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- 10/09/2014 - Amazul e FDTE assinam acordo para participar do programa do submarino nuclearA Amazul - Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. e a FDTE – Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia assinaram, na sexta-feira (5/9), acordo de parceria para a realização de pesquisa, desenvolvimento e implantação do Projeto Conceitual do Complexo Radiológico do Estaleiro e Base Naval (EBN) da Marinha do Brasil, que está sendo projetado pelo Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP).
A Amazul - Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. e a FDTE – Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia assinaram, na sexta-feira (5/9), acordo de parceria para a realização de pesquisa, desenvolvimento e implantação do Projeto Conceitual do Complexo Radiológico do Estaleiro e Base Naval (EBN) da Marinha do Brasil, que está sendo projetado pelo Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP).
Fonte: R7
A Marinha do Brasil tem investido na expansão e desenvolvimento da tecnologia brasileira com objetivo de proteger e garantir a soberania brasileira no mar. Com esse propósito, Brasil e França firmaram acordo que deu início ao programa de desenvolvimento de submarinos. O programa viabilizará a produção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear e mais quatro submarinos convencionais. A primeira fase de implantação do programa prevê a construção de um Estaleiro e de uma Base Naval (EBN) em Itaguaí, no Rio de Janeiro. O Complexo Radiológico são áreas em que serão aplicadas normas nacionais e internacionais de segurança nuclear, daí a necessidade de um rigoroso projeto conceitual, anterior às fases seguintes do projeto e de construção do complexo. Essas áreas compreendem a manutenção de reatores nucleares, instalações marítimas, suporte e instalações do SN-BR (submarino de propulsão nuclear), instalação de proteção física e gestão de emergência, entre outras.
Neste complexo, que a Marinha constrói em parceria com a Odebrecht, serão realizadas as etapas de construção, montagem, integração, lançamento, operação e manutenção dos novos submarinos. O complexo integra o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub), que está sendo conduzindo pela Cogesn – Coordenadoria Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, com apoio do CTMSP e da Amazul.
O acordo, assinado pelo diretor-presidente da Amazul, vice-almirante Ney Zanella dos Santos, e pelo diretor-superintendente da FDTE, André Steagall Gertsenchtein, estabelece que a fundação fará em conjunto com a Amazul a pesquisa, desenvolvimento e implantação do Projeto Conceitual, e também a elaboração de documentos, incluindo estudos, relatórios técnicos, pareceres, especificações técnicas e de compras, referentes à parte de concepção do projeto, sob a responsabilidade do CTMSP. A duração total do projeto está prevista para 20 meses.
Amazul - A missão da Amazul, estatal constituída em agosto de 2013, é viabilizar o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear, tecnologia imprescindível para que o País exerça a soberania plena sobre as águas jurisdicionais brasileiras. Para executar seus projetos e oferecer serviços tecnológicos, a Amazul retém, atrai e capacita recursos humanos de alto nível, e busca se associar com organizações públicas e privadas de alto nível tecnológico.
Ney Zanella dos Santos lembrou que esta não é a primeira vez que a Marinha do Brasil - agora por intermédio da Amazul - se une à Universidade de São Paulo, apoiada pela FDTE, para gerar inovação e progresso para a ciência e a engenharia nacionais, agregando valor a projetos de grande interesse para a sociedade brasileira, em prol do desenvolvimento nacional. André Steagall Gertsenchtein afirmou que a Marinha é, de certa forma, a razão pela qual a FDTE foi instituída, uma vez que foi a Força a contratante do primeiro projeto da fundação o Computador G10.
FDTE - A FDTE, fundação de notória especialização na área de pesquisa e desenvolvimento, com mais de 40 anos de experiência nas mais diversas áreas da engenharia, foi criada por um grupo de professores da Escola Politécnica da USP com o objetivo de promover o desenvolvimento tecnológico da engenharia brasileira. A instituição é reconhecida pela importante contribuição que tem dado ao país nas questões ligadas ao seu desenvolvimento. Grandes feitos contribuíram para esse reconhecimento. Nasceu do Laboratório de Sistemas Digitais o histórico "Patinho Feio", como foi chamado o primeiro computador brasileiro, construído em 1972. Com o patrocínio da Marinha foi desenvolvido o G10, que se tornou o segundo computador genuinamente brasileiro, também criado pela FDTE. Entre os resultados do projeto, surgiram profissionais capacitados, diversas ramificações na difusão do conhecimento e empresas nacionais para atuarem no setor. -
- 18/06/2014 - Rússia é líder mundial na construção de usinas nuclearesA Rússia lidera no mundo pelo número de usinas nucleares construídas ou em construção no estrangeiro, respondendo por 16% do mercado de serviços no ramo. A demanda estrangeira de tecnologias e técnicos russos supera a oferta. Segundo peritos, a experiência de muitos anos e propostas eficientes são dois fatores que põem a Rússia fora de concorrência.
A Rússia lidera no mundo pelo número de usinas nucleares construídas ou em construção no estrangeiro, respondendo por 16% do mercado de serviços no ramo. A demanda estrangeira de tecnologias e técnicos russos supera a oferta. Segundo peritos, a experiência de muitos anos e propostas eficientes são dois fatores que põem a Rússia fora de concorrência.
Fonte: Voz da Rússia
O número de encomendas estrangeiras de construção de usinas nucleares duplicou nos últimos três anos. No início de 2014, o valor do portfólio de encomendas da Rosatom (Corporação Estatal de Energia Atômica da Rússia) alcançou 98 bilhões de dólares. Nos próximos tempos, a companhia começará a construir 20 blocos energéticos espalhados pelo mundo. Tecnologias de última geração e experiência colossal tornam a Rússia líder nesse mercado de serviços, diz o diretor do Departamento de Comunicações da Rosatom, Serguei Novikov:
"Os blocos que estamos propondo já existem, já estão sendo explorados. Os mais sofisticados encontram-se na China, na usina nuclear de Taiwan. São blocos de geração "três +” que correspondem a todos os padrões de segurança contemporâneos. Os inspetores chineses reconheceram esta usina como a mais segura das existentes no país. A central tem umas das melhores caraterísticas de exploração no mundo”.
Na construção de usinas nucleares, os especialistas russos dispensam especial atenção à segurança. O operador do bloco energético sempre deve estar disposto a quaisquer situações extraordinárias e a saber de quanto tempo dispõe para tornar a normalizar o sistema. Padrões elevados de segurança foram impostos após o acidente na usina de Fukushima. Semelhante situação não pode mais ocorrer nas centrais nucleares russas, aponta o vice-diretor da empresa russa Rosenergoatom, Vladimir Asmolov:
"No caso de um acidente semelhante ao de Fukushima, os projetos russos de hoje permitem controlar o acidente no prazo de 72 horas. Quanto ao próprio cenário dos acontecimentos ocorridos na usina de Fukushima, a central russa pode funcionar autonomamente cerca de um mês”.
Há muito que os parceiros estrangeiros apreciam as vantagens das usinas nucleares russas. A "geografia” da cooperação não deixa de surpreender. Foram assinados contratos de construção de blocos energéticos nucleares com a Hungria, Bangladesh, China, Vietnã, Finlândia, Cazaquistão e Bielorrússia. Em breve, será firmado um acordo de construção do terceiro e quarto bloco na Índia. Duas usinas nucleares serão construídas na província de Bushehr, no Irã, e uma na Jordânia.
Ao mesmo tempo, técnicos russos participam não apenas da construção, mas também de projetos empresariais, o que é sobretudo importante para os países que começam a dominar a energia atômica, continua o diretor do Departamento de Comunicações da Rosatom, Serguei Novikov:
"Se alguns países só estão construindo a primeira usina nuclear, como, por exemplo, a Turquia, Bangladesh e Vietnã, ajudamos eles a preparar pessoal qualificado, assim como organizamos consultas voltadas para elaborar uma nova legislação na área da utilização da energia atômica e formar estruturas de supervisão”.
Além da construção de usinas tradicionais, especialistas russos estão desenvolvendo projetos únicos de centrais nucleares flutuantes de produção de energia elétrica, que não exigem manutenção minuciosa, são energeticamente autônomas e se destinam para a produção de energia em regiões afastadas do país, como o Ártico e a Kamchatka. A primeira usina flutuante do mundo, a Akademik Lomonosov, já está construída.
Está previsto construir no futuro cerca de dez centrais análogas. Os parceiros asiáticos já se mostraram interessados nessas ideias inovadoras. À margem da visita do presidente da Rússia, Vladimir Putin, à China foi tomada uma decisão sobre a construção conjunta de uma usina nuclear flutuante de produção de energia elétrica. -
- 16/06/2014 - Jogadores esquecem problemas dos países durante a Copa do MundoIrã e Nigéria se enfrentam na segunda-feira (16), na Arena da Baixada. Professora de Relações Internacionais fala sobre problemas políticos
Irã e Nigéria se enfrentam na segunda-feira (16), na Arena da Baixada. Professora de Relações Internacionais fala sobre problemas políticos
Fonte: G1 Portal de Notícias
O primeiro jogo da Copa do Mundo em Curitiba ocorre nesta segunda-feira (16) entre Irã e Nigéria na Arena da Baixada, às 16h. Enquanto participam da maior festa esportiva do planeta, os jogadores precisam "esquecer" os problemas políticos dos países de origem. Na Nigéria, as autoridades da região nordeste do país proibiram os torcedores de se reunirem em locais públicos para assistir às partidas do Mundial. Os militares advertiram o governo do estado de Adamawa de que locais de concentração de torcedores em torno de telões são um alvo preferencial para o grupo islâmico ultraradical Boko Haram, que ganhou notoriedade internacional após sequestrar mais de 200 meninas. Os líderes do grupo querem estabelecer a lei do Islã no país. Além disso, condenam a educação ocidental e são contra mulheres frequentarem a escola.
A professora de Relações Internacionais do Centro Universitário Internacional Uninter Ludmila Culpi destaca o histórico de conflitos na Nigéria, que é o país mais populoso do continente africano com cerca de 170 milhões de habitantes. Embora a Nigéria seja um Estado laico, existe um predomínio de cristãos nas províncias do Sul e de muçulmanos nas províncias do Norte. Esta divisão, de acordo com a professora, provoca um confronto direto entre as regiões. É com este ambiente que o grupo Boko Haram tenta impor à totalidade do país o sistema legal muçulmano.
"O país tem uma história de conflitos étnicos e religiosos violentos, o que levou ao estabelecimento de uma missão permanente de paz da ONU na região em 1962. Esse sequestro que chocou o mundo, revelou os problemas do país, cujo governo sofre acusações de corrupção, com um exército decadente e ineficiente e cuja população vive em situação de pobreza extrema”.
O sequestro ocorreu no dia 14 de abril e até agora não há informações concretas sobre o paradeiro das meninas. O Reino Unido e a Grã-Bretanha já anunciaram o envio de ajuda em inteligência. França e China também ofereceram apoio, e a polícia da Nigéria divulgou que pagará uma recompensa de 50 milhões de nairas (cerca de US$ 300 mil, ou R$ 669 mil) para quem fornecer informações concretas sobre o paradeiro das vítimas. Esse não é o primeiro sequestro do Boko Haram, uma seita que se tornou grupo armado em 2009, mas é o rapto mais numeroso. Só neste ano, eles mataram 1.500 pessoas em sua luta para impor a lei islâmica (sharia) no país. O grupo liberou um vídeo em que mostra um de seus membros rindo ao dizer que venderá as meninas como escravas.
Já o Irã, país também caracterizado pelo rigor do islamismo, chama atenção do mundo por causa do programa nuclear. O país chegou a ser acusado pelas grandes potências e pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de violar os compromissos internacionais em relação à redução de seu programa nuclear, que é considerado um programa com fins bélicos.
O presidente iraniano o presidente Hassan Rohani afirmou que fará o possível para que o país faça um acordo com as grandes potências mundiais. "O Irã demonstrou que realiza um programa nuclear com fins pacíficos. Fará o que puder para alcançar um acordo final com o grupo 5+1", integrado por China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha, declarou Rohani em seu segundo dia de visita à Turquia.
A professora Ludmila Culpi lembra que em novembro de 2013, o Irã assinou um compromisso para congelar o programa de enriquecimento de Urânio. O acordo fez com que fossem eliminadas as sanções econômicas que haviam sido impostas ao país. "Neste ano, a AIEA e o Irã alcançaram um acordo para executar cinco medidas de transparência envolvendo a realização dos testes nucleares e a inspeção de duas instalações nucleares”, complementou.
A professora afirma ainda que protestos no Irã em 2009, que foram sufocados pelo governo, foram precursores da Revolução Árabe, em 2011, que culminando na queda de ditadores no Egito, na Tunísia e na Líbia. As manifestações, tanto no Irã quanto nos demais países, visavam maior participação popular e pediam democracia. -
- 02/06/2014 - Fiocruz, Embrapa e Inpe lideram pesquisa no país, diz novo rankingA Fiocruz é o melhor instituto de pesquisa do Brasil em termos de qualidade de produção científica, e o A.C.Camargo Cancer Center é o melhor hospital.
A Fiocruz é o melhor instituto de pesquisa do Brasil em termos de qualidade de produção científica, e o A.C.Camargo Cancer Center é o melhor hospital.
Fonte: Folha de S. Paulo
SABINE RIGHETTI
FERNANDO TADEU MORAES
DE SÃO PAULO
As informações são da Universidade de Leiden (Holanda). Pela primeira vez, cientistas da instituição usaram uma metodologia similar a de seus rankings universitários para um levantamento de produção científica. As instituições brasileiras foram as primeiras contempladas.
Entre as universidades, a USP é a primeira colocada.
O principal indicador dos holandeses é o impacto da pesquisa acadêmica produzida em cada instituição, ou seja, o quanto essa pesquisa é citada por trabalhos de outros cientistas.
Ganha mais pontos a instituição que tiver mais produção científica com mais impacto (entre os trabalhos 10% mais citados).
Outros critérios, como quantidade de trabalhos em colaboração internacional, também entram na conta.
A metodologia de Leiden, como ficou conhecida, já vinha sendo aplicada desde 2011 para classificar universidades internacionalmente.
No último ranking internacional de universidades feito por eles, a USP está em 678º lugar no mundo. Os primeiros lugares são todos de escolas dos EUA.
"Agora resolvemos usar a metodologia do ranking internacional de universidades para aplicar em instituições de pesquisa", disse à Folha Everard Noyons, cientista e coordenador do trabalho.
Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz, diz que a produção de conhecimento científico é o cerne da instituição, mas ressalta que o projeto da fundação é marcado por uma visão da pesquisa para resolver problemas práticos.
A proposta de ranquear a produção científica especificamente do Brasil, diz Noyons, veio da organização do EBBC (Encontro Brasileiro de Bibliometria e Cienciometria –área que estuda dados de produção científica).
Acabou virando uma espécie de "exercício acadêmico" e os resultados foram apresentados no congresso da EBBC, que ocorreu há duas semanas na UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).
Os resultados estão disponíveis no site do trabalho (http://brr.cwts.nl/ranking), em inglês, onde é possível classificar, por exemplo, universidades brasileiras, institutos de pesquisa e hospitais.
A ideia do grupo, diz o especialista, é, a partir desse exercício no Brasil, trabalhar para incluir institutos de pesquisa no próximo ranking internacional do Leiden.
Mas os rankings são medidores confiáveis da qualidade das instituições?
"Nós não somos a favor de rankings. Mas eles existem e nós não podemos ficar de fora criticando", diz Noyons.
Gilberto Câmara, ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) diz que os institutos não podem ser julgados apenas pela sua produção científica.
"Não podemos reduzir instituições como a Embrapa e o Inpe à produção de artigos".
Segundo ele, muitos projetos do Inpe, como os ligados ao monitoramento da Amazônia, dificilmente geram artigos, mas são fundamentais para a instituição.
Instituições campeãs investem na meritocracia entre cientistas
DE SÃO PAULO
No Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada), nas franjas da floresta da Tijuca, no Rio, a valorização do mérito é o principal fator para o sucesso da instituição, diz o seu diretor, César Camacho.
Pequeno --tem pouco mais de 50 pesquisadores-- e extremamente seletivo, o Impa é, proporcionalmente, o instituto de pesquisa com mais publicações de impacto no país. Quase 13% dos artigos do instituto entre 2003 e 2012 são de alto impacto.
"Procuramos permanentemente pesquisadores muito qualificados dentro de uma política de mérito e da busca pelo melhor que existe no mundo", diz Camacho.
Em 2013, um dos seus pesquisadores, Fernando Codá, junto com colega português, conseguiu provar a conjectura de Willmore, um dos problemas mais importantes em aberto da geometria diferencial, que estabelece qual seria a melhor forma geométrica para uma rosca (ou toro, na linguagem matemática). A conjectura tem aplicações em questões da relatividade geral e da biologia celular.
Na Fiocruz, a primeira colocada em números absolutos, o destaque são os mecanismos internos de fomento à pesquisa, fundos com recursos da própria Fiocruz disputados pelos pesquisadores.
"São estimuladores da excelência e de uma competição saudável entre os pesquisadores", explica Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz, que destaca a "relação simbiótica" entre ensino e pesquisa como um dos pontos fortes da instituição.
Na fundação são executados atualmente mais de mil projetos, relacionados sobretudo ao controle de doenças como a Aids e a doença de Chagas, além de outros temas ligados à saúde coletiva.
A Fiocruz participou recentemente de estudo sobre combinação de antirretrovirais ministrados a recém-nascidos para evitar a transmissão do HIV da mãe para o filho. O resultado da pesquisa alterou o padrão de tratamento da doença em todo o mundo e foi incorporada aos manuais da Organização Mundial da Saúde.
(FTM)
No Brasil, universidades concentram pesquisa na área de saúde
SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO
A maior parte da pesquisa científica na área da saúde no Brasil não está em hospitais, mas em universidades e em institutos de pesquisa.
De acordo com a avaliação feita pelos cientistas da Universidade de Leiden (Holanda) a produção científica brasileira, USP, UFMG e Unicamp lideram as pesquisas na área médica no país.
O primeiro hospital a aparecer na lista brasileira é o A.C. Camargo, em 15º lugar dentre todas as instituições que fazem pesquisa na área médica. Na frente dele há 13 universidades e a Fiocruz.
"No Brasil os hospitais realmente não têm tradição de fazer pesquisa porque é um custo a mais", avalia Vilma Regina Martins, cientista e diretora de Pesquisa do A.C.Camargo Cancer Center.
No A.C.Camargo há 150 pesquisadores envolvidos nas atividades de pesquisa, que consumiram R$ 23,5 milhões em 2013.
A maior parte do dinheiro, diz Martins, vem de agências de financiamento à ciência nacionais e internacionais. Cabe ao hospital pagar o salário dos pesquisadores e de outros profissionais, como técnicos de laboratório.
"Boa parte dos médicos também está envolvida de alguma maneira com as atividades de pesquisa", diz.
No ano passado, os cientistas do hospital publicaram 203 artigos acadêmicos em revistas científicas.
Hoje, o A.C. Camargo tem um banco com cerca de 50 mil amostras de tumores, com dados dos pacientes e do tratamento realizado.
No ranking de hospitais com produção científica há quatro hospitais atrás do A.C.Camargo: três deles ficam em São Paulo e um no Rio (veja a lista no infográfico).
Segundo o ranking, nenhuma outra região do país tem hospitais fazendo pesquisa científica de impacto.
O segundo colocado, o Inca (Instituto Nacional de Câncer), também tem foco no estudos dos tumores.
Nos demais, as linhas de pesquisa são mais variadas. No hospital Albert Einstein, uma das pupilas é a área de neurologia e pesquisa do cérebro.
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- 09/05/2014 - Em região afetada por Chernobyl, natureza dá sinais de adaptaçãoAlgumas espécies de pássaros parecem ter se adaptado ao ambiente radioativo criando uma proteção a danos genéticos
Algumas espécies de pássaros parecem ter se adaptado ao ambiente radioativo criando uma proteção a danos genéticos
Fonte: O Estado de S. Paulo
HENRY FOUNTAIN - New York Times
NOVOSHEPELYUCHI, UCRÂNIA - O som do detector de radiação de Timothy Mousseau lentamente aumentou quando ele caminhava pela floresta, a alguns quilômetros da usina nuclear de Chernobyl.
Quando parou para examinar uma teia de aranha no tronco de uma árvore o mostrador do aparelho apontou 25 microsieverts por hora. O que, segundo Mousseau, é normal nessa área não muito distante de Novoshepelychi, uma das centenas de vilarejos abandonados depois da contaminação radioativa causada pela explosão de um reator, em 1986, da usina que tornou grande parte desta região inabitável.
Os níveis de radioatividade aqui são bem menores do que aqueles ainda sentidos em partes do abrigo em deterioração que cobre o reator destruído - que em 2017 será coberto por uma enorme arca cuja finalidade é eliminar a ameaça de nova contaminação radioativa.
Mas os níveis de radiação nesta clareira numa região mais baixa, onde acácias e pinheiros se intercalam com estábulos destruídos, são mais do que normais. Aqui, em 10 dias uma pessoa ficaria exposta a um nível de radiação similar à que um americano nos Estados Unidos receberia de todas as fontes num ano. O que a torna uma área proibida, exceto no caso de rápidas incursões, mas um bom lugar para estudar os efeitos a longo prazo da radiação sobre os organismos.
"Este nível de exposição crônica está acima do que muitas espécies podem tolerar sem mostrar alguns sinais, seja em termos de tempo de vida ou no número de tumores que podem ter, ou mesmo mutações genéticas e cataratas", disse o biólogo. "É um laboratório perfeito."
Mousseau, biólogo da Universidade da Carolina do Sul, vai à área contaminada em torno de Chernobyl, conhecida como zona de exclusão, desde 1999. A lista de criaturas que estudou é longa: pássaros, insetos, aranhas e morcegos; pequenos roedores. Depois das fusões nucleares em Fukushima, no Japão, há três anos, ele realizou uma pesquisa similar ali também.
Em dezenas de documentos escritos durante anos, o biólogo e seus colegas reportaram evidências dos danos da radiação: aumento na frequência de tumores e anormalidades físicas como bicos deformados de pássaros comparado com aqueles de áreas não contaminadas, por exemplo. E um declínio nas populações de insetos e aranhas com a crescente intensidade de radiação.
Mas suas mais recentes conclusões, publicadas no mês passado, trouxeram algo novo. Algumas espécies de pássaros, ele e colegas reportaram na revista Functional Ecology, parecem ter se adaptado ao ambiente radioativo produzindo altos níveis de antioxidantes como proteção, com menos danos genéticos. Para esses pássaros, segundo o biólogo, a exposição crônica à radiação parece ser uma espécie de "seleção não natural" impelindo a mudança evolucionária.
Transformar em íon a radiação, como aquela produzida pelo césio, estrôncio e outros isótopos radioativos, afeta os tecidos vivos de várias maneiras. Uma delas é destruindo os filamentos de DNA. Uma dose suficientemente alta - milhares de vezes mais alta do que os níveis normais na floresta - pode causar doenças ou a morte.
Foi o que ocorre com dezenas de técnicos e bombeiros na central nuclear de Chernobyl quando o reator da Unidade 4 explodiu em 26 de abril de 1986. Eles ficaram expostos a doses letais, em muitos casos em poucos minutos, e seus órgãos e tecidos ficaram tão danificados que morreram em questão de semanas.
Doses relativamente baixas de radiação, contudo, mesmo que durante um longo tempo, podem ter pouco, ou nenhum, efeito. Mas as doses menores podem causar mutações genéticas, provocando cânceres e outros problemas físicos que podem surgir depois de períodos mais longos e afetar a reprodução e a longevidade. Estudar os efeitos nos animais e insetos pode ajudar a compreender melhor o impacto sobre os indivíduos também.
Alguns pesquisadores contestaram os estudos do Dr. Mousseau e seus colaboradores, afirmando que é difícil mostrar que níveis de radiação na zona de exclusão, que abrange cerca de dois mil e seiscentos metros quadrados, tiveram um efeito muito mais perceptível. Houve também notícias não científicas sobre enormes populações de animais na zona, sugerindo que a ausência de atividade humana fez com que a área se tornasse um refúgio para a vida selvagem.
Mousseau descarta a ideia de que a zona seja uma espécie de Eden pós-apocalíptico. Mas o mais recente estudo o surpreendeu, disse, porque mostra o tipo de adaptação que permite que algumas criaturas, como o tentilhão, embora o mesmo não valha para andorinhas e pintarroxos, se desenvolvam na zona. Contudo é preciso ver se estas espécies estão realmente se desenvolvendo, afirmou. -
- 30/01/2014 - Matéria escura e estudo do Bóson de Higgs são próximos desafios do CernNeste ano, o Grande Colisor de Hádrons dobrará potência para estudo do Bóson de Higgs
Neste ano, o Grande Colisor de Hádrons dobrará potência para estudo do Bóson de Higgs
Fonte: O Estado de S. Paulo
MADRI - O diretor de Pesquisa e Computação Científica do Laboratório Europeu de Física de Partículas (Cern), Sergio Bertolucci, disse nesta sexta-feira que os próximos desafios do órgão são a descoberta da matéria escura e o estudo detalhado do Bóson de Higgs, seu último grande achado.
Por ocasião do 60º aniversário do laboratório, Bertolucci destacou em uma conferência alguns dos desafios do maior laboratório de física de partículas do mundo, cujos cientistas François Englert e Peter Higgs receberam o Prêmio Nobel de Física em 2013.
O físico explicou que em 2014 o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) dobrará sua potência para continuar estudando as propriedades do Bóson de Higgs, sobre o qual ainda existe muita incerteza. "Hoje já sabemos que há um 'Higgs', mas queremos saber se há mais bósons", especificou.
A descoberta da matéria escura é outro dos desafios do Cern, segundo Bertolucci, que destacou que a constatação da super-simetria - uma teoria da física de partículas que vai além do atual Modelo padrão e que poderia explicar a presença de matéria escura no Universo - "seria uma descoberta mais importante ainda que o achado de Higgs".
Entre os projetos mais imediatos, Bertolucci assinalou que o Cern colaborou com o Hospital Universitário de Marselha em um novo aparelho de detecção adiantada do câncer de mama que poderá estar disponível para seu uso generalizado no próximo ano.
Este aparelho de mamografias, que combina a ultrassonografia com ultrassons de alta velocidade e o scanner PET (tomografia por emissão de posítrons), permite detectar calcificações de um milímetro e reconhecer a doença dois anos antes do que se diagnostica hoje.
Bertolucci lembrou que a pesquisa em física de partículas deu lugar a vários descobrimentos com aplicação prática na vida cotidiana. É que, além da internet, no centro de Genebra se desenvolveram o scanner PET, as primeiras telas táteis e os últimos tratamentos contra o câncer através da emissão de prótons. -
- 10/01/2014 - Líder supremo diz que EUA cultiva hostilidade ao paísIRÃ DE TEERÃ - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou ontem os EUA de cultivar hostilidade ao Irã.
IRÃ DE TEERÃ - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou ontem os EUA de cultivar hostilidade ao Irã.
Fonte: Folha de São Paulo
"As conversas nucleares mostraram a inimizade dos EUA contra o Irã, os iranianos, o islã e os muçulmanos", disse Khamenei diante de uma plateia de clérigos em Teerã.
A declaração do líder supremo coincidiu com mais uma rodada de contatos diplomáticos entre Irã e potências ocidentais, ontem em Genebra.
O encontro visa discutir modalidades técnicas do acordo em que o Irã se compromete a frear seu programa nuclear. -
- 10/01/2014 - Inscrições para o 5º Seminário de Energia Nuclear estão abertasEstão abertas as inscrições para o 5º Seminário Internacional de Energia Nuclear, que será realizado nos dias 14 e 15 de maio, no Rio de Janeiro. O evento vai reunir os principais agentes do setor para debater questões fundamentais e desafios da energia nuclear no Brasil para os próximos anos.
Estão abertas as inscrições para o 5º Seminário Internacional de Energia Nuclear, que será realizado nos dias 14 e 15 de maio, no Rio de Janeiro. O evento vai reunir os principais agentes do setor para debater questões fundamentais e desafios da energia nuclear no Brasil para os próximos anos.
Fonte: Correio do Brasil
Por Redação, com ARN - do Rio de Janeiro
Entre os assuntos discutidos estão: a formação de mão de obra especializada; a expansão da geração nuclear no país com a construção de novas usinas; e as soluções decorrentes do aprendizado com o acidente de Fukushima, no Japão.
São esperados cerca de 200 participantes no evento, entre gestores, técnicos e executivos do setor e representantes de concessionárias de energia; empresas de engenharia industrial, construção e serviço, siderurgia e mineração; empresas de consultoria, prevenção de risco e gestão de crises; empresas de projetos e desenvolvimento tecnológico; empresas de informática; empresas de logística, fornecedores de equipamentos, aço, tubos, materiais para engenharia elétrica, escritórios jurídicos, ONG’s, empresas e órgãos governamentais, governo federal, estadual e municipal, entidades de classe de engenharia, universidades e institutos de pesquisa.
O seminário, que conta com o apoio da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (Abdan), será realizado no Centro Empresarial Rio (Ed. Argentina), em Botafogo, na Zona Sul da capital Fluminense.
O valor do investimento é de R$ 300,00 para inscrições até o dia 28/02; R$ 350,00 de 01/03 a 30/04; e R$ 400,00 de 01/05 a 15/05. Para se inscrever, solicite o formulário de inscrição pelo e-mail: inscricao.planeja@gmail.com ou ligue para o Atendimento ao Participante: (21) 2262-9401 / 2244-6211.