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Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

Ciência e Tecnologia a serviço da vida

DESENVOLVIMENTO  

Histórico

Remonta ao início dos anos 70, no então Instituto de Energia Atômica (IEA), antiga denominação do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), a formação do antigo Centro de Engenharia Nuclear (CEN), com atividades nas áreas de Física de Reatores, Termo-hidráulica e Estruturas.

Neste período, com endosso governamental, é dado ao CEN a missão de desenvolver atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) nas áreas de:

- Reatores HTGR (High Temperature Gas Cooled Reactor), 

- Reatores GCFBR (Gas Cooled Fast Breeder Reactor)

Para o Brasil esta opção era extremamente atraente, pois este tipo de reator ao invés de um vaso de pressão de aço, possuia o conceito de um vaso de pressão de concreto protendido, tecnologia esta que o país dominava devido sua experiência na construção de barragens, e sua avançada Engenharia Civil, além de possibitar a utilização de Tório, minério que o Brasil possui em abundância.

Firma-se, ainda, um convênio com a empresa americana GA (Gulf General Atomic) - com tradição na indústria nuclear pelo seu famoso reator de pesquisa TRIGA - possibiltando-se o desenvolvimento de:

- Bancadas experimentais, destacando-se um circuito de hélio, 

- Bancadas de testes de vasos de pressão de concreto protendido, do Projeto de um Reator de Potência Zero tipo Mesa Partida (Grafita), que embora não concluído teve vários equipamentos desenvolvidos (Conjunto de Mesas, Instrumentação Nuclear, etc.), sendo um excelente exercício para a equipe de engenheiros nucleares do CEN. 

Em 1975 assina-se o Acordo Brasil-Alemanha, onde o governo brasileiro opta pelos reatores PWR (Pressurized Water Reactor), com mudança de política de deselvolvimento por adoção de absorção e transferência de tecnologia.

Sendo assim, o programa de reatores de alta temperatura (HTGR) perde seu sentido e o IPEN muda seus objetivos para adaptar-se às novas diretrizes governamentais: 

- O Ipen envia grande parte dos pesquisadores da área de reatores para aperfeiçoamento acadêmico (Ph.D), objetivando a manutenção da competência em recursos humanos desenvolvida anteriormente,

 - O CEN adapta-se às novas orientações e consegue desenvolver o projeto e a construção de um primeiro circuito termo-hidráulico de água leve de alta pressão (70 Atm.), em perfeita sintonia com o programa de reatores PWR, o qual continua operativo até a presente data, 

 - Inicia-se o Projeto ALANGRA (Apoio ao Licenciamento de Angra), onde os pesquisadores do CEN fornecem apoio técnico ao licenciamento da Usina ANGRA I. 

No início da década de 80, paralelamente ao programa de transferência de tecnologia da Alemanha, o governo inicia um programa de desenvolvimento tecnológico autônomo, envolvendo a CNEN e Ministérios Militares (Marinha , Aeronáutica e Exército).

Dentro desta nova orientação, o IPEN, e em particular o CEN que é transformado em Diretoria de Reatores, passa a abranger novas atividades de atuação incorporando as atividades de engenharia e a operação do reator de pesquisa tipo piscina IEA-R1 a área de Reatores.

Neste período, associa-se ainda à Marinha do Brasil para o desenvolvimento da Propulsão Nuclear objetivando a construção de um protótipo em terra para o propulsor nuclear dos futuros submarinos da marinha brasileira.

Ao longo da década de 80 forma-se o grupo mais forte de engenharia de reatores que o Brasil pôde contar no decorrer de toda sua história na área nuclear. Das inúmeras conquistas e avanços tecnológicos realizados com esta estreita colaboração, cumpre destacar, na área de reatores, o projeto e construção de várias instalações nucleares, tais como:

- Circuito Térmico Experimental de Alta Pressão (CTE-150), 

- Circuitos Termo-hidráulicos (Ar-Água, Apolo, Teste Hidráulico de Combustível, etc.), 

- Laboratórios para Engenharia de Combustível, 

- Laboratórios de Instrumentação e Controle, 

- Reator de Potência Zero (Unidade Crítica) IPEN/MB-01. 

Prédio e Sala de Operação do reator de pesquisa IPEN/MB-01

Participação em vários projetos de reatores, a nível conceitual, tais como:

- INAP-11 

- RENAP-100

- RETEMA (Reator para Testes de Materiais)

- BNCT (Retor para Aplicações Médicas, em especial a Técnica por Captura de Nêutrons no Boro).

Participação junto a FURNAS em vários programas de apoio e desenvolvimento conjunto, tais como:

- Desenvolvimento do Reatímetro Digital 

- Participação de testes físicos de partida

Durante os anos 90 ocorre uma dasaceleração dos investimentos governamentais na área de reatores com a substituição da política de desenvolvimento autônomo e de substituição de tecnologia nacional por tecnologia importada.

Em 1995, o convênio de administração compartilhada com o Ministério da Marinha é interrompido, e a Diretoria de Reatores retoma sua própria administração, realizando as seguintes atividades:

- Modernização e aumento de potência do Reator IEA-R1

- Prestação de serviços ao programa da Marinha (CTMSP)

- Prestação de serviços à FURNAS (atualmente ELETRONUCLEAR)

- Prestação de serviços à ABACC (Associação Brasileiro Argentino de Controle e Contabilidade de Material Nuclear), 

- Retomada de formação de recursos humanos; 

Em 1999, o IPEN, visando melhorar seus processos administrativos e de parcerias com a indústria e com a comunidade, promove uma reestruturação administrativa e funcional da Diretoria de Reatores que é dividida em duas novas unidades de negócios com gerenciamento autônomas.

Neste processo são formados o novo Centro de Engenharia Nuclear (CEN) e o Centro do Reator de Pesquisas (CRPq). A manutenção da equipe com alto grau de formação técnica se torna meta principal, e procedimentos gerenciais participativos tornam-se essenciais.

O CEN passa a ter uma atuação voltada principalmente à missão institucional do Ipen: pesquisa e desenvolvimento, ensino e prestação de serviços.

As atividades nacionais na área de reatores nucleares (operação e manutenção de reatores de potência e pesquisa, desenvolvimento e qualificação de combustíveis nucleares, e licenciamento de instalações nucleares) passam a ter maior contribuição do CEN. Como um centro de negócios, a experiência dos especialistas passa a ser extendida para outras áreas de atuação dentro e fora do campo nuclear.

A partir de 2010 o CEN passa a colaborar com o projeto institucional da CNEN, denominado Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) em diversas áreas de atuação, principalmente, no Projeto Conceitual desse reator.

Com a parceria da CNEN com a empresa argentina INVAP para o desenvolvimento do projeto básico do reator, e com a empresa brasileira INTERTECHNE para o desenvolvimento dos projetos e sistemas não nucleares, o CEN passa a ser o maior colaborador institucional da CNEN no apoio ao desenvolvimento desse projeto. Entre as principais atividades pode-se mencionar:

- Elaboração dos Termos de Referência para a contratação dos serviços das empresas parceiras no desenvolvimento do projeto

- Elaboração do Termo de Referência para a contratação da empresa responsável pela elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para a obtenção da licença ambiental junto ao IBAMA (Licença Prévia).

- Coordenação e elaboração do Relatório de Local para a obtenção da licença nuclear junto à DRS/CNEN (Licença de Local)

- Liderança técnica de diversos sistemas que compõe o modelo técnico-gerencial do projeto RMB

- Coordenação e elaboração do Relatório Preliminar de Análise de Segurança (PSAR) do RMB para a obtenção da Licença de Construção junto à DRS/CNEN

- Atualmente, o CEN está colaborando na coordenação das atividades referentes à elaboração do termo de referência para a contratação da empresa que irá desenvolver o projeto detalhado do reator.

Maquete virtual do Núcleo de Produção e Pesquisa do RMBMaquete Virtual do Núcleo de Produção e Pesquisa do RMB

CEN HistóricoQuadro resumo com as principais atividades desenvolvidas pelo Centro de Engenharia Nuclear

 

 

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