Clipping de Notícias
-
- 17/02/2016 - Instituto de Física da USP sediará 12º International MasterclassesEvento acontece dias 17 e 18 de março
Evento acontece dias 17 e 18 de março
Fonte: Agência Fapesp
O Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP) sediará, nos dias 17 e 18 de março, uma das edições brasileiras do 12º International Masterclasses. Promovida em colaboração com a Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), na Suíça, a iniciativa tem como objetivo aproximar alunos do ensino médio e dos cursos de licenciatura em Física do cotidiano dos cientistas que atuam nesse importante laboratório internacional.Durante o evento, com duração de dois dias, os alunos terão a oportunidade de aprender alguns conceitos fundamentais da Física Nuclear e de Partículas Elementares, disciplinas que estudam a constituição mais elementar da matéria.
Eles poderão também visitar as dependências do Laboratório Aberto de Física Nuclear do IFUSP e analisar dados reais do experimento Alice (A Large Ion Collider Experiment) do acelerador LHC – o Grande Colisor de Hárdrons –, utilizando um software fornecido pelo próprio CERN. Leia mais sobre o Alice em http://agencia.fapesp.br/21736/.
Os alunos participarão ainda de uma videoconferência global, na qual estudantes de diferentes países apresentarão os resultados da análise realizada.
O Programa Masterclasses Hands on Particles Physics é organizado pela Dresden University of Technology (TU-Dresden), na Alemanha, e pelo University of Notre Dame QuarkNet Center, no âmbito do Grupo Internacional de Física de Partículas Outreach (IPPOG). Tem o apoio técnico do CERN e do Fermilab e apoio financeiro do CERN, do European Physical Society Conference on High Energy Physics (EPS-HEP), da Divisão de Física da Sociedade Europeia de Física, da TU- Dresden, da National Science Foundation (NSF) e do Departamento de Energia do Estados Unidos.
O programa mobiliza, anualmente, mais de 10 mil estudantes do ensino médio em 47 países em visita a cerca de 200 universidades e centros de pesquisa.
Para mais informações acesse a página do Grupo de Íons Pesados Relativísticos (GRIPER) do IFUSP no endereço http://sampa.if.usp.br/.
-
- 17/02/2016 - Ipen e USP retomam projeto de uso de radiação para combater o AedesProjeto estava parado havia três anos por falta de financiamento. Com crise de zika e dengue, iniciativa deve receber R$ 500 mil.
Projeto estava parado havia três anos por falta de financiamento. Com crise de zika e dengue, iniciativa deve receber R$ 500 mil.
Fonte: Portal G1 de Notícias
Cientistas do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo, e do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP (Cena), em Piracicaba, vão retomar um projeto de pesquisa que busca usar a radiação para combater o mosquito Aedes aegyti, transmissor dos vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Como funciona a técnica do inseto estéril?
A estratégia consiste em expor mosquitos machos na fase de pupa a uma dose controlada de radiação gama de uma fonte de Cobalto-60 dentro do laboratório. A radiação que deve ser suficiente para torná-los estéreis, mas não afetar sua capacidade de locomoção, expectativa de vida e capacidade de copular.
Ao soltar os mosquitos esterilizados no meio ambiente, eles devem competir com os machos selvagens pela cópula com as fêmeas. As fêmeas que copulam com o mosquito irradiado vão botar ovos dos quais não vão eclodir as larvas do mosquito. Dessa forma, a população total de mosquitos deve diminuir progressivamente, reduzindo também a transmissão dos vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Interrupção por falta de financiamento
Os pesquisadores tinham obtido sucesso com a técnica de esterilizar o Aedes aegypti com radiação já em 2012, quando os primeiros resultados foram apresentados no Congresso Brasileiro de Entomologia em Curitiba. Foi a primeira vez que o procedimento foi testado nessa espécie de mosquito no Brasil.
Os experimentos foram feitos só em laboratório, ou seja, os mosquitos não foram soltos no meio ambiente. "Na época, pedimos R$ 600 mil para equipar o laboratório e contratar mão de obra especializada para prosseguir com os testes, mas ninguém se habilitou a financiar o projeto”, diz o cientista Valter Arthur, professor do Cena-USP e do Ipen e um dos líderes do projeto.
Recentemente, segundo Arthur, o Ministério da Saúde manifestou interesse na técnica. "Já tínhamos o projeto pronto, então o submetemos novamente.” Agora, a iniciativa deve receber R$ 500 mil, metade do valor em 2016 e metade em 2017, para ampliar as instalações do laboratório e contratar bolsistas.
Agora, o grupo deve se preparar para ampliar a capacidade de produção do mosquito em laboratório e posteriormente esterilizá-los, além de definir os locais de soltura. O processo de irradiação será feita em equipamento de raios-X ou em irradiador de Cobalto-60. Os mosquitos serão criados em instalações do Cena-USP, em Piracicaba, e no Laboratório Analytical & Scientific Research, em Charqueada, também no interior de São Paulo. O ideal é que a quantidade de insetos soltos no ambiente seja na proporção de 10 para cada mosquito selvagem.
"Há anos se vem batalhando sobre essa necessidade. De repente, tudo mudou porque o problema doAedestomou esse vulto enorme e agora há uma corrida desenfreada”, diz a pesquisadora Anna Lucia Casanas Haasis Villavicencio, professora do Ipen que também faz parte do projeto.
No início de fevereiro,especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU, anunciaram uma reunião com autoridades brasileiras para discutir como melhor implementar a técnica no país.
Segurança
Arthur afirma que a soltura dos insetos irradiados é segura, já que os insetos não ficam com resíduo algum de radiação. "A população confunde insetos irradiados com insetos radioativos. São duas coisas diferentes.”
Anna Lucia conta que a técnica de irradiação em insetos já é bem consolidada no caso da mosca-das-frutas, por exemplo. "No vale do Rio São Francisco, já existe um trabalho com moscas irradiadas que eliminou a necessidade de agrotóxicos em plantações de frutas.”
O mosquito irradiado é classificado como controle biológico e sua soltura depende de uma aprovação do Ministério da Agricultura.
Outros mosquitos modificados
Já existemoutras técnicas em teste no Brasil que têm o objetivo de modificar o Aedes aegypti para diminuir a população total dos mosquitosou para torná-los incapazes de transmitir doenças. É o caso dos mosquitos geneticamente modificados produzidos pela empresa Oxitec e dos mosquitos com bactéria Wolbachia pesquisados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
-
- 17/02/2016 - INB inova na produção de combustível nuclearTecnologia vai permitir melhoria na qualidade do combustível que abastece as usinas nucleares brasileiras, Angra 1 e 2
Tecnologia vai permitir melhoria na qualidade do combustível que abastece as usinas nucleares brasileiras, Angra 1 e 2
Fonte: Site Setor Energético
A INB (Indústrias Nucleares do Brasil) introduziu recentemente várias novidades no processo de produção da sua Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), localizada em Resende (RJ) paramelhorar a qualidade do combustível que abastece as usinas nucleares brasileiras, Angra 1 e 2.
Segundo a INB, as duas etapas importantes implementadas aceleraram e aperfeiçoaram a montagem do Elemento Combustível (EC): a soldagem e o enchimento das varetas. Segundo os técnicos da FCN, as inovações introduzidas na fabricação das últimas recargas de Angra 1 e 2 surtiram os efeitos esperados.
A modernização pela qual passou a FCN, tanto no setor de soldagem quanto no de montagem dos ECs, deve-se respectivamente a aquisição de uma nova máquina de soldagem por resistência e compressão, a RPW (Resistance Press Welding), e às inovações introduzidas na máquina que preenche as varetas que compõem os ECs e os avaliam depois de pronto, a ST12. Este trabalho é feito por técnicos da empresa alemã Siemens.
"A indústria brasileira precisa de mais inovação. Este é o consenso que predomina entre os profissionais envolvidos com a área tecnológica no Brasil. É incontestável a necessidade de incorporar inovações aos produtos e serviços, além de aperfeiçoar práticas já existentes e obedecer às normas de segurança atual. É assim que a INB vem trabalhando para garantir a agilidade e a confiabilidade do seu produto final: o combustível nuclear para geração de energia elétrica”, disse o diretor de Produção do Combustível Nuclear, Giovani Moreira.
Tornos automáticos
As inovações não param por ai. Na área de usinagem foi substituída uma fresadora – máquina que faz cortes e acabamento, com mais de 20 anos de uso, por um centro de usinagem moderno com capacidade de produção superior. Está em curso a modernização de mais três tornos do Controle Numérico Computadorizado (CNC), sistema que controla máquinas, com término previsto para julho de 2016. Um torno irá preparar os extremos das varetas, enquanto os outros dois irão fazer o reparo das varetas de Angra 1 e 2, respectivamente. Todas estas aquisições têm como objetivo não comprometer a produção de componentes e se adequar às atuais normas de segurança.
O benefício desta mudança será a praticidade e agilidade nos processos, que antes eram feitos a mão. Os resultados já estão aparecendo. Como nunca ocorrido antes, apenas uma vareta foi sucateada em todo o processo graças ao minitorno, agora automático, que prepara a extremidade da vareta. "Se o torno faz direito, a solda sai perfeita. Ambos estão interligados, a vareta depende dos dois. Não adianta ter um torno perfeito e uma máquina de solda ruim”, acrescentou o especialista industrial da INB Valter Zahner.
-
- 16/02/2016 - Fermilab quer participação do Brasil em megaexperimento sobre neutrinosPrincipal laboratório de física de partículas dos Estados Unidos pretende medir propriedades e detectar interações com a matéria dessas partículas elementares fugazes, que estão entre as mais abundantes do Universo
Principal laboratório de física de partículas dos Estados Unidos pretende medir propriedades e detectar interações com a matéria dessas partículas elementares fugazes, que estão entre as mais abundantes do Universo
Fonte: Agência Fapesp
Elton Alisson
A cientista argentina Marcela Carena tem dividido o seu tempo entre dedicar-se à sua pesquisa no Fermilab, o principal laboratório de Física de partículas dos Estados Unidos, situado em Batávia, nos arredores de Chicago, onde chefia o departamento de Física Teórica, e desempenhar o papel de uma espécie de embaixadora deste centro de investigação administrado pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos.
No final de novembro de 2015 ela aceitou o convite do diretor do Fermilab, Nigel Lockyer, para ser a primeira ocupante do cargo de diretora de relações internacionais. Uma das missões de Carena será facilitar acordos entre o laboratório e instituições de fomento à pesquisa ao redor do mundo e atrair parceiros para o Deep Underground Neutrino Experiment (Dune).
Um megaprojeto científico bilionário, voltado a tentar descobrir novas propriedades dos neutrinos – uma partícula elementar fugaz, quase desprovida de massa e que viaja a uma velocidade muito próxima à da luz –, o projeto Dune prevê a construção de uma fonte subterrânea de luz emissora de um feixe de neutrinos no Fermilab.
Os neutrinos criados pela fonte subterrânea de luz viajarão a 1,3 mil quilômetros em linha reta, através do manto da Terra, e serão interceptados por dois detectores: um a 600 metros de profundidade, localizado no próprio Fermilab, e um segundo, maior, situado a 1,47 quilômetro de profundidade, no Sanford Lab – um laboratório subterrâneo localizado em Dakota do Sul.
Durante essa longa jornada dos neutrinos, os físicos envolvidos no projeto pretendem medir propriedades dessas partículas que estão entre as mais abundantes no Universo – atrás apenas dos fótons – e que são capazes de atravessar materiais densos, como solo e rochas, sem interagir com um único átomo, não deixando nenhum rastro de sua passagem. Por isso, são chamadas de partículas "fantasmagóricas”.
Por meio do projeto Dune, pretende-se observar algumas das raríssimas interações dos neutrinos com a matéria e registrar sinais de partículas detectáveis que podem surgir a partir das raras colisões de neutrinos com átomos.
Dessa forma, espera-se fazer descobertas que poderiam transformar a compreensão sobre a origem e a evolução do Universo e responder perguntas como por que o Universo tem mais matéria do que antimatéria.
"O projeto Dune representa um novo modelo de experimento para o Fermilab”, disse Carena àAgência FAPESP, durante sua passagem por São Paulo no início de fevereiro para apresentar um seminário sobre Física de Altas Energias no Instituto Sul-Americano para Pesquisa Fundamental (ICTP-SAIFR), sediado no Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (IF-Unesp).
A pesquisadora também participou de uma reunião, no dia 4 de fevereiro, com dirigentes da FAPESP.
"Até então o Fermilab realizou experimentos nos quais os parceiros internacionais foram convidados no final do projeto, quando o acelerador de partículas e detector, por exemplo, já haviam sido construídos. No Dune, a comunidade internacional está se unindo para desenhar o experimento desde o início. É um projeto internacional como o LHC [o Grande Colisor de Hádrons da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), na Suíça]”, comparou a pesquisadora, que também é professora no Departamento de Física da University of Chicago.
Investimento bilionário
Primeiro projeto de megaciência em Física que os Estados Unidos se propuseram a realizar em solo próprio, o Dune deverá receber investimentos de US$ 1,5 bilhão somente do país norte-americano.
Para fechar o orçamento total, não revelado pelo Fermilab, será preciso contar com parceiros internacionais como o Brasil, que possui um longo histórico de relações científicas com o Fermilab, ressaltou Carena.
O país tem a sexta maior participação na comunidade de usuários do Fermilab – atrás apenas dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Índia e Alemanha, e à frente da Rússia, Suíça, Japão e Canadá –, reunindo 73 pesquisadores de 14 instituições.
Alguns dos pesquisadores são de instituições do Estado de São Paulo, como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do ABC (UFABC), e estão trabalhando em experimentos voltados a desenvolver feixes de neutrinos e de partículas eletricamente carregadas, que são uma plataforma de desenvolvimento de ideias para o Dune.
"O Brasil é o país da América Latina que tem uma conexão mais forte com o Fermilab”, afirmou Carena. "Esperamos manter e fortalecer esse vínculo de colaboração com o país em Física de neutrinos por meio de experimentos como o Dune”, ressaltou.
Em sua avaliação, uma das possíveis formas de colaboração do país no Dune poderia ser na construção de partes dos detectores, como o principal, que será instalado no Sanford Lab e será composto por quatro módulos criogênicos com argônio líquido e massa total de 70 mil toneladas.
"A ideia é verificar com a comunidade de Física de neutrinos no Brasil que tipos de desenvolvimentos tecnológicos podem ser feitos no país, em colaboração com indústrias brasileiras, para os detectores que serão usados no Dune”, afirmou.
No momento, mais de 800 pesquisadores, de 145 instituições de pesquisa de 26 países, assinaram a proposta de adesão ao Dune.
A meta do Fermilab é que CERN participe do projeto e ajude a construir o primeiro dos quatro módulos criogênicos do detector de neutrinos.
O laboratório americano participa da colaboração Compact Muon Solenoid (CMS), do LHC – também é integrada por físicos brasileiros – que em julho de 2012 anunciou concomitantemente com a colaboração Atlas ter detectado o bóson de Higgs(leia mais).
"A colaboração CMS, que envolve pesquisadores de 182 instituições de 42 países, é um exemplo muito interessante de modelo de governança baseado em colaborações informais, sem uma base jurídica e uma estrutura muito rígida, e que funciona muito bem”, avaliou Carena. "Talvez isso possa ser adotado no Dune”, estimou.
-
- 16/02/2016 - Pesquisador do INT desenvolverá estudos sobre produção de hidrogênio a partir de biomassaFonte: Agência Gestão CT&I
O tecnologista Fábio Bellot Noronha, do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) viajou nesta quinta-feira (14) para Poitiers, na França, onde desenvolverá estudos sobre a produção de hidrogênio e combustíveis a partir de biomassa. As pesquisas serão realizadas no Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS).
O cientista, que atua na área de Catálise e Processos Químicos do INT, trabalhará como pesquisador convidado no Institut de Chimie des Milieux et Materiaux, da Universidade de Poitiers. A instituição abre anualmente chamadas para candidaturas de pesquisadores e professores estrangeiros, avaliando a qualidade do currículo do candidato e o grupo no qual pretende desenvolver suas atividades.
O intercâmbio permitirá iniciar a realização de uma cooperação entre dois grupos tradicionais de catalise do Brasil e da França. O grupo de catalise do Institut de Chimie des Milieux et Matériaux atua na linha de produção de hidrogênio a partir de gás natural e etanol, tema no qual Fábio Bellot desenvolve vários projetos no Laboratório de Catálise do INT.
Os parceiros de pesquisa serão Florence Epron e Nicolas, que também submeteram um projeto de cooperação internacional atendendo à chamada Capes-Cofecub, realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em conjunto com o Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária com o Brasil (Cofecub). Caso aprovado, o programa viabilizará, a partir de maio deste ano, o desenvolvimento de trabalho conjunto por quatro anos, com custeio de missões de trabalho e estudo nos dois sentidos.
-
- 15/02/2016 - Britânicos estudam cimento para guardar resíduos nucleares em segurançaAs autoridades britânicas querem transitar gradualmente para a energia produzida por fissão nuclear, mas antes de avançarem querem uma solução para guardar os resídos em segurança durante longos períodos de tempo.
As autoridades britânicas querem transitar gradualmente para a energia produzida por fissão nuclear, mas antes de avançarem querem uma solução para guardar os resídos em segurança durante longos períodos de tempo.
Fonte: Revista Exame
Investigadores do Diamond Light Source têm como objetivo criar um cimento capaz de absorver o impacto de radiações nucleares durante 100 mil anos. A equipa está a estudar um cimento que é 50% melhor em reduzir o impacto das radiações e que poderá ser usado para criar um contentor para armazenar os 300 mil metros cúbicos de resíduos nucleares que se estima que o Reino Unido irá produzir até 2030, noticia o IB Times.
Só depois de saber se este material será seguro é que as autoridades vão começar a investigar qual o local mais indicado para construir a instalação para o armazenamento do lixo nuclear, mas já se sabe que o objetivo passa por enterrar o contentor no solo.
Neste momento, os investigadores do Diamond Light Source estão a trabalhar numa experiência de longo prazo com um cimento que contém os minerais que se sabe absorverem os elementos radioativos. Esta experiência vai decorrer durante dois anos e inclui uma instalação experimental para se armazenar o lixo e testar o efeito da água sobre o cimento.
-
- 13/02/2016 - Fiocruz e UFPE esterilizam Aedes com energia nuclear em NoronhaMosquitos modificados estão sendo soltos na ilha desde dezembro. Dados ainda estão sendo avaliados para saber se há redução
Mosquitos modificados estão sendo soltos na ilha desde dezembro. Dados ainda estão sendo avaliados para saber se há redução
Fonte: Portal G1 de Notícias
A Fiocruz Pernambuco e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) estão trabalhando em conjunto em um teste que busca diminuir a população do mosquito Aedes aegypti, através da esterilização dos machos com radiação gama. O projeto piloto está liberando mosquitos em quatro pontos da Vila da Praia da Conceição, no arquipélago de Fernando de Noronha.De dezembro até a primeira quinzena de fevereiro foram feitas nove liberações, cada uma com três mil machos estéreis. Esses mosquitos foram produzidos no insetário da Fiocruz e passaram pelo ainda Irradiador Gammacel, do Departamento de Energia Nuclear da UFPE (DEN/UFPE), cuja fonte radioativa é o Cobalto 60, antes da fase alada.
Os machos esterilizados com energia nuclear são soltos no meio ambiente, onde disputam com outros o acasalamento. A fêmea do mosquito costuma ficar disponível para acasalar somente uma vez em sua vida. Ao cruzar com os estéreis, elas acabam não se reproduzindo e, assim, há a diminuição da densidade populacional do Aedes.
A escolha por Noronha foi estratégica, segundo a Fiocruz. Além do isolamento da ilha, há um sistema de monitoramento do vetor que já está consolidado no local - o SMCP-Aedes, desenvolvido pela Fiocruz PE e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O sistema conta com 103 ovitrampas instaladas e mapeou, nos últimos três anos, os locais e os períodos do ano de maior infestação.
Em laboratório, foi observada uma redução de 70% da viabilidade dos ovos com a inserção dos novos mosquitos. Os resultados em campo ainda estão sendo avaliados pelos pesquisadores. A coordenadora do projeto, a pesquisadora da Fiocruz PE Alice Varjal, lembra que uma das dificuldades em controlar o Aedes aegypti é a existência de uma população inativa – os ovos dormentes, com potencial para produzir larvas. Eles aguardam apenas que os criadouros onde foram depositados, que estão temporariamente secos, voltem a receber a água para nascer.
Conscientização
Mais de 7 mil militares do Exército, Aeronáutica e Marinha percorrem, neste sábado (13), 44 municípios pernambucanos no Dia Nacional de Combate ao Aedes. A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, participou da ação no Recife e conversou com moradores, que relataram casos frequentes de dengue e chikungunya nas famílias durante as abordagens. No Grande Recife serão 31 bairros visitados.
-
- 12/02/2016 - Helena Nader, presidente da SBPC, fala na CNEN sobre conquistas e dificuldades em pesquisa, tecnologia e inovaçãoO evento, que inaugura o ciclo de palestras “Grandes Nomes, Grandes Temas” no ano comemorativo ao 60º aniversário da CNEN, será realizado no dia 19 de fevereiro, no Rio de Janeiro
O evento, que inaugura o ciclo de palestras “Grandes Nomes, Grandes Temas” no ano comemorativo ao 60º aniversário da CNEN, será realizado no dia 19 de fevereiro, no Rio de Janeiro
Fonte: Jornal da Ciência
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) abre na próxima sexta-feira (19), às 10h30, o ciclo de palestras "Grandes Nomes, Grandes Temas”, e traz como primeira convidada a pesquisadora e professora Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que vai falar sobre Pesquisa, Tecnologia e Inovação: conquistas e dificuldades.
O projeto, que faz parte da programação comemorativa dos 60 anos da instituição, pretende promover mensalmente encontros do público com grandes especialistas brasileiros em diferentes temas e áreas do conhecimento, em palestras que ocorrerão na sede da CNEN, em Botafogo (RJ), ou em qualquer de suas unidades de pesquisa.
Ciência e Inovação
Em janeiro deste ano, a aprovação do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação pautou uma série de ações de incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo uma legislação mais ágil e flexível para o setor e a regulação das relações das entidades públicas com as privadas. Ainda que os vetos apresentados a alguns de seus artigos anunciem novos debates, a legislação, que promete impulsionar o crescimento do País, foi recebida com entusiasmo pela comunidade científica.
Na opinião de Helena Nader, para quem o principal mérito da nova legislação é tornar transparentes as regras que regulam a parceria das universidades e instituições de pesquisa públicas com o empresariado, o novo código abre um cenário de grandes promessas e desafios.
Sobre a palestrante
Pesquisadora 1A do CNPq e professora titular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Helena Bonciani Nader graduou-se em ciências biológicas (1970) doutorou-se em biologia molecular também pela Unifesp (1974) e fez seu pós-doutorado (1977) na Universidade do Sul da Califórnia (USC), EUA. Com 120 trabalhos completos e 11 livros publicados, é também responsável pela titulação de 45 mestres, 43 doutores e 15 pós-doutores. Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência desde 2011, Helena Nader é membro da Academia de Ciências de São Paulo e da Academia Brasileira de Ciências, além de detentora de diversos outros títulos de reconhecimento e premiações nacionais e internacionais.
Serviço
Grandes Nomes, Grandes Temas
"Pesquisa, Tecnologia e Inovação – Helena Nader”
19 de fevereiro, às 10h30
Auditório da Sede da CNEN – Rua General Severiano, 90 / Térreo, Botafogo, Rio de Janeiro (RJ)
*Participação gratuita, sem necessidade de inscrição. Certificados de participação podem ser solicitados previamente pelo e-mail comunicacao@cnen.gov.br e só serão fornecidos no dia do evento. Mais informações: (021) 2173-7138
-
- 11/02/2016 - ONU oferece tecnologia para diagnóstico antecipado de ZikaFonte: Revista Época
Da EFEViena - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou nesta quinta-feira que entregará a países da América Latina e do Caribe tecnologia nuclear especializada para a detecção antecipada de contágios do Zika vírus.
"A AIEA tenta responder de forma rápida às crises desta natureza", afirmou em comunicado o diretor-geral da agência nuclear da ONU, Yukiya Amano.
"Ajudar os países com tecnologia nuclear para reforçar suas capacidades de atendimento sanitário é parte fundamental de nosso trabalho de desenvolvimento no mundo todo. Estamos bem preparados para oferecer esta assistência", acrescentou o diplomata japonês.
"Neste caso, ajudaremos os países da América Latina e do Caribe a estabelecer ou fortalecer seus sistemas de alarme antecipado para o Zika vírus", declarou.
A AIEA ressaltou que esta assistência acontece em resposta aos pedidos de vários países durante uma recente visita à América Central.
A ajuda consistirá na entrega de equipamentos especializados e os conhecimentos técnicos para empregá-los, e terá um custo total de 400 mil euros.
A técnica empregada para a detecção é conhecida como RT-PCR dentro do campo do diagnóstico molecular e, segundo a AIEA, já foi usada com sucesso no surto de ebola na África Ocidental em 2014.
A assistência inclui equipamentos de RT-PCR, bens de consumo e assessoria técnica, assim como a formação sobre como utilizar esta tecnologia para detectar o vírus e diferenciá-lo de outros, como dengue e chicungunha.
A AIEA destacou que a partir de março oferecerá cursos em seu laboratório de Seibersdorf, nos arredores de Viena, a especialistas dos 28 países da América Latina e do Caribe que desejem formar-se no uso do RT-PCR. EFE
-
- 11/02/2016 - Brasileiros integram consórcio que observou ondas gravitacionais e buracos negrosPesquisadores do Inpe e da Unesp participam de descobertas que abrem novas perspectivas para o estudo do Universo
Pesquisadores do Inpe e da Unesp participam de descobertas que abrem novas perspectivas para o estudo do Universo
Fonte: Agência Fapesp
Após uma série de rumores nos últimos meses, um consórcio internacional de cientistas, integrado por pesquisadores do Brasil, confirmou ontem (11/02) ter feito a primeira detecção direta de ondas gravitacionais – oscilações do espaço-tempo previstas por Albert Einstein (1879 –1955) há um século – geradas pela colisão e fusão de dois buracos negros.
O anúncio foi feito por cientistas do projeto Ligo (sigla em inglês de Laser Interferometer Gravitacional-wave Observatory) em uma coletiva de imprensa promovida pela National Science Foundation (NSF) em Washington, nos Estados Unidos, e publicado em um artigo na revistaPhysical Review Letters.
A colaboração científica reúne mais de mil cientistas de mais de 90 universidades e instituições de pesquisa de 15 países, além dos Estados Unidos.
Entre os participantes do projeto estãoOdylio Denys de Aguiar,Marcio Constâncio Júnior,César Augusto Costa,Allan Douglas dos Santos Silva, Elvis Camilo Ferreira e Marcos André Okada,todos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), eRiccardo Sturani, pesquisador do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (IFT-Unesp).
Os pesquisadores do Brasil participam da colaboração científica Ligo por meio de projetos apoiados pela FAPESP.
"Senhoras e senhores, nós detectamos ondas gravitacionais. Nós conseguimos”, anunciou David Reitze, diretor executivo do projeto Ligo, durante o evento.
Usando detectores gêmeos do projeto Ligo, situados um em Livingston, em Louisiana, e o outro em Hanford, em Washington, nos Estados Unidos – a três mil quilômetros de distância um do outro –, os pesquisadores afirmaram ter observado, pela primeira vez, ondas gravitacionais a partir de um evento cataclísmico, denominado GW 150914, em uma galáxia distante mais de 1 bilhão de anos-luz da Terra.
As ondas gravitacionais foram detectadas em 14 de setembro de 2015, às 6h51 no horário de Brasília, pelos detectores do Ligo.
Os pesquisadores afirmaram que as ondas gravitacionais foram produzidas durante os momentos finais da fusão de dois buracos negros que giraram um em torno do outro, como dois piões, irradiando energia como ondas gravitacionais.
Essas ondas gravitacionais têm um som característico, chamado de sinal sonoro, que pode ser usado para medir as massas de dois objetos.
Após girarem em torno um do outro, os dois buracos negros se fundiram em um único e mais massivo buraco negro em rotação.
Eles estimam que a energia de pico liberada sob a forma de ondas gravitacionais durante os momentos finais da fusão dos buracos negros foi dez vezes maior do que a luminosidade combinada (a taxa na qual a energia é liberada como luz) de todas as galáxias no Universo observável.
"Foi a primeira vez que isso foi observado”, afirmou Reitze. "Os buracos negros têm apenas 150 quilômetros de diâmetro, mas 30 vezes a massa do Sol. Quando se fundem há uma grande explosão de ondas gravitacionais”, explicou.
Sistema de detecção
Causadas por alguns dos fenômenos mais violentos do Cosmos, como colisões e fusões de estrelas massivas compactas, a existência das ondas gravitacionais foi prevista por Einstein, em 1915, em sua Teoria da Relatividade Geral.
O cientista postulou que objetos massivos acelerados distorciam o espaço-tempo, produzindo mudanças no campo gravitacional – as ondas gravitacionais – que se deslocam para fora da massa e viajam à velocidade da luz através do Universo, levando informações sobre suas origens, além de pistas valiosas sobre a natureza da própria gravidade.
Essas ondas gravitacionais, contudo, têm amplitude um milhão de vezes menor do que o diâmetro de um próton e chegam à Terra com uma amplitude muito pequena.
A fim de tentar detectar e localizar fontes de ondas gravitacionais, os pesquisadores usaram uma técnica conhecida como interferometria a laser, que utiliza detectores distantes entre si para medir as diferenças das observações.
Dessa forma, por meio dos detectores do Ligo – que foram desenvolvidos e são operados pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e o California Institute of Technology (Caltech), ambos dos Estados Unidos –, eles conseguiram observar as ondas gravitacionais produzidas pela colisão e fusão de dois buracos negros há cerca de 1,3 bilhão de anos-luz da Terra que foram convertidas em trechos de som.
"Essa primeira observação das ondas gravitacionais abre uma nova janela de observação do Universo e marca o início de uma nova era na pesquisa em Astronomia e Astrofísica”, avaliou César Augusto Costa, pesquisador do Inpe.
O grupo de pesquisadores do Inpe, liderado por Aguiar, trabalha no aperfeiçoamento da instrumentação de isolamento vibracional do Ligo, que irá operar com espelhos resfriados, e na caracterização dos detectores, buscando determinar fontes de ruído.
Já o grupo do IFT-Unesp, dirigido por Sturani, trabalha na modelagem e análise dos dados de sinais de sistemas estelares binários coascentes.
A modelagem é particularmente importante porque as ondas gravitacionais têm interação muito fraca com toda a matéria, tornando necessários, além de detectores de alto desempenho, técnicas de análises eficazes e uma modelagem teórica precisa dos sinais, explicou Sturani.
"Essa primeira observação de ondas gravitacionais pelo Ligo é resultado de uma tomada de dados que ocorreu entre agosto e setembro do ano passado. A última tomada de dados terminou agora em janeiro e a análise completa deverá ser publicada em abril”, disse.
Além do artigo na revistaPhysical Review Letters, os pesquisadores devem publicar nos próximos meses mais doze outros resultados da colaboração.
O artigoObservation of Gravitational Waves from a Binary Black Hole Merger(doi: http://dx.doi.org/10.1103/PhysRevLett.116.061102), da LIGO Scientific Collaboration e Virgo Collaboration, pode ser lido emhttp://link.aps.org/doi/10.1103/PhysRevLett.116.061102.
-
- 10/02/2016 - Comissão obriga uso de sistema de rastreamento em veículos de transporte de material radiativoFonte: SEGS
Proposta segue para análise da Comissão de Viação e Transportes Carvalho alterou o projeto original obrigando o rastreamento apenas para veículos de transporte de material radioativo.
A Comissão de Minas e Energia aprovou proposta que torna obrigatória a utilização permanente de sistema de rastreamento nos veículos empregados para o transporte de material radioativo.
Pelo texto, a obrigação passará a constar das normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear, previstas na Lei 6.189/74. A proposta inclui dispositivo na lei.
O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Augusto Carvalho (SD-DF), ao Projeto de Lei 2766/15, do Senado Federal. O projeto original é mais genérico, tornando obrigatório o sistema de rastreamento por satélite nos veículos e nas embarcações utilizados para o transporte de quaisquer cargas perigosas.
Segundo o relator, ao atingir indiscriminadamente o transporte de toda e qualquer produto perigoso, a medida incluiria, por exemplo, a distribuição urbana de gás de cozinha e a de combustíveis. "Tal alteração teria impacto significativo no custo de distribuição desses produtos”, disse.
Augusto Carvalho também retirou do texto a referência específica ao sistema de rastreamento por satélite. "Basta a menção à obrigatoriedade de utilização de sistemas de rastreamento nos veículos empregados no transporte dessas cargas, já que a tecnologia hoje empregada poderá, com o passar do tempo, evoluir para outra mais fácil e barata do que a atual”, salientou.
-
- 04/02/2016 - Uerj avança em sua contribuição no acelerador de partículas LHCFonte: Planeta Universitário
Ao longo dos últimos anos, vem crescendo a participação de cientistas brasileiros em projetos de pesquisa internacionais no terreno da chamada fronteira do conhecimento. Ou, em outras palavras, em áreas tidas como vitais para se saber o que deverá guiar as ações humanas nas próximas décadas. Por meio de alguns de seus programas, como o estágio de Doutorandos no Exterior, (doutoradosanduíche), e acordos bilaterais com instituições de renome no exterior,a FAPERJ tem contribuído, de forma crescente, para fomentar essa cooperação com centros internacionais de excelência em pesquisa. Um desses exemplos é a participação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em parceria com o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no megaprojeto Centro Europeu de Energia Nuclear (Cern), responsável pela criação do acelerador de partículas subatômicas mais potente do mundo, o LHC (Large Hadron Collider, ou Grande Colisor de Hádrons).
Criado há mais de dez anos e instalado num túnel de 27 km de circunferência a 100 metros da superfície, na fronteira franco-suíça, em Genebra, o LHC conta com experimentos e a colaboração científica de projetos da Uerj, como o Compact Muon Solenoid (CMS). "Com o apoio da FAPERJ, por meio do Edital Apoio a Colaborações Internacionais em Física de Altas Energias, a Uerj participa do desenvolvimento do detector CMS, que fica inserido no acelerador LHC. Essa melhoria do detector vai produzir eventos físicos mais ‘limpos’, ou seja, com melhor definição, o que possibilitará novas descobertas. Outra contribuição nossa é o CT-PPS – CMS-TOTEM Precision Proton Spectrometer –, que está sendo construído em conjunto com italianos e portugueses, que também fará avançar bastante o espectro da Física estudado no CMS”, explicou o físico Alberto Santoro, coordenador do grupo brasileiro da Uerj no CMS.
"O CMS tem 21m de comprimento, 15m de altura e pesa 12 mil toneladas", contou Santoro, acrescentando que as informações entre os cientistas são trocadas por meio de uma arquitetura informacional desenvolvida especialmente para o projeto, chamada Grid, financiada pela FAPERJ e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O LHC pode contribuir para que os pesquisadores descubram como foi formada a matéria após o Big Bang, a grande explosão que deu origem ao universo – e que ainda é um mistério para a ciência –, e outras questões da física subatômica. Os detectores acoplados no acelerador de partículas serão os olhos eletrônicos dos cientistas no LHC após o início do experimento, quando, por medidas de segurança, ninguém poderá circular pelo túnel. Através deles, se poderá observar o resultado das colisões das partículas provenientes dos feixes de partículas que viajarão no LHC, a velocidades próximas à da luz. A ideia principal do experimento é entender melhor a estrutura da matéria. Outra meta é entender o que é a matéria escura.
Para saber mais sobre os projetos do Cern, veja a página http://cms.web.cern.ch .
-
- 04/02/2016 - IPEN-CNEN/SP e Cena-USP desenvolvem projeto conjunto para esterilização do Aedes aegypti com radiação nuclearAtendendo à demanda do MCTI e da ONU, que propõe o combate ao vetor da zika, dengue e chikungunya, mosquitos machos serão expostos à radiação gama para se tornarem inférteis
Atendendo à demanda do MCTI e da ONU, que propõe o combate ao vetor da zika, dengue e chikungunya, mosquitos machos serão expostos à radiação gama para se tornarem inférteis
Fonte: Jornal da CiênciaUm novo método para tornar mosquitos machos inférteis por radiação nuclear pode ajudar a reduzir as populações do Aedes aegypti, transmissor de zika, dengue e chikungunya. Através da aplicação da Técnica do Inseto Estéril (TIE), um grupo de cientistas brasileiros vai avaliar os efeitos da radiação ionizante nas fases do ciclo evolutivo (ovo, larva, pupa e adultos) do Aedes aegypti como um método alternativo de controle de manejo integrado dessa praga, declarada emergência de saúde pública internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A pesquisa "Efeitos da radiação ionizante nas fases do ciclo evolutivo do Aedes aegypti visando o seu controle através da TIE” será realizada no Laboratório de Radiobiologia e Ambiente, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP), em Piracicaba/SP, e nos laboratórios do Centro de Tecnologia das Radiações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/CNEN-SP). O trabalho atende a uma demanda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) visando diminuir a incidência das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
A técnica consiste em expor os machos do Aedes aegypti a raios-X ou gama e com isso tornar o esperma estéril. Esses mosquitos machos criados em laboratório poderiam, então, ser liberados para cruzar com as fêmeas da espécie cujos ovos nunca se desenvolveriam. Dessa maneira, reduz-se o número de insetos numa determinada área sem matar animais ou usar produtos químicos.
Após a irradiação, serão avaliadas as viabilidades dos ovos, larvas, pupas e adultos provenientes dos adultos emergidos em cada fase do ciclo evolutivo do inseto irradiado, para se determinar as doses letais e esterilizantes.
Os procedimentos de irradiação serão realizados em equipamento de raios-X modelo RS-2400V e em irradiadores gama de Cobalto-60 (Panorâmico, Gammacell e Multipropósito), também sob diferentes condições quanto à taxa e dose de radiação absorvida. Já a cultura do mosquito será mantida nas instalações do laboratório do Cena/USP, sob condições controladas pré-definidas.
De acordo com os pesquisadores Walter Arthur, do Cena, e Anna Lucia Casanas Haasis Villavicencio, do Ipen, a vantagem da TIE é que os mosquitos estéreis podem ser mais facilmente aceitos como alternativa de controle do Aedes aegypti.
"No controle com mosquitos transgênicos, por exemplo, os insetos morrem na fase de larva; no controle com mosquitos estéreis, a larva não chega eclodir dos ovos. Além disso, alguns países não aceitam a utilização de transgênicos, porque não se sabe o que poderá ocorrer com liberação massiva desses. Assim, a liberação de insetos estéreis é uma das alternativas mais viáveis de controle do Aedes aegypti”, justificam os pesquisadores.
Uma geração de mosquitos machos estéreis, que leva cerca de um mês para ser produzida, deve superar a quantidade dos mosquitos machos nativos – em 10 ou 20 vezes – para deixar uma marca na população do inseto. "Isso requer milhões de machos, tornando o método mais apto para vilas ou cidades do que para metrópoles”, disse, em entrevista coletiva, Aldo Malavasi, vice-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O projeto Cena-Ipen, apresentado em janeiro ao MCTI, foi orçado em aproximadamente R$ 500 mil, sendo R$242 mil para execução este ano e R$242 mil para 2017. Os recursos serão destinados à ampliação dos laboratórios, compra de matérias e cinco bolsas de Iniciação Científica. Além de Walter (coordenador) e Anna Lúcia, também integram a equipe os pesquisadores Thiago Mastrangelo, do Cena/USP, o doutorando André Ricardo Machi, do Ipen/USP, e Marcio A. Gava, da ASR/LAB, de São Carlos.
"Se o Brasil soltar um grande número de machos estéreis, levaria poucos meses para reduzir a população, mas isso tem que ser combinado com outros métodos”, declarou Malavasi. Já está agendada para o dia 16 de fevereiro uma reunião entre autoridades brasileiras e especialistas da AIEA, que tem sede em Viena, para discutir como melhor implementar a TIE no País que é sede dos Jogos Olímpicos, em agosto deste ano.
Leia também:
G1 - Agência da ONU propõe esterilizar Aedes aegypti com radiação
International Atomic Energy Agency – Nuclear Technique Can Help Control Disease-Transmitting Mosquitoes (Técnica Nuclear pode ajudar a controlar mosquitos transmissores de doenças)
O Estado de S. Paulo - Brasil analisará uso de radiação contra ‘Aedes’
O Estado de S. Paulo não autoriza a reprodução do seu conteúdo na íntegra para quem não é assinante. No entanto, é possível fazer um cadastro rápido que dá direito a um determinado número de acessos.
-
- 03/02/2016 - ScriptLattes ajuda analisar a produção científica no BrasilFonte: Agência USP de NotíciasCom a intenção de colaborar para a identificação de áreas de pesquisa, relatórios, diagnósticos, planejamento e internacionalização, pesquisadores do Centro de Matemática, Computação e Cognição (CMCC) da Universidade Federal do ABC (UFABC) e do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP em São Paulo, desenvolveram a ferramenta, em software livre, ScriptLattes que auxilia a análise de produção científica no país.
O ScriptLattes, por meio da Plataforma Lattes, sistema de cadastro de pesquisadores brasileiros disponibilizada e mantida pelo Conselho Nacional de Produção Científica (CNPq), extrai informações cadastradas, podendo criar relatórios de produtividade, mapas geográficos, redes de colaboração e contribui para o diagnóstico e análise de áreas de atuação e localização de grupos e temas de estudo para o planejamento de ações.
De acordo com o pesquisador da UFABC, Jesus Mena-Chalco, é possível identificar respostas referentes à área de cientometria e/ou bibliometria e também para gestores de políticas públicas científicas. "O ScriptLattes auxila na investigação da produção acadêmica para diferentes áreas, sub-áreas ou especialidades do conhecimento, assim como no estudo da forma de colaboração acadêmica em coautoria.”
O pesquisador explica que, os dados de ferramentas similares ao ScriptLattes podem ser úteis para identificar informações sobre, por exemplo, especialistas de determinados saberes do conhecimento, grupos de pesquisadores mais colaborativos, áreas carentes de pesquisadores, migrações de pesquisadores e genealogia acadêmica de cientistas para todas as áreas.
"É importante destacar que, como a fonte de dados é a Plataforma Lattes, as áreas que não são bem representadas nas bases bibliográficas internacionais (a exemplo da Web of Science e Scopus), como as Ciências Sociais Aplicadas e Humanidades, podem ser analisadas de forma mais abrangente”, salienta Mena.
A ferramenta colabora com secretarias de pós-graduação, na elaboração dos relatórios de produção acadêmica de seus docentes associados, com secretarias de pesquisa e extensão, na construção de relatórios de produção e colaboração acadêmica, com as bibliotecas, no registro das novas publicações realizadas pelos pesquisadores e também é utilizada por diferentes grupos de estudo, assim como para a análise de cooperação.
Em relação à exploração de dados bibliométricos, o pesquisador menciona: "artigos apontam que foram contabilizados 198 trabalhos acadêmicos que utilizaram o ScriptLattes em teses de doutorado, dissertações de mestrado, projetos de fim de curso, capítulos de livros, artigos em periódicos, em eventos e relatórios científicos . Por outro lado, também foram identificados 487 sites que utilizam e disponibilizam publicamente os resultados do ScriptLattes. Ao todo, desde setembro de 2009, o ScriptLattes foi baixado mais de 9221 vezes do repositório registrado no SourceForge”.
O ScriptLattes teve início em 2005 sob idealização do pesquisador e docente do IME, Roberto Cesar Junior, com a proposta da criação de um programa para a coleta, automática, de dados, como relatórios de produção de bibliografia, dos professores do departamento de Ciência da Computacao do IME, registradas na plataforma Lattes.
A ferramenta é composta, atualmente, pela linguagem de programação Python, adquiriu o nome de ScriptLattes e, a partir de 2008, obteve mais funcionalidades como a identificação de redes de coautoria e o mapa de geolocalização de pesquisadores, após o registro no SourceGorge, em colaboração com o Centro de Competência em Software Livre (CCSL) da USP e o Núcleo de Apoio à Pesquisa em Software Livre (NAP-SoL) sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos.
Projeto Genealogia Científica
Com o objetivo de produzir uma plataforma livre sobre genealogia acadêmica de pesquisadores brasileiros, os docentes trabalham com colaboradores, alunos de mestrado e doutorado para desenvolver uma estrutura que identifique as relações de orientação acadêmica de mestrado e doutorado para estudiosos relacionados com a ciência no Brasil.
Por meio do Projeto Universal do CNPq (Processo 461757/2014-1), os pesquisadores buscam responder questões como: Quais foram os pesquisadores (ou grupos de pesquisadores, ou instituições) que tiveram um papel importante para a formação e consolidação de diferentes grupos de pesquisa? Qual é a influência de um pesquisador orientador nas diferentes áreas do conhecimento? Existem padrões sobre formação interdisciplinar nas áreas de conhecimento?
Mena explica que "com a nova plataforma, poderemos ter elementos necessários para responder os questionamentos de análise por meio dos dados de orientação acadêmica coletados, principalmente dos últimos 30 anos”.
Mais informações: (16) 3373-8171, com Flávia Cayres, na assessoria do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Software Livre (NAP-SoL).
-
- 03/02/2016 - Celso Pansera convoca institutos do MCTI para combater o Aedes aegyptiEm reunião com diretores por videoconferência nesta quarta-feira, o ministro determinou uma inspeção em todas as entidades para eliminar eventuais focos do mosquito.
Em reunião com diretores por videoconferência nesta quarta-feira, o ministro determinou uma inspeção em todas as entidades para eliminar eventuais focos do mosquito.
Fonte: MCTIO ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, determinou nesta quarta-feira (3) uma inspeção em todos os institutos de pesquisa e entidades vinculadas ao MCTI para eliminar eventuais focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. A decisão foi transmitida aos diretores dos órgãos em reunião realizada pelo ministro por meio de videoconferência. A ação está alinhada com a determinação da presidenta Dilma Rousseff para mobilização nacional dos servidores públicos federais no combate ao mosquito.
"É uma ação importante. Discutimos a mobilização física, a limpeza dos espaços dos nossos prédios, dos jardins, dos locais de possíveis criadouros de mosquitos", afirmou o ministro. "Amanhã tenho um encontro com as empresas e institutos vinculados ao Ministério no Rio de Janeiro, também, para mobilizar as unidades", acrescentou.
O mutirão de limpeza nos institutos ligados ao MCTI integra o eixo de mobilização do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia no âmbito dos ministérios, autarquias, fundações, agências e demais órgãos vinculados, envolvendo, segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), cerca de 1,6 milhão de servidores.
O Plano Nacional trabalha em três frentes: prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, melhoria da assistência às gestantes e crianças e realização de estudos e pesquisas na área. O Governo Federal também lançou uma página oficial na internet em que reúne informações sobre a prevenção e o combate à dengue, chikungunya e zika. No portal, é possível encontrar informações sobre as três doenças, seus principais sintomas e tratamentos, além de medidas para diminuir a proliferação do mosquito transmissor. Para acessar o conteúdo, clique aqui.
-
- 03/02/2016 - Ver para onde a energia vai impulsiona fusão nuclearA técnica já permitiu multiplicar por quatro a transferência de energia do laser para a combustível de fusão nuclear.
A técnica já permitiu multiplicar por quatro a transferência de energia do laser para a combustível de fusão nuclear.
Fonte: Site Inovação Tecnológica
Redação do Site Inovação Tecnológica
Ver a energiaHá vários projetos de fusão nuclear em andamento, ainda que a física e a engenharia necessárias para criar uma "estrela artificial" não estejam completamente compreendidas.
A fusão a laser, por exemplo, alcançou patamares importantes no caminho rumo à produção da fusão nuclear propriamente dita, mas os pesquisadores ainda estão tentando descobrir formas de concentrar a energia do laser e fazer o alvo fundir-se por igual.
Agora, uma equipe da Universidade da Califórnia de San Diego, nos EUA, descobriu uma técnica para "ver" onde a energia está indo durante o processo de ignição que deverá levar à fusão dos núcleos de deutério e trício, ambos isótopos do hidrogênio, em um núcleo de hélio, liberando quantidades enormes de energia.
Isso poderá ajudar no desenvolvimento das cápsulas - as chamadas hohlraum- contendo o combustível para a fusão nuclear, que têm insistido em se comprimir de forma desigual, impedindo a geração da energia necessária para que os átomos se fundam.
Imagem da energia
A técnica consiste na inserção de átomos de cobre dentro da cápsula de combustível.
Quando o feixe de laser de alta intensidade atinge a cápsula, comprimindo-a, isso gera elétrons de alta energia que atingem os átomos de cobre, fazendo-os emitir raios X, que então são capturados para gerar uma imagem.
"Antes de desenvolvermos esta técnica, era como se estivéssemos olhando no escuro. Agora podemos entender melhor onde a energia está sendo depositada para que possamos investigar novos projetos experimentais para melhorar a transferência da energia para o combustível," disse Christopher McGuffey, coordenador da equipe.
E parece estar dando resultado. Ao testar a nova técnica, a equipe já conseguiu bater o recorde de eficiência na transferência de energia entre o laser e a cápsula de combustível, que chegou aos 7%.
Se parece pouco, isso é quatro vezes mais do que havia sido conseguido anteriormente. E os cálculos teóricos indicam ser possível alcançar 15% com a técnica utilizada, embora isso ainda precise ser aferido em novos experimentos.
Ignição rápida
A técnica conhecida como ignição rápida para iniciar a fusão nuclear consiste em duas etapas.
Em primeiro lugar, centenas de lasers comprimem a cápsula de combustível, cheia de deutério e trício, que atingem uma densidade extremamente elevada.
Em seguida, um laser de alta intensidade fornece energia para aquecer rapidamente o combustível comprimido, fazendo-o "inflamar", disparando a fusão nuclear.
O laboratório NIF (National Ignition Facility), nos Estados Unidos, está à frente no desenvolvimento da técnica de ignição rápida para fusão nuclear, mas os japoneses entraram firmes no páreo com a construção do laser mais potente do mundo, capaz de disparar 2 petawatts.
Bibliografia:
Visualizing fast electron energy transport into laser-compressed high-density fast-ignition targets
L. C. Jarrott, M. S. Wei, C. McGuffey, A. A. Solodov, W. Theobald, B. Qiao, C. Stoeckl, R. Betti, H. Chen, J. Delettrez, T. Döppner, E. M. Giraldez, V. Y. Glebov, H. Habara, T. Iwawaki, M. H. Key, R. W. Luo, F. J. Marshall, H. S. McLean, C. Mileham, P. K. Patel, J. J. Santos, H. Sawada, R. B. Stephens, T. Yabuuchi, F. N. Beg
Nature Physics
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nphys3614
-
- 03/02/2016 - Inventado um plástico híbrido revolucionárioO novo polímero pode ser funcionalizado e recarregado, o que o torna útil em uma vasta gama de aplicações.
O novo polímero pode ser funcionalizado e recarregado, o que o torna útil em uma vasta gama de aplicações.
Fonte: Site Inovação Tecnológica
Redação do Site Inovação Tecnológica
Polímero funcionalizadoImagine um polímero com partes removíveis, capazes de liberar algo no ambiente ou no seu entorno - um medicamento, um defensivo etc. - e, em seguida, ser quimicamente regenerado para funcionar novamente.
Ou um polímero capaz de se contrair e expandir da mesma forma que os músculos biológicos.
Funções como essas exigem polímeros formados por seções rígidas e seções flexíveis, cada uma com propriedades totalmente diferentes, mescladas no mesmo material, em escala molecular.
Pois foi justamente isto que Zhilin Yu e Samuel Stupp, da Universidade Northwestern, nos EUA, acabam de criar.
Eles desenvolveram um polímero híbrido com potencial para ser usado em músculos artificiais, para a aplicação localizada de medicamentos ou biomoléculas, em materiais capazes de se autorreparar de danos, em bateriase numa infinidade de outras aplicações.
O novo polímero possui compartimentos em nanoescala que podem ser removidos e regenerados quimicamente várias vezes. Esses dois compartimentos podem ser ajustados ou preenchidos com os materiais necessários para cumprir a função desejada.
Polímeros híbridos
O polímero híbrido combina os dois tipos de polímeros conhecidos: aqueles formados com fortes ligações covalentes e aqueles formados com ligações fracas, não-covalentes, também conhecidos como "polímeros supramoleculares".
Depois da polimerização simultânea das ligações covalentes e não-covalentes, os dois compartimentos ficam interconectados, criando um filamento cilíndrico perfeito e muito longo.
O esqueleto covalente do polímero híbrido, sua parte mais rígida, possui uma seção transversal parecida uma estrela ninja - um núcleo duro com braços se espiralando para fora. Entre os braços fica o material mais macio, mais parecido com os materiais biológicos. Esta é a área que pode ser funcionalizada e recarregada, características que poderão ser úteis em uma vasta gama de aplicações.
"Nossa descoberta pode transformar o mundo dos polímeros e iniciar um terceiro capítulo em sua história: a história dos 'polímeros híbridos', depois do primeiro capítulo dos polímeros covalentes imensamente úteis e da recente classe mais emergente dos polímeros supramoleculares," disse o professor Stupp.
Bibliografia:
Simultaneous covalent and noncovalent hybrid polymerizations
Zhilin Yu, Faifan Tantakitti, Tao Yu, Liam C. Palmer, George C. Schatz, Samuel I. Stupp
Science
Vol.: 351, Issue 6272, pp. 497-502
DOI: 10.1126/science.aad4091
-
- 02/02/2016 - Bloco científico é a primeira atividade da SNCT em PernambucoNesta quarta-feira, a troça carnavalesca Com Ciência na Cabeça e Frevo no Pé chegará a Garanhuns. O desfile lança no Estado a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2016, marcada para outubro.
Nesta quarta-feira, a troça carnavalesca Com Ciência na Cabeça e Frevo no Pé chegará a Garanhuns. O desfile lança no Estado a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2016, marcada para outubro.
Fonte: MCTINesta quarta-feira (3), a troça carnavalesca científica Com Ciência na Cabeça e Frevo no Pé chegará à cidade de Garanhuns (PE) para desfilar pelo terceiro ano consecutivo. Durante o desfile do bloco haverá o lançamento estadual da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que terá como tema "Ciência alimentando o Brasil" e acontecerá de 17 a 23 de outubro em todo o País.
A agremiação passará pelas ruas de Garanhuns com frevo da Orquestra Manoel Rabelo e 13 bonecos gigantes de cientistas. Atualmente, estão representados na brincadeira Albert Einstein, Charles Darwin, Galileu Galilei, Marie Curie, Santos Dumont, Carlos Chagas, César Lattes, Paulo Freire, Milton Santos, Aziz Ab'Saber, Johanna Döbereiner, Leite Lopes e Naíde Teodósio.
A troça da ciência foi criada com o propósito de divulgação científica em 2005, a partir de parceria entre Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Coordenadoria de Ensino de Ciências do Nordeste (Cecine, da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE), Espaço Ciência e prefeituras de Recife e Olinda, dentre outros órgãos.
"Muita gente não conhece os cientistas, então os alunos e pesquisadores que acompanham o bloco também dão informações e de certa forma aproveitam a folia do Carnaval para ter contato com o público", explica o físico Antônio Pavão.
O grupo teve seu primeiro desfile durante o encerramento de uma reunião regional da SBPC em Recife que coincidiu com a semana pré-carnavalesca no campus da UFPE com o primeiro boneco da troça - Einstein, pois era o ano do centenário da Teoria da Relatividade. Os cientistas gigantes já estiveram presentes em reuniões anuais da SBPC e na Conferência Rio + 20 e já foram ilustrados em um cartão natalino da União Europeia de Ciências.
-
- 02/02/2016 - Capes se reúne com instituições para discutir situação do Portal de PeriódicosO Confap, a SBPC, o CNPq e a ABC foram convidadas pela Capes para uma reunião realizada na última semana, em Brasília, que teve por objetivo debater as condições para a manutenção do Portal de Periódicos da instituição
O Confap, a SBPC, o CNPq e a ABC foram convidadas pela Capes para uma reunião realizada na última semana, em Brasília, que teve por objetivo debater as condições para a manutenção do Portal de Periódicos da instituição
Fonte: Jornal da CiênciaO Confap (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa) foi convidado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) a discutir, junto à SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e à ABC (Academia Brasileira de Ciências), a atual situação do Portal de Periódicos da instituição. A reunião ocorreu dia 28 de janeiro, em Brasília (DF), com o objetivo de debater as condições para manutenção do Portal de Periódicos, instrumento de divulgação e valorização da pesquisa científica, tecnológica e de inovação brasileira.
O custo previsto para manutenção do Portal, atualmente, é de US$ 92 milhões. A Capes buscou trazer as principais instituições científicas para discutir possibilidades de redução de custos, como a revisão do conteúdo disponibilizado. "O custo é elevado, porém o retorno do investimento é muito grande. Há unanimidade no sentido de que o Portal é relevante e precisa continuar funcionando”, pondera Maria Zaira Turchi, vice-presidente do Confap.
O portal oferece acesso a textos completos disponíveis em mais de 37 mil publicações periódicas, internacionais e nacionais, e a diversas bases de dados que reúnem desde referências e resumos de trabalhos acadêmicos e científicos até normas técnicas, patentes, teses e dissertações dentre outros tipos de materiais, cobrindo todas as áreas do conhecimento. Inclui também uma seleção de importantes fontes de informação científica e tecnológica de acesso gratuito na web, pelo link: http://www-periodicos-capes-gov-br.ez387.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome
"O País não pode ficar sem todas essas bases”, acrescentou a professora Zaira, que preside a Fapeg (Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás). "É possível negociar alguma redução, mas será preciso verificar quais interessam mais”. Ela representou o Conselho na reunião em Brasília e, segundo ela, o Confap, por meio de suas FAPs, deverá empreender mais esforços na defesa da relevância do Portal. A Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina), por exemplo, já se manifestou. Seu diretor técnico-científico, César Zucco, afirmou: "seria um desastre para os pesquisadores não terem mais acesso aos periódicos nas suas áreas”.
Antes da plataforma conjunta, quase todas as instituições tinham assinaturas de jornais e revistas científicas, mas atualmente as bibliotecas estão desatualizadas e sem recursos para reativar assinaturas. "O Brasil já economiza ao ter um portal único e é lamentável que tenhamos de voltar a discutir esse assunto”, lamentou Zucco, que presidiu a Sociedade Brasileira de Química e foi Membro do Conselho Superior da Capes, entre outros cargos.
Em carta aos editores das publicações científicas internacionais, a SBPC havia solicitado que eles estabelecessem os preços das assinaturas dentro das condições financeiras atuais do Ministério de Educação. "Trata-se de uma situação que exige o esforço de todos, para uma causa das mais relevantes para estudantes, professores e pesquisadores brasileiros”, diz o texto, que pode ser lido aqui.
-
- 02/02/2016 - Agência da ONU propõe esterilizar Aedes aegypti com radiaçãoAgência de energia atômica terá reunião com autoridades brasileiras. Machos expostos à radiação tornam-se inférteis, diminuindo população.
Agência de energia atômica terá reunião com autoridades brasileiras. Machos expostos à radiação tornam-se inférteis, diminuindo população.
Fonte: G1Um novo método para tornar mosquitos machos inférteis por radiação nuclear poderia ajudar a reduzir as populações do Aedes aegypti, mosquito transmissor de zika, dengue e chikungunya, disse a agência de energia atômica da Organização das Nações Unidas nesta terça-feira (2).
Especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que tem sede em Viena, vão se encontrar com autoridades brasileiras em 16 de fevereiro para discutir como melhor implementar a chamada Técnica do Inseto Estéril no país que é sede da Olimpíada de 2016.
"Se o Brasil soltar um grande número de machos estéreis, levaria poucos meses para reduzir a população, mas isso tem que ser combinado com outros métodos”, afirmou o vice-diretor-geral da AIEA, Aldo Malavasi, à imprensa.
Além da técnica, o alastramento do vírus zika, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência de saúde pública internacional, poderia ser enfrentado por esforços sanitários mais intensos, o uso de inseticidas ou armadilhas.
Entenda a técnica
A técnica, adaptada de métodos antigos usados para reduzir as populações de outros insetos, como a mosca-das-frutas, envolve expor os machos do mosquito Aedes aegypti a raios-X ou gama para tornar o esperma estéril.
Esses mosquitos machos criados em laboratório poderiam então ser soltos para cruzar com as fêmeas da espécie que, então, levariam ovos que nunca se desenvolveriam, reduzindo assim o número de insetos numa determinada área sem matar animais ou usar químicos.
"É planejamento familiar para insetos”, disse Jorge Hendrichs, chefe do setor de controle de pestes e insetos da AIEA, que oferece o conhecimento tecnológico para países membros interessados de forma gratuita para que eles possam planejar e gerir os seus próprios programas.
Uma geração de mosquitos machos estéreis leva cerca de um mês para ser produzida. Eles devem superar a quantidade dos mosquitos machos nativos em 10 ou 20 vezes para deixar uma marca na população do inseto.
Isso requer milhões de machos, tornando o método mais apto para vilas ou cidades do que para metrópoles, disse Malavasi.
Em testes durante vários meses na Itália, a técnica ajudou a cortar populações de mosquito em cerca de 80 por cento, e na China o sucesso chegou a 100 por cento, segundo Konstantinos Bourtzis, do laboratório de controle de insetos e pestes da AIEA.
Além do Brasil, outros países como México, Guatemala, El Salvador e Indonésia também requisitaram a tecnologia da AIEA.
Outros mosquitos modificados
Já existem outras técnicas em teste no Brasil que têm o objetivo de modificar o Aedes aegypti para diminuir a população total dos mosquitos ou para torná-los incapazes de transmitir doenças. É o caso dos mosquitos geneticamente modificados produzidos pela empresa Oxitec e dos mosquitos com bactéria Wolbachia pesquisados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).