMN informa que haverá no início de julho uma reunião junto ao Ministério da Saúde (MS), ocasião na qual irá buscar meios resolutivos capazes de prover a manutenção da cadeia produtiva de insumos radioativos, tanto em termos de infraestrutura, quando produção, abastecimento, distribuição e custos da matéria-prima. A expectativa é de contar com a presença também do IPEN e CNEN no encontro.
A SBMN coloca-se à disposição dos associados da entidade para esclarecimentos. A entidade manterá todos informados sobre os desdobramentos desta empreitada por meio de seu site, news e facebook.
Esperamos contar com todos neste momento, no sentido de buscar um entendimento junto às esferas governamentais a fim de garantir o acesso contínuo à Medicina Nuclear no País.
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- 03/06/2015 - INB deve indenizar ex-funcionário que tinha medo de material radioativoAlém de valor em dinheiro, empresa deve pagar acompanhamento médico. Decisão inédita pode fazer com que mais trabalhadores sejam beneficiados
Além de valor em dinheiro, empresa deve pagar acompanhamento médico. Decisão inédita pode fazer com que mais trabalhadores sejam beneficiados
Fonte: G1
A INB, Indústrias Nucleares do Brasil, foi condenada a indenizar um ex-funcionário que alegou ter medo de trabalhar com materiais radioativos em Poços de Caldas (MG). A decisão é inédita e pode fazer com que mais trabalhadores também sejam beneficiados. A empresa ainda aguarda julgamento de recurso.
José Walter Tomazoli trabalhou na INB durante 24 anos, de 1982 a 2006. Ele conta que desde quando prestava serviços à empresa, tinha medo de ter problemas de saúde. Agora, por causa dos danos psicológicos que alega ter sofrido, ganhou no Superior Tribunal do Trabalho o direito à indenização e acompanhamento médico.
Ficava sabendo de um ou outro que teve o problema e tinha medo", disse José Walter, que ainda completou que considera avanço também para os colegas de trabalho. "Não só pra mim, como pra todos os outros colegas que estão envolvidos", afirmou.
Um laudo pericial apresentado ao Tribunal Regional do Trabalho atestou que os danos à saude do ex-funcionário eram legítimos. O documento dizia ainda que os sintomas acausados pelo contato com o material radioativo podem demorar a aparecer.
O TRT também entendeu que, no caso de José Walter, houve negligência da mineradora, já que não havia o aparelho que mostra quando o empregado deve ser transferido de setor por ter atingido o nível máximo de radiação. Helio Scalvi, geólogo que trabalhou durante 35 anos na INB, lembra como era feito o acompanhamento.
"Os funcionários que estavam diretamente ligados a operação, tanto de lavra quanto de fabricação do urânio, eram monitorados através do dosímetro. O pessoal da administração muitas vezes não usava porque não estava diretamente ligado a essa fonte radioativa", contou.
A decisão pode favorecer pelo menos outros 100 ex-funcionários da empresa que já teriam entrado na Justiça. A assessoria da INB informou que entrou com embargo de declaração e agora aguarda o julgamento do recurso.
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- 01/06/2015 - Energia Nuclear, a opção incontornávelArtigo de Cláudio Geraldo Schön, do Departamento de Engenharia Metalúrgica da Escola Politécnica da USP, para o Estado de S. Paulo
Artigo de Cláudio Geraldo Schön, do Departamento de Engenharia Metalúrgica da Escola Politécnica da USP, para o Estado de S. Paulo
Fonte: O Estado de S. Paulo
CLÁUDIO GERALDO SCHÖN
Para responder à iminente falta de energia elétrica em nosso país, causada pela ausência de chuvas e pela queda acentuada nos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, as autoridades do setor resolveram pela reativação de usinas termoelétricas e por reforçar o funcionamento de hidrelétricas e das usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2. Essas providências demonstram que, de imediato, o Brasil não pode prescindir de nenhuma fonte de energia.
Para resolver o problema no longo prazo, contudo, será inevitável considerar o aumento da participação da energia nuclear na matriz energética do País - assunto que deve ser prioridade nas agendas do governo federal, do setor produtivo e da academia e apresentado à sociedade com seriedade e clareza.A matriz energética brasileira, baseada majoritariamente em usinas hidrelétricas, está entre as mais confiáveis e mais limpas do mundo. Essa fonte, entretanto, é vulnerável a eventos climáticos extremos, como acontece atualmente. A opção pela geração termoelétrica é inevitável em momentos como este, mas vai na contramão da História ao utilizar uma fonte emissora de dióxido de carbono (CO2), principal suspeito de causar as mudanças climáticas que, afinal, comprometem a geração hidrelétrica.
As chamadas fontes renováveis, geração solar e eólica, são opções possíveis, mas caras, de manutenção trabalhosa e que requerem imensas áreas para captação. Por exemplo, uma residência com quatro habitantes consome em média 200 kW de energia elétrica por mês. A geração solar custaria para essa residência cerca de R$ 1.400, ante aproximadamente R$ 100 para geração hidrelétrica (tributos não foram incluídos nessa conta).
A utilização de termoelétricas também implica aumento de custos. Por exemplo, todos os consumidores de São Paulo sentem isso no bolso, pois atualmente pagam R$ 5 a mais a cada 100 kW de consumo por causa da reativação dessas usinas.
Diante desse quadro - submissão das hidrelétricas aos efeitos climáticos, passivo ambiental elevado provocado pelas termoelétricas e altos custos para geração por fontes renováveis -, impõe-se ao País a necessidade de aumentar a geração de energia elétrica por fonte nuclear.
Alguns países adotam significativamente a energia nuclear. Mesmo no Japão, onde os terremotos são uma preocupação constante, a geração nuclear responde por cerca de 25% de sua matriz energética. O Brasil, ao contrário, reúne todas as condições favoráveis para o uso da energia nuclear. Possui a matéria-prima em abundância (as reservas de urânio são estimadas em 500 mil toneladas), detém a tecnologia necessária para transformá-la em combustível e domina o conhecimento para construir as usinas.
Há, certamente, preocupação com a segurança, mas os últimos acidentes sérios envolvendo geração nuclear ocorreram por falhas humanas (Chernobyl) ou por se construírem usinas numa zona propensa a terremotos (Fukushima). Justamente por seus riscos, a geração nuclear está entre as mais seguras. Atualmente há 440 usinas nucleares em operação no mundo e 23 em construção.
Há, também, a questão ambiental. O processo de geração nuclear resulta em resíduos radiativos que devem ser descartados sem riscos de contaminação. Até nesse ponto a situação favorece o Brasil, que tem vastas áreas despovoadas, com terrenos geologicamente estáveis. Além disso, há uma nova classe de reatores nucleares em desenvolvimento (Geração IV), que prevê a reconversão dos rejeitos radiativos para serem novamente empregados como combustíveis nucleares.
Os custos de construção de uma usina são, naturalmente, elevados, mas os custos de operação são mais baixos e o longo tempo de comissionamento compensam a sua construção. Para efeito de comparação, estima-se que a Usina Hidrelétrica de Belo Monte custará R$ 26 bilhões, enquanto Angra 3 sairá por cerca de R$ 14 bilhões. Ambas, após construídas, deverão apresentar custos de operação equivalentes. O ponto, entretanto, não é apenas econômico. O País não pode prescindir de Angra 3, assim como não pode prescindir de Belo Monte. Necessitamos de uma rede flexível, em que as diferentes partes possam compensar deficiências de fornecimento em situações de emergência.
Há, entretanto, uma fonte de vulnerabilidade. O Brasil carece de profissionais capazes de atender a uma demanda crescente por energia nuclear. Os profissionais treinados pelo Acordo Brasil-Alemanha, nas décadas de 1970 e 1980, migraram para outras áreas ou estão atingindo idade de aposentadoria. A Universidade Federal do Rio de Janeiro percebeu essa questão e criou um curso de Engenharia Nuclear. Na mesma linha, a Universidade de São Paulo, por meio da Escola Politécnica, discute a criação de um curso semelhante.
A demanda pelo profissional vai muito além da geração de energia, haja vista as aplicações farmacológicas e de pesquisa científica, além, é claro, do programa de submarinos nucleares mantido pela Marinha do Brasil. O Brasil já produz radiofármacos, o que possibilita a distribuição desse tipo de medicamento pelo Sistema Unificado de Saúde (SUS). E nossa capacidade de produzir radiofármacos vai aumentar substantivamente com a construção, já em curso, do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).
O aumento da nossa capacidade na área nuclear vai requerer profissionais capacitados a lidar tanto com a produção quanto com a manipulação dos produtos radioativos, cujos benefícios para a população são indiscutíveis.
Se a energia nuclear é uma opção incontornável para o País, a formação de engenheiros nucleares, como planeja a Escola Politécnica da USP, é uma decisão que não pode ser postergada.
* Cláudio Geraldo Schön éProfessor associado doDepartamento de Engenharia Metalúrgica da EscolaPolitécnica da USP, colabora como pesquisadorindependente com o programa nuclear da Marinha do Brasil.
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- 26/05/2015 - CNPq anuncia vencedores do Prêmio Jovem CientistaFonte: Agência Fapesp
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciou os vencedores da 28ª edição do Prêmio Jovem Cientista em 2015.
Com o tema "Segurança Alimentar e Nutricional", a edição teve mais de 1,9 mil trabalhos inscritos. Estudantes e instituições de ensino do Ceará, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo estão entre os vencedores.
Entre os trabalhos contemplados estão um produto que permite ao consumidor identificar fraudes no leite; um modelo inovador de agricultura urbana, que oferece um sistema sustentável de produção e aproxima os consumidores dos produtores; um estudo sobre a castanha-do-brasil como fonte de suplementação de selênio para idosos, que se revela importante aliado na prevenção do mal de Alzheimer.
O presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, ressaltou a importância da iniciação científica. "A iniciação científica é uma necessidade, e o futuro é aquele que na universidade todos tenham a liberdade e a formação para produzir as próprias perguntas”, disse.
Os vencedores são:
Categoria Mestre e Doutor:
1º lugar: Bárbara Rita Cardoso (Universidade de São Paulo)
Orientador: Silvia Maria Franciscato Cozzolino
Título do estudo: "Efeitos do consumo de castanha-do-brasil (Bertholetia excelsa H.B.K.) sobre a cognição e o estresse oxidativo em pacientes com comprometimento cognitivo leve e a relação com variações em genes de selenoproteínas”2º lugar: Camila Maranha Paes de Carvalho (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
Orientador: Inês Rugani Ribeiro de Castro
Título do estudo: "Proposta de avaliação do Programa Nacional de Alimentação Escolar para municípios do Estado do Rio de Janeiro”3º lugar: Fernanda Garcia dos Santos (Universidade Federal de São Paulo)
Orientador: Vanessa Dias Capriles
Título do estudo: "Inovação para o desenvolvimento de pães sem glúten de boa qualidade tecnológica, sensorial e nutricional: contribuições para o tratamento dietético dos doentes celíacos e demais intolerantes ao glúten” – o trabalho premiado integra um projeto apoiado pela FAPESP.Categoria Estudante do Ensino Superior
1º lugar: Deloan Edberto Mattos Perini (Universidade Federal da Fronteira do Sul)
Orientador: Marcela Alvares Maciel
Título do estudo: "Modelo de agricultura urbana como inovação no processo de abastecimento de alimentos em cidades de pequeno porte”2º lugar: Davi Benedito Oliveira (Universidade Federal de Itajubá)
Orientador: Álvaro Antônio Alencar de Queiroz
Título do estudo: "Biossensores nanoestruturados para a monitoração da qualidade do pescado”3º lugar: Kamila Ramponi Rodrigues de Godoi (Universidade Estadual de Campinas)
Orientador: Ana Paula Badan Ribeiro
Título do estudo: "Avaliação da incorporação de fitoesteróis livres e esterificados como agentes estruturantes em bases lipídicas para aplicação em alimentos”Categoria Mérito Institucional
Ensino Superior: Universidade Federal de Santa Catarina
Ensino Médio: Escola Estadual de Educação Profissional Joaquim Nogueira, de FortalezaCategoria Mérito Científico
Franco Maria Lajolo – Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo
Mais informações e outros ganhadores: www.jovemcientista.cnpq.br
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- 25/05/2015 - Obras de Angra 3 estão paradas devido a greve de trabalhadoresFonte: Site EBC
Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência BrasilPublicidade
As obras da Usina Nuclear Angra 3 foram paralisadas nesta segunda-feira (25), após assembleia geral dos trabalhadores, que aprovaram greve por tempo indeterminado. A mobilização é por 10% de aumento salarial e de 25% na cesta básica. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Angra dos Reis e Paraty, Anderson Pereira, disse que a greve vai provocar ainda mais atrasos na conclusão da usina, que teve as obras reiniciadas em 2009, depois de duas décadas paradas, com previsão de entrar em operação em 2018.
"É greve por tempo indeterminado. Estamos aguardando os patrões nos darem respostas. A obra vai atrasar mais ainda, pois se não avançarmos nas negociações, a produção vai ficar parada”, disse Pereira.
O Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Rio de Janeiro ofereceu um aumento escalonado, de acordo com a faixa salarial. Seria dado 8% para os trabalhadores com menores salários, 7,13% para os profissionais que recebem até R$ 4,5 mil, 4,7% para salários até R$ 7 mil e livre negociação acima desses níveis. Os trabalhadores rejeitaram a proposta.
As empresas oferecem tíquete alimentação no valor de R$ 260, mas os trabalhadores reivindicam R$ 300. Uma nova assembleia foi marcada para esta terça-feira (26), às 7h, no canteiro de obras. A Eletronuclear foi procurada, mas não se posicionou sobre o assunto até a publicação desta matéria.
Angra 3 será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto. Quando entrar em operação comercial, em 2018, a nova unidade, com potência de 1.405 megawatts, será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 50% do consumo do estado do Rio de Janeiro. Angra 3 terá características similares a Angra 2, com tecnologia alemã Siemens/KWU (hoje, Areva ANP). As informações estão no site da Eletronuclear.
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- 25/05/2015 - SBPC divulga programação preliminar da 67ª RA da SBPCO evento contará com atividades, com a participação de pesquisadores renomados do Brasil e exterior
O evento contará com atividades, com a participação de pesquisadores renomados do Brasil e exterior
Fonte: Jornal da Ciência
A programação científica preliminar da 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que será realizada em São Carlos (SP), na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), de 12 a 18 de julho, com o tema "Luz, Ciência e Ação”, já está disponível no site do evento. A programação contará com conferências, mesas-redondas, minicursos, encontros, sessões especiais, assembleias e muito mais.
A programação da 67ª Reunião Anual da SBPC foi preparada com o objetivo de levar aos participantes um panorama amplo do que melhor se faz em ciência hoje no Brasil. Entre os temas que serão debatidos nas conferências, estão "A teoria da relatividade geral: 100 anos depois”, "Instalações nucleares, risco e desenvolvimento no cenário atual do Brasil”, "A contribuição do trabalho dos físicos médicos na medicina – Presente e Futuro”, além de outros.
Entre alguns dos temas discutidos nas mesas-redondas estão "Energia para um futuro sustentável”, "Educação superior, pesquisa básica e política industrial”, "Internet como direito fundamental” e "Políticas públicas para educação em ciências”.
Assim como ocorre em todas as reuniões anuais da SBPC, a de São Carlos tem como um de seus objetivos principais popularizar e valorizar a produção científica nacional e inseri-la no cotidiano dos cidadãos. Também a exemplo dos eventos anteriores, a 67ª Reunião Anual será um importante fórum para a difusão dos avanços da ciência nas diversas áreas do conhecimento e um espaço de debates de políticas públicas para a ciência e tecnologia.
Junto com a 67ª Reunião Anual da SBPC serão realizadas também a SBPC Jovem, a ExpoT&C e a SBPC Mirim. A SBPC Jovem teve sua primeira edição em 2003, durante a 55ª Reunião Anual. Desde então, acontece todos os anos. Trata-se de um evento com atividades que visam despertar o interesse dos jovens pela ciência e tecnologia. A programação contará com oficinas, salas temáticas e apresentações culturais.
A programação e outras informações sobre a 67ª Reunião Anual podem ser obtidas no endereço: http://www.sbpcnet.org.br/saocarlos/home/
(Ascom SBPC)
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- 25/05/2015 - Redução do orçamento do MCTI fica próxima de 25%A Lei Orçamentária Anual (LOA) previa R$ 7,311 bilhões para a pasta, mas o orçamento final ficou em R$ 5,467 bilhões
A Lei Orçamentária Anual (LOA) previa R$ 7,311 bilhões para a pasta, mas o orçamento final ficou em R$ 5,467 bilhões
Fonte: Jornal da Ciência
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, anunciou na sexta-feira (22) os cortes nas contas públicas para o orçamento do ano. No total, o reajuste soma R$ 69,9 bilhões, com divisão da redução entre os 39 ministérios do Executivo, as emendas impositivas do Legislativo e os programas do governo federal.
Para o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o corte foi de 25%. A Lei Orçamentária Anual (LOA) previa R$ 7,311 bilhões para a pasta, mas o orçamento final ficou em R$ 5,467 bilhões.
Os cortes poderiam ter sido ainda maiores, caso o ministro Aldo Rebelo não tivesse convencido a presidente Dilma Rousseff a incluir o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e o Projeto Sirius dentro das atribuições do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ainda que sejam considerados prioritários pelo MCTI, a dotação orçamentária para os projetos não é garantido, uma vez que os empenhos individuais ainda não foram divulgados pelo governo e as empreitadas podem não receber recursos neste ano.
Outras pastas com atividades de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) também sofreram com o corte. O Ministério da Defesa, por exemplo, perdeu pouco menos de 25% dos recursos, saiu de R$ 22,645 bilhões para R$ 17,028 bilhões.
Já o Ministério das Comunicações (MiniCom) teve uma perda de 23% do R$ 1,371 bilhão a que teria direito neste ano. Agora, o valor é de R$ 1,054 bilhão. Ainda assim, a promessa do governo é de manter os investimentos no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e no projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
"O valor do limite na área de Comunicações, mesmo com esse contingenciamento, é acima do valor total pago no ano anterior. Com isso, está preservado o programa de satélite, e está preservado o lançamento, ou ampliação, do Plano Nacional de Banda Larga já a partir do segundo semestre", garantiu o ministro Barbosa.
Ainda segundo ele, o corte de recursos ocorreu em todas as pastas e de forma seletiva, para assegurar verba aos programas sociais e ações prioritárias para o governo. "Esse contingenciamento não foi linear, porque não foi igual em todos os ministérios. Tivemos o cuidado de preservar os principais programas. Especificamente no cronograma de investimentos, serão preservados os projetos estruturantes, e também os que já estão em fase de conclusão, com 70% das obras prontas”, informou.
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- 22/05/2015 - Ministério quer implementar política de CT&I para os próximos 20 anosEntrevista da Agência CT&I com a secretária executiva do MCTI, Emília Maria Ribeiro.
Entrevista da Agência CT&I com a secretária executiva do MCTI, Emília Maria Ribeiro.
Fonte: Agência Gestão CT&I
Em mais de três décadas no serviço público federal, onde atuou em órgãos como Ministério da Educação (MEC), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e no Senado Federal, a Secretaria Executiva do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Sexec/MCTI) é o maior desafio da nova titular, Emília Maria Ribeiro. Com pouco mais de um mês na função, ela já tem árduas missões: encontrar meios de recompor os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), aumentar o orçamento da pasta que deverá sofrer um grande contingenciamento e buscar soluções para tornar o Brasil um País mais inovador.
Em entrevista exclusiva à Agência Gestão CT&I, a chefe da Sexec do MCTI fala sobre temas diversos, em especial a construção de uma política nacional para a área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), que teria um horizonte de 20 anos, algo único na história do Brasil.
Como foi o convite para chefiar a Sexec?
O ministro Aldo [Rebelo] tinha uma grande preocupação com a gestão do MCTI. Ele queria acelerar o processo de melhor condução administrativa da pasta. Dado a minha experiência como gestora pública, não apenas na Anatel, como no MEC, em ministérios da infraestrutura e como servidora de carreira do próprio MCTI, isto o motivou para me convidar.
Qual o cenário que encontrou ao chegar no ministério?
Os desafios do MCTI são os mesmo do governo como um todo, que se encontra em um período de ajuste fiscal. Estamos empenhados na tentativa de ampliar o nosso orçamento. Uma das alternativas que já estamos colocando em prática é a captação de recursos extras por meio de parceiros da iniciativa privada. Hoje pela manhã, estive em uma grande reunião com o BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento], que vai participar ativamente em um programa em parceria com o MCTI. O objetivo será fortalecer laboratórios, recursos humanos, ampliar nossos horizontes de maneira geral.
Qual é o planejamento da pasta para curto, médio e longo prazo?
O ministro já tem um plano efetivo sobre o que será feito nos próximos quatro anos de governo. Mas, tenha certeza, que esse quadriênio será a base para os próximos 20 anos. Isto porque estamos empenhados, junto com as entidades científicas e os parlamentares, para discutir projetos que vislumbrem horizontes maiores. Acabamos de debater sobre o Projeto de Lei (PL) n° 2177/2011, que propõe uma política nacional da indústria na área de inovação. Também abordamos a Emenda Constitucional promulgada este ano. E vamos propor, em breve, um projeto que institui uma política nacional de ciência, tecnologia e inovação para as próximas duas décadas. A partir desta matéria, nascerá uma nova agenda para o País que nos alçará, novamente, ao patamar de emergente no mundo, no que se refere ao nosso desenvolvimento.
O que está incluído nesta proposta? Como ela será composta?
O projeto será constituído em capítulos. Por exemplo, haverá um que tratará sobre a política nacional de desenvolvimento da nossa Defesa. Outro abordará a área da Saúde. Ou seja, todos os capítulos necessários para que a gente possa reunir todos os setores. É necessário lembrar que o MCTI é transversal. Ele atua em todos os segmentos do governo federal.
A matéria dará um norte na parte de inovação, ciência e tecnologia. Com ele, o MCTI assume o seu papel de protagonista. Hoje, no mundo, os ministérios que mais se sobressaem são os de CT&I, porque orientam a política pública para inovação, para ciência, para pesquisa, para o desenvolvimento de um país.
Esta proposta ainda está em fase inicial. Mas poderia adiantar alguns setores que serão beneficiados diretamente com o projeto?
Sem dúvida a proposta englobará a área de recursos humanos. Toda a parte de graduação e pós-graduação, experiência externa que será trazida. Atualmente, a nossa preocupação é na formação de engenheiros. Precisamos destes profissionais em áreas específicas como de energia nuclear. Necessitamos também avançar na área de tecnologia, no que diz respeito a segurança cibernética, e também na área de tecnologia da informação (TI). Nós já temos onde investir. Precisamos focar e vamos focar com toda essa legislação que está surgindo agora.
No ambiente da CT&I nacional, uma das grandes preocupações é o enfraquecimento do FNDCT. Como o MCTI tem trabalhado com esta questão?
Estamos em processo de estudo sobre a melhor solução para recuperação do FNDCT. Temos agora uma reunião do comitê que o dirige. Esse colegiado vai estudar o futuro do fundo e o que está sob sua responsabilidade hoje. Isto vai ao encontro com a reclamação da presidente do Consecti [Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I], Francilene Garcia, de que os recursos estão sendo utilizados para fomentar o Ciência sem Fronteiras (CsF). De fato, há uma distorção que o governo federal já está estudando os procedimentos para resolver esse problema de dotação orçamentária. A solução virá para que direcionemos os recursos para onde eles deveriam ir em sua origem.
Outra grande preocupação, em especial de cientistas brasileiros, é com a descontinuidade de recursos para pesquisas. Como o MCTI trabalhará esta questão?
Para sanar este problemas, existem soluções em várias frentes. Uma delas é o pacote que queremos criar em termos de grau de importância da CT&I para o País. É o que o secretário de C&T do Ceará, o ex-senador Inácio Arruda, já abordou em alguns fóruns. No período de pouco mais de uma década, entre anos 2000 a 2010 ou 2011, no governo federal, não se contingenciava recursos para a área de pesquisa e inovação. Então, o ministério não sofria restrições. Esta é uma proposta excelente e a comissão da Frente Parlamentar [de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação] vai encampar para que se emende na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) já no próximo ano.
Outro pacote é a Emenda Constitucional que acabou de ser aprovada e que nós já estamos trabalhando em função dela. O País já está se amoldando. Neste ano, neste governo, neste início, começa uma nova visão em relação à pesquisa no País. Passou a ser estratégico. Essa é uma pauta da presidente Dilma [Rousseff].
A senhora já falou em diversos desafios do MCTI. Agora, em termos pessoais, o que espera deixar de legado?
Espero fazer com o que o País seja mais inovador. É um desafio grande, porque nós temos várias regiões com diversidades próprias e precisamos aproximá-las do governo federal com uma política consistente. O meu desafio é ajudar o ministro Aldo para que ele faça desse ministério, a pasta que consiga levar a todos os setores do País, a importância da inovação, da pesquisa, do desenvolvimento tecnológico. É uma pauta difícil. Ainda estamos engatinhando. Mas temos total condições de fazer.
(Leandro Duarte, da Agência Gestão CT&I)
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- 22/05/2015 - Diretor da AIEA para América Latina destaca importância do IPENPara o visitante, o IPEN é um instituto de excelência no Brasil, reconhecido pela Agência, tanto no âmbito das pesquisas quanto das aplicações em energia nuclear
Para o visitante, o IPEN é um instituto de excelência no Brasil, reconhecido pela Agência, tanto no âmbito das pesquisas quanto das aplicações em energia nuclear
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) recebeu nesta terça-feira, 19, para uma visita técnica, Luis Longoria Gándara, do Departamento de Cooperação Técnica da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Recebido pela superintendente em exercício, Linda Caldas, e pelo diretor de Administração, Wilson Parejo Calvo, ele visitou as instalações do Centro de Radiofármacia (CR), do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) e dos dois reatores nucleares de pesquisa do Instituto, o IEA-R1 e o IPEN-MB01.
Gándara ficou bastante impressionado com o que considerou uma "evolução” nas atividades do IPEN. "O IPEN é um instituto de excelência no Brasil, reconhecido pela Agência, tanto no âmbito das pesquisas quanto das aplicações em energia nuclear”, disse o visitante, que é diretor da Divisão para América Latina e possui mais de 20 anos de experiência na área de energia atômica. "Para nós, é importante receber aqui o diretor da AIEA para a América Latina e mostrar parte do que o IPEN realiza”, acrescentou Calvo.
Pela manhã, Gándara visitou o Espaço Marcelo Damy, assistiu ao vídeo institucional do IPEN, conheceu a maquete do Projeto Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), depois seguiu para o CR, onde acompanhou uma demonstração do processo de produção dos radiofármacos, e para o Acelerador Cíclotron. À tarde, visitou o Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 e o Acelerador de Elétrons (CTR), depois se dirigiu ao Reator IEA-R1, no CTR, e finalmente para o Reator IPEN-MB01, do Centro de Engenharia Nuclear.
Em nome da AIEA, Gándara ressaltou a importância do IPEN para a sociedade:
"O IPEN é um instituto de vanguarda no campo da inovação, em nível nacional e continental. O domínio das técnicas e das tecnologias nucleares obtidos aqui há muitos anos se pode constatar nas pesquisas e principalmente nas suas aplicações na indústria, na saúde, no meio ambiente e nas demais áreas que beneficiam a sociedade em geral. A Agência Internacional de Energia Atômica reconhece esse Instituto como sendo de excelência e de vanguarda institucional”, concluiu.
Visita à sede da CNEN
Gándara é engenheiro mecânico, doutor em Física Nuclear pelo Imperial College, na Inglaterra. É pesquisador no Instituto Nacional de Investigaciones Nucleares (ININ), em Ooyoacac, México, e sua nomeação para a Diretoria da AIEA ocorreu em 2011. A visita ao IPEN é parte de uma programação que começou na segunda-feira, com a ida ao Instituto de Energia Nuclear (IEN/CNEN), no Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira, 20, pela manhã acompanhado de Linda Caldas e Wilson Calvo, visitará o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP).
Também para esta quarta-feira, à tarde, está programada uma visita à sede da Comissão Nacional de Enregia Nuclear (CNEN), no Rio de Janeiro, onde será recebido pelo presidente da Autarquia, Angelo Fernando Padilha. Na quinta-feira, Gándara conhecerá o Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN). Após essa visita, o diretor da AIEA retorna ao Hotel Pestana para o encerramento da XVI reunião da OCTA – Órgão de Coordenação Técnica do ARCAL (Acuerdo Regional de Cooperación para la Promoción de la Ciencia y la Tecnología Nucleares en América Latina y el Caribe).
(Ascom IPEN) -
- 21/05/2015 - CTC/PUC-Rio está com inscrições abertas para Escola Técnica de SAXS e SANSFonte: Planeta Universitário
De 6 a 10 de julho, a PUC-Rio sediará a primeira edição da Escola de Técnicas de Espalhamento de Raio-X (SAXS) e Neutrons (SANS) para Investigação Estrutural de Materiais e Sistemas Biológicos. O congresso, uma parceria entre CAPES, BRUKER, NanoBusiness e PUC-Rio, pretende transmitir os conhecimentos dos princípios básicos, potencialidades, métodos de tratamento e modelagem de dados experimentais a partir destas técnicas para a caracterização de nanomateriais e sistemas biológicos nanoestruturados. Estão confirmadas as palestras de pesquisadores brasileiros e estrangeiros da USP, UNESP, UFPR, Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Comissariat à l´Energie Atomique (CEA), University of Copenhagen e Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS).
As inscrições estão abertas até dia 1º de junho no site http://e-diffraction.com/workshop, e variam de R$ 30,00 (trinta reais) a R$ 300,00 (trezentos reais), de acordo com o perfil do participante. São 150 vagas. O congresso é destinado a profissionais das áreas de Ciências, Tecnologias ou Engenharias, professores, alunos de pós-graduação e pesquisadores.
SERVIÇO:
Escola de Técnicas de Espalhamento de Raio-X (SAXS) e Neutrons (SANS) para Investigação Estrutural de Materiais e Sistemas Biológicos
Data: De 6 a 10 de julho de 2015
Horários: Das 8h30 às 19h
Programação: http://e-diffraction.com/workshop/programacao
Local: Pontifícia Universidade Católica/PUC-Rio – Auditório do RDC
Endereço: Rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea
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- 20/05/2015 - Material radioativo é roubado no interior do Rio Grande do SulFonte: Portal UOL de Notícias
Uma embalagem plástica de cor azul contendo molibdênio-99, material radioativo usado em equipamento para diagnósticos em medicina nuclear, foi roubada na madrugada de terça-feira (19) no Rio Grande do Sul.O material saiu do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) em São Paulo, com destino à Associação Hospital Caridade de Ijui, no interior gaúcho. O roubo ocorreu na BR-386, perto da cidade de Carazinho, por volta das 4h50, segundo a Polícia Civil.
A Cnen informou que molibdênio-99 tem atividade radioativa relativamente baixa, mas pode oferecer riscos à saúde caso a estrutura de blindagem da embalagem seja violada. A comissão solicita a quem tiver conhecimento do paradeiro do material que entre em contato com as autoridades policiais.
Técnicos da Cnen estão em contato com a polícia para dar orientações de manipulação do material, caso seja necessário. A embalagem onde está o molibdênio-99 é semelhante a um balde.
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- 19/05/2015 - IF/USP oferece curso de Microscopia de Força Atômica e TunelamentoAulas são gratuitas e os interessados devem se inscrever como alunos especiais; pré-requisito básico é ter formação nas áreas de Exatas ou Biomédicas.
Aulas são gratuitas e os interessados devem se inscrever como alunos especiais; pré-requisito básico é ter formação nas áreas de Exatas ou Biomédicas.
Fonte: Assessoria de Comunicação do IFUSP
A coordenadora do Laboratório de Filmes Finos do Instituto de Física da USP (IF/USP), professora Maria Cecília Salvadori, oferece a partir de agosto o curso de Microscopia de Força Atômica e Tunelamento. O curso é gratuito, tem duração de quatro meses e as aulas acontecem àsterças e quartas-feiras, das 10h às 12h. São 12 vagas e o único pré-requisito éterformação nas áreas de Ciências Exatas ou Biomédicas. O interessado deve se matricular como aluno especial entre os dias 13 e 17 de julho na Secretaria de Pós Graduação do IF (Rua do Matão, 187, Travessa R, Edifício Principal, Ala 2, fone: 11 3091-6901), entre 11h e 11h30 ou entre 14h e 15h.
A microscopia de força atômica (AFM) é uma microscopia que não envolve lentes, e pressupõe diferentes modos de operação para obtenção de imagens. Na AFM de contato, por exemplo, uma sonda interage com a superfície, realizando uma varredura, como um scanner, e gerando ponto a ponto as coordenadas x, y e z. Por meio de um software, a técnica possibilita a reconstrução de uma superfície em 3D, podendo chegar à resolução atômica.
É muito usada para caracterizar morfologicamente materiais, com precisão em escala micro, nano ou subnano. "Trata-se da técnica de maior precisão em termos de caracterização de estruturas verticais, possibilitando inclusive, a realização de medidas em ar e em meio líquido, e a obtenção de imagens com resolução superior à das imagens obtidas com técnicas mais conhecidas, como a microscopia eletrônica de varredura”, explica a professora Salvadori.
Ela diz que a maioria dos interessados pelo curso é composta por estudantes de diversas áreas, como engenharia, física, química, biologia, mas as vagas são abertas também para profissionais que atuam no mercado. No meio profissional, a AFM pode ser usada em diversas áreas. "Na biologia, é muito útil para caracterizar células, inclusive conseguimos uma imagem incrível de uma célula no momento da divisão; na seara da química, para caracterizar nanopartículas, espalhadas em superfícies lisas como silício, vidro ou mica; na área da engenharia, para caracterização de compósitos: polímeros misturados a aditivos como argila, por exemplo. Neste caso, é possível verificar como esses materiais estão distribuídos na superfície por meio das propriedades mecânicas dessa superfície”, exemplifica a professora.
As seis primeiras semanas do curso são compostas por aulas expositivas e experimentais quanto de demonstrativas, estas últimas no laboratório. Depois de seis semanas, quando os participantes já estão familiarizados com a AFM, inicia-se a fase de discussão de projetos. Cada um propõe um projeto, que será desenvolvido durante quatro horas de curso. "Enquanto um aluno está realizando a caracterização da amostra que trouxe, os outros assistem; isso possibilita uma vivência muito rica, com discussões em cima de casos reais”, afirma.
Ao final do curso, os participantes estarão aptos a interpretar corretamente imagens obtidas nessas técnicas, em diversos modos de operação; avaliar a adequação das técnicas para caracterização de amostras e, propriamente, fazer uso das técnicas, levando em conta que o Laboratório de Filmes Finos presta serviços oferecendo esse tipo de caracterização para diversos usuários.