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INB pretende voltar a produzir concentrado de urânio em 2016

Fonte: O Globo

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) pretende retomar no próximo ano a mineração e produção do concentrado de urânio (yelow cake), primeira etapa da produção do combustível para as centrais nucleares. O presidente da INB, Aquilino Senra, informou nesta quarta-feira que recebeu do Ibama a licença de instalação para a exploração da lavra do minério de urânio a céu aberto da mina do Engenho, em Caitité, na Bahia. A mina terá capacidade de produzir 340 toneladas anuais de urânio a partir de 2017. Os investimentos são estimados em R$ 150 milhões em cinco anos, com recursos próprios.

A nova mina fica dois quilômetros da antiga chamada de Cachoeira, onde a INB explorou urânio desde o ano 2000. Mas a capacidade de extração a céu aberto se esgotou. Cada mina é chamada de anomalia e em Caitité existem ao todo 38 anomalias. A mina antiga está em processo de licenciamento pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cenen), que é o órgão regulador do setor nuclear, para exploração da mina subterrãnea, mas por ser mias complexo devido a cuidados maiores com a segurança, o seu desenvolvimento será mais demorado.

Segundo o executivo, está em processo de preparação também a abertura de uma terceira mina na mesma reserva de urânio, que permitirá o atendimento pleno da demanda do país que até 2018 é de 380 toneladas anuais. Com a extinção da capacidade da mina desde o ano passado o Brasil voltou a importar parte do urânio que precisa.

O executivo não quis comentar a gestão anterior na INB, mas deixou claro que as importações teriam sido evitadas se a empresa tivesse solicitado antecipadamente as licenças ambientais de novos sítios para mineração.

— Houve um problema de gestão. Deveria ter sido aberta uma nova anomalia a céu aberto (mina). E não custava nada há dez anos atrás pedir o licenciamento que ficaria disponível quando fosse preciso se faria a exploração — destacou Senra.

O executivo informou ainda que o projeto mais importante de extração e produção do concentrado de urânio é o da mina de Santa Quitéria, no Ceará, onde o urânio é associado ao fosfato e, por isso, está sendo desenvolvido com parceiros privados, a Galvani, empresa da área de fertilizantes. A previsão é iniciar a produção a partir de fins de 2018. 

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