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IPEN passa a integrar a Rede de Avaliação de Tecnologias em Saúde

Consolidar o seu núcleo de ATS pode possibilitar ao IPEN aglutinar pesquisadores de várias áreas, o que, na atual conjuntura, pode render bons resultados em termos de construção de futuro

As pesquisadores Maria Elisa Rostelato, do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR), e Lorena Pozzo, do Centro de Radiofarmácia (CR), foram designadas as representantes (titular e suplente, respectivamente) do IPEN na Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde – REBRATS, do Ministério da Saúde (MS). A carta de "aceite formal” foi assinada no início deste mês pelo coordenador substituto do Comitê Executivo da REBRATS, Tazio Vanni.

Criada em 2011, a REBRATS está subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT), um dos quatro departamentos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do MS. É uma rede de centros colaboradores e instituições de ensino e pesquisa no País voltada à geração e à síntese de evidências científicas no campo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) no Brasil e no âmbito internacional.

A ATS é o processo contínuo de análise e síntese dos benefícios para a saúde e das consequências econômicas e sociais do emprego das tecnologias nessa área. Os objetivos da REBRATS são: produzir e disseminar estudos e pesquisas prioritárias no campo de ATS; padronizar metodologias; validar e atestar a qualidade dos estudos; promover capacitação profissional na área; e estabelecer mecanismos para monitoramento de tecnologias novas e emergentes.

De acordo com Lorena, o IPEN já vem contribuindo com pesquisas que poderiam ser consideradas como ATS, como, por exemplo, estudos de dosimetria clínica, avaliação de desempenho de PET e SPECT, colaboração em estudos que levam à padronização de metodologias de uso de radiofármacos e braquiterapia, dentre outras.

"O IPEN teve um papel fundamental, por exemplo, nos estudos que culminaram com a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de três procedimentos de PET-CT em 2014. CR-IPEN e Instituto do Coração (Incor) trabalharam juntos durante anos em mais de quatro pesquisas clínicas que resultaram em diversos antigos científicos sobre o uso do FDG em oncologia", salientou Lorena, acrescentando que o Instituto pode contribuir também na formação profissional na área, atuando com outros núcleos de ATS (NATS) no país e, em especial, no Estado de São Paulo.

"Além disso, como estamos falando de uma rede de colaboração, acreditamos que o IPEN pode atuar em conjunto com outros NATS no país e, em especial, com os do Estado de São Paulo. Na verdade, o NATS IPEN faz parte também da REPATS (Rede de ATS do Estado de SP). A REPATS promove reuniões e oficinas mensais, das quais eu tenho participado desde 2015. A partir deste ano, a doutora Elisa também começou a participar e estamos agora ampliando nossa atuação com alunos e colaboradores”, acrescentou Lorena.

Boa parte das instituições que compõem a Rede, no Estado de São Paulo, são hospitais, mas também há centros de ensino e pesquisa. O diferencial do IPEN, segundo Lorena, "é o fato de sermos um centro público de pesquisa e geração e oferta contínua de produtos para a saúde e que tem como principal foco o uso das radiações ionizantes. O IPEN é, na minha opinião, a instituição pública mais importante nessa área e que, portanto, deveria fazer parte naturalmente desta rede”.

Para a pesquisadora, a participação do IPEN também é uma forma de "retorno direto à sociedade do investimento por ela realizado nas pesquisas na área nuclear”. Lorena destaca que, embora não seja um hospital ou clínica ou, ainda, um gestor de saúde, o IPEN mantém há décadas colaborações com hospitais e clínicas que demandam seus produtos.

"Como, no caso da Radiofarmácia, falamos do protagonismo do IPEN no desenvolvimento da Medicina Nuclear no país (e o mesmo se aplica à braquiterapia), nada mais natural do que abrir um campo de atuação cujos frutos subsidiem os órgãos competentes na tomada de decisão a respeito de incorporação, desincorporação e otimização de uso de tecnologias de saúde que usam a radiação ionizante”, avalia.

É a primeira vez que o IPEN participa da REBRATS como integrante. Antes, sua contribuição havia sido por meio de projetos e oficinas do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS) – FAPESP/CNPq e editais específicos do CNPq. O pedido de adesão do IPEN foi acolhido pelo Comitê Executivo em menos de uma semana, o que, segundo Lorena, "indica a real necessidade de nosso país de estudos de ATS na área de nuclear”.

Otimista, a pesquisadora diz que, com a implementação do núcleo de ATS no IPEN, estes estudos ganharão visibilidade junto à sociedade e, em especial, ao Ministério da Saúde e operadores de saúde diversos. "Além disso, sendo um NATS, o IPEN tem assento garantido nos diversos Grupos de Trabalho da REBRATS que estão ligados, inclusive às decisões de fomento à pesquisa na área da saúde”, salienta Lorena.

Ela destaca ainda outro ganho institucional importante: "a existência e ampliação de estudos de ATS no IPEN pode aglutinar pesquisadores de várias áreas em torno do tema, o que, na atual conjuntura do Instituto, pode render bons resultados em termos de construção de futuro”.

Quanto ao processo de escolha das responsáveis no Instituto, Lorena explica que Maria Elisa Rostelato foi inicialmente escolhida devido à sua grande experiência na pesquisa e produção em braquiterapia no IPEN e pela sua produção acadêmica. Entretanto, frisa que as duas estarão sempre atuando juntas nessa área. "Concordamos em alternar a titularidade e a suplência periodicamente (ano a ano ou bianualmente)”. Para Elisa, "é um prazer participar da REBRATS e poder contribuir ainda mais para a saúde no país”.

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Ana Paula Freire, da Assessoria de Comunicação Institucional

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