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1 INTRODUÇÂO
O Câncer de Próstata (CaP) representa 9,7% das neoplasias malignas
(sendo 15,3%, em países desenvolvidos e 4,3%, em países em desenvolvimento).
É a mais prevalente e a segunda causa de morte em homens adultos segundo o
Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2014a).
A idade é um fator de risco importante para o CaP, uma vez que, tanto
a incidência, como a mortalidade aumentam, significativamente, após os 50 anos.
Cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem nos homens a partir dos 65
anos. É, por isso, considerado o câncer da terceira idade (INCA, 2014b; Parkin,
Bray; Devesa, 2001; Srougi et al., 2008).
No Brasil, o CaP é o segundo mais comum entre os homens, atrás
apenas do câncer de pele não-melanoma.
É o sexto tipo mais comum no mundo, representando cerca de 10% do
total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países
desenvolvidos (INCA, 2014b).
A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o biênio 2016
e 2017 é de 61.200 novos casos e, 13.772 óbitos. Em Minas Gerais, essa
estimativa é de 5.920 novos casos por 100 mil habitantes (INCA, 2016a). Em Belo
Horizonte, capital do estado, são esperados 880 novos casos para o biênio citado.
Nos estágios iniciais, esta neoplasia, raramente produz sintomas.
Entretanto, nos estágios avançados o paciente se queixa de dificuldade para
urinar, jato urinário fraco e sensação de não esvaziamento completo da bexiga
(Gonçalves; Padovani; Pompin, 2008).
Quando a doença é detectada precocemente, por exames clínicos e
laboratoriais de rotina como, por exemplo, o toque retal e a dosagem do PSA, a
patologia é curável em 80% dos casos. Entretanto, o diagnóstico da doença,
muitas vezes, acontece quando o câncer já se disseminou para outros órgãos, o
que dificulta seu tratamento (El Barouki, 2012).
Segundo Rodrigues e Sales (2013) a etiologia do CaP é indeterminada,
mas sabe-se, entretanto, que alguns fatores influenciam seu desenvolvimento.