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Governo amplia rombo fiscal, adia reajustes de servidores e limita salários

Equipe econômica eleva meta de déficit de 2017 e 2018 para R$ 159 bi e confirma aumento da contribuição previdenciária do servidor; é necessário aval do Congresso

Fonte: O Estado de S. Paulo

Temer terminará o seu mandato entregando um rombo acumulado de R$ 477,5 bilhões em três anos; meta fiscal para 2018 é praticamente o dobro do que o governo havia fixado no ano passado

Adriana Fernandes, Eduardo Rodrigues, Idiana Tomazelli e Lorena Rodrigues, O Estado de S.Paulo

O governo vai pedir autorização ao Congresso para elevar o rombo das contas públicas de 2017 e 2018 para R$ 159 bilhões: R$ 20 bilhões a mais neste ano e R$ 30 bilhões a mais no ano que vem. Com isso, o presidente Michel Temer terminará o seu mandato entregando um rombo acumulado de R$ 477,5 bilhões em três anos (o correspondente a 7,6% de todas as riquezas produzidas pelo Brasil em 2016).

A nova meta fiscal para 2018 é praticamente o dobro do que o governo havia fixado no ano passado, que previa um déficit de no máximo R$ 79 bilhões. Em abril, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ampliou o déficit previsto de 2018 para R$ 128 bilhões e chegou a dizer que tinha uma folga. O rombo de 2017 ficou R$ 20 bilhões maior do que a meta em vigor de R$ 139 bilhões, como antecipou o Estadão/Broadcast.

Pra garantir a meta de 2018, o governo anunciou um pacote de medidas que atinge diretamente a folha de pessoal, como a elevação da alíquota da contribuição à Previdência, o adiantamento por 12 meses do reajuste dos salários dos servidores e a reestruturação das carreiras de Estado. Do lado das receitas, a principal medida foi a mudança na forma de tributação de fundos de investimentos exclusivos com o objetivo de antecipar a arrecadação em R$ 6 bilhões.

As mudanças indicam que o governo está longe de atingir o objetivo anunciado no início do ano de colocar a economia nos trilhos. No mercado, a visão é de que, com a mudança, o Brasil corre o risco de ser rebaixado pelas agências internacionais de classificação de risco.

A discussão em torno das novas metas foi contaminada pela pressão política. A estratégia defendida por Meirelles era deixar a decisão para o final de setembro,mas a pressão por liberação de parte do corte de R$ 45 bilhões por parte da ala política acelerou as discussões dentro do governo. Acabou prevalecendo a visão do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e da ala política para antecipar o anúncio.

Agora, o governo terá de enfrentar nova batalha de negociação com os parlamentares para aprovar rapidamente o novo afrouxamento fiscal e abrir o caminho para a liberação de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões bloqueados do Orçamento deste ano.

O governo cortou gastos, mas a economia ainda não reagiu. A arrecadação, por conta disso, está abaixo do esperado. O ministro Meirelles, que não conseguiu entregar as metas mais apertadas como assegurou, apontou um efeito negativo de R$ 19 bilhões em 2017 e de R$ 23 bilhões da queda da inflação na arrecadação para explicar os problemas enfrentados.


 

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