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HC defende eficácia da radiologia e condena denúncia do “Fantástico”

Hospital das Clínicas quer direito de resposta na próxima edição do programa da TV Globo, dia 10, sob risco de ação civil e criminal contra emissora

Fonte: Diário de Marília

MARCELO MORIYAMA 

"A paciente que alega ter sido prejudicada pelo Hospital das Clínicas de Marília na reportagem do Fantástico (TV Globo) do último domingo, dia 3, imputando uso de pastilhas vencidas de cobalto no tratamento de radioterapia mentiu ou foi levada ao erro, pois quando foi tratada no hospital não recebeu tratamento com cobalto, foi outro equipamento". Este é o primeiro de uma série de argumentos que a diretoria da Famema deu, ontem, para afirmar que foi vítima de uma calúnia e que o dano moral causado pela matéria atinge mais de 2 mil pacientes atendidos nestes últimos seis anos.

O programa do Fantástico colocou no ar no último domingo uma reportagem aparentemente de denúncia, alegando que pacientes com câncer teriam sido prejudicados ao serem tratados com equipamentos de radiologia que estariam ineficazes, por causa do vencimento da validade do agente radioativo. Com uma metáfora simples, com uso de pinos de boliche, induzem à interpretação de que os equipamentos seriam ineficazes e prejudiciais.

"Através de depoimentos de alguns pacientes citaram três instituições, entre elas a Famema, nos incluindo em um erro que nunca praticamos, aludindo que teríamos enganado os pacientes ou oferecido um tratamento nulo ou sem efeito. O que é uma mentira. Deturparam uma ocorrência e nos imputaram um crime que não cometemos”, declarou o superintendente da autarquia HC/Famema, Gustavo Viani Arruda.

A Famema informa ainda que todos os esclarecimentos foram dados à reportagem do Fantástico, mas que não foram incluídos na matéria. Segundo o chefe da radiologia, Eduardo José Stéfano, toda a ação da Famema durante o processo de adequação do equipamento de radiologia às novas normas de tempo de uso em 2009 ocorreram com a ciência tanto da Divisão Estadual de Saúde, como da Vigilância Sanitária, órgão fiscalizador do setor e o Ministério Público Federal. "Estranhamos o MPF citar que haveria irregularidade na Famema de Marília já que fomos nós que os comunicamos do que estávamos procedendo e como estávamos fazendo em benefício dos pacientes.”

Stéfano conta que assim que a nova norma reguladora criada em 2009 tornou o equipamento do HC abaixo das condições determinadas o hospital teve de tomar uma decisão, cancelar o atendimento de 70 pacientes que estavam em tratamento de câncer, colocando em risco a vida de muitos deles, ou terminar o tratamento destes, suspendendo o de novos, bastando apenas regular a compensação do equipamento. "O que é possível sem risco algum para o paciente, como fizemos.”

A Famema agora irá pedir direito de resposta ao Fantástico e caso não seja atendida irá ingressar com ação cível e criminal. "Não queremos prejudicar ninguém, seja a repórter que fez a matéria, o programa que a veiculou ou a emissora que deu esse espaço. Mas não entendemos como um assunto antigo, já resolvido e esclarecido, chega como se fosse algo novo e de uma forma totalmente equivocada. A paciente nem rádio de cobalto recebeu, o hospital nunca foi omisso ou usou de má fé, todas as autoridade foram informadas com antecedência todas as nossas práticas e se descumprimos uma norma baseados na ciência e eficácia da intervenção, tudo já foi esclarecido, tanto que não há nenhuma denúncia, investigação ou ação em andamento sobre isso contra nós.”

Entretanto, segundo os diretores, o prejuízo já é irreparável. "Se imaginarmos que mais de 2 mil pacientes passaram por tratamento de radioterapia nestes últimos anos e agora estão com dúvidas sobre a eficácia ou não por causa dessa reportagem, o prejuízo é imenso e sem retorno. O que queremos é atuar essa dano e defender nossa honra.”

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