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INB aguarda processo de licenciamento para ampliação da Usina de Enriquecimento de urânio

Com expansão, empresa terá capacidade instalada necessária para abastecer integralmente às recargas das três usinas de Angra

Fonte: Canal Energia

A INB – Indústrias Nucleares do Brasil – anunciou que a Diretoria Técnica de Enriquecimento Isotópico entregou à CNEN, em julho de 2017, o Relatório Preliminar de Análise de Segurança (RPAS), com vistas à obtenção da Licença de Construção para a 2ª Fase de implantação da Usina de Enriquecimento. A nova etapa contemplará a implantação de 12 módulos adicionais, sendo que cada um abrigará três cascatas de ultracentrífugas. Com a expansão, a INB terá capacidade instalada de enriquecimento de urânio para atender plenamente às recargas de Angra 1, 2 e 3, conforme previsto no Plano Plurianual 2016-2019 do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

"Faz parte dessa 2ª Fase, além dos módulos, a implantação de um novo sistema de alimentação e retirada de UF6, bem como de diversos outros sistemas necessários para a perfeita operação de enriquecimento”, conta Ezio Ribeiro, Superintendente de Enriquecimento Isotópico. "É um marco histórico. Poucas vezes entramos com um requerimento tão completo”, destacou.

O processo de licenciamento nuclear de uma instalação é dividido em 3 fases junto ao órgão regulador, o CNEN. A Licença de Local concedida a partir da análise do Relatório de Local; a Licença de Construção concedida a partir da análise do RPAS; e a Autorização para Operação concedida a partir da análise do Relatório Final de Análise de Segurança (RFAS).

No caso do enriquecimento, a INB já tem a Licença de Local tanto para a 1ª quanto para a 2ª etapa de implantação.Para a 1ª fase, existem ainda a Licença de Construção e a Autorização de Operação para 6 cascatas das 10 previstas.

Ezio destaca que, no documento, a FCN – Enriquecimento é denominada de Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU): "Antes o enfoque era predominantemente estratégico, agora estamos, também, considerando o lado comercial/econômico. A implantação da UCEU dará uma rentabilidade muito grande para a INB. O investimento inicial é alto, mas o custo operacional é baixo”, explicou. Com a UCEU, a unidade de Resende passará a ter 3 instalações no mesmo sítio:

"Todos os recursos investidos, desde o início deste empreendimento, são provenientes do Tesouro Nacional”, lembra o Diretor Técnico de Enriquecimento Isotópico, Álvaro Alves Pinto. "A implantação da usina de enriquecimento, na FCN, é um investimento do Governo Federal na criação de uma capacitação nesta empresa, a partir de uma decisão Presidencial. Cabe ao Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), desenvolvedor da tecnologia de enriquecimento isotópico de urânio por ultracentrifugação, fornecer à INB as ultracentrífugas, as cascatas e os sistemas supervisórios, além de apoiar-nos com uma imprescindível assistência técnica”,complementou.

O RPAS foi desenvolvido com os recursos humanos da INB. Foram cinco anos de elaboração do documento e 25 pessoas diretamente envolvidas no processo. A previsão é receber a licença de construção até 2020, antes da conclusão da 1aFase de implantação.

O próximo passo no licenciamento da 2aFase é a entrega do Termo de Referência ao IBAMA, que deverá ocorrer até novembro deste ano, com vistas à obtenção da Licença de Instalação, equivalente à Licença de Construção da CNEN, só que no âmbito ambiental.

Álvaro Alves Pinto acrescenta que, simultaneamente ao trabalho realizado visando ao licenciamento junto à CNEN e ao IBAMA, há um Grupo de Trabalho conjunto com o CTMSP que visa definir o modelo contratual a ser celebrado, bem como o objeto de fornecimento daquele Centro. Esta atividade foi iniciada em 2016 e conta com a participação da COJUR.P. "A experiência adquirida na 1Fase permite que seja buscado um modelo contratual aprimorado”, complementou Álvaro.

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