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                     São vários os fatores postulados para a sua promoção e início, sendo a idade um
                     fator de risco tanto para a incidência, quanto para a mortalidade. Outro fator de

                     risco  relevante  é  o  histórico  familiar.  Verificou-se  um  aumento  de  1,5  vezes  do
                     risco da doença quando um parente de primeiro grau é acometido pelo câncer e 5

                     vezes quando dois ou mais foram afetados. Nestas situações, o tumor aparece de

                     forma precoce, em alguns casos até em idades inferiores a 50 anos (Dantas et al.,
                     2009; Ribeiro et al., 2013).

                                A  propedêutica  para  investigação  de  CaP  inclui  a  dosagem  do
                     Antígeno  Prostático  Específico  (PSA)  sérico  e  a  biópsia  guiada  por

                     ultrassonografia transretal (USTR) (Hernandez et al., 2013).
                                O  PSA  é  o  marcador  tumoral  mais  utilizado  no  rastreio  da  neoplasia

                     prostática, e possui impacto significativo nos quesitos morbidade e mortalidade.

                     Atualmente, são considerados alterados os valores de PSA que estão acima de
                     2,5  ng/ml.  É  válido  ressaltar  que  o  exame  possui  alta  sensibilidade  e  baixa

                     especificidade,  pois  outras  causas  podem  elevar  os  valores  do  antígeno,  como

                     prostatite e hiperplasia prostática benigna, além da neoplasia prostática (Castro et
                     al., 2011).

                                O PSA, isoladamente, não tem valor diagnóstico sendo que, 80% dos
                     casos  diagnosticados,  e  confirmados  posteriormente,  pelo  anatomopatológico,

                     quando se associa o toque retal (SBU, 2006).
                                No  exame  anatomopatológico  da  biópsia,  se  obtém  o  Score  de

                     Gleason,  sendo  este,  um  dos  critérios  mais  importantes  para  realizar  o

                     prognóstico da doença e com isso, a escolha da terapia mais adequada. Quanto
                     mais indiferenciado o tumor, mais agressivo é o seu comportamento. No sistema

                     de Gleason os tumores são classificados de acordo com a diferenciação celular,
                     sendo  o  Score  final  ou  combinado,  resultante  da  soma  dos  graus  do  padrão

                     primário  (predominante)  e  secundário  (segundo  grau  histológico  mais  comum)
                     (Kryvenko; Epstein, 2016).

                                Além  dos  exames  já  citados,  a  ressonância  magnética  (RM)  e  a

                     tomografia  computadorizada  (TC)  também  podem  ser  utilizados  na  abordagem
                     propedêutica e diagnóstica do câncer de próstata, no entanto, possuem acurácia

                     limitada se comparados a biópsia (Lima et al., 2013).
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