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Wu et al. (2017), em um estudo retrospectivo, também encontraram
níveis de PSA maior (> 20ng/ml) em pacientes negros quando comparado aos
brancos.
Após caracterização da amostra tornou-se necessário avaliar algumas
correlações, comparações e associações relevantes entre os aspectos
relacionados aos fatores de risco, níveis de PSA e anatomia patológica para
esclarecer o perfil epidemiológico do grupo estudado.
Quando compara-se o PSA total dos pacientes ao diagnóstico com
fatores de risco como tabagismo, etilismo e histórico familiar observa-se que o
PSA total dos pacientes com histórico de etilismo era maior (mediana de
9,4ng/ml) do que o PSA dos que não possuíam histórico de etilismo (mediana de
7,5 ng/ml) com nível de significância p≤0,05. Nos outros grupos não houve
diferenças estatisticamente significante (TAB. 15).
TABELA 15 - Comparação entre PSA total ao diagnóstico e fatores de risco
Sim Não
PSA Total ao Diagnóstico (ng/ml) Valor P
Mediana Mediana
Tabagismo 7,9 7,8 0,76
Etilismo 9,4 7,5 0,05*
Histórico Familiar 7,4 7,9 0,27
Teste Mann Whitney *p≤0,05
Kristal et al. (2006) em seu estudo encontrou uma relação baixa entre o
habito de fumar e os níveis de PSA e não encontrou relação significativa entre os
outros fatores analisados no presente estudo. Contrariando os achados de
Saarimaäki et al. (2015), que encontraram níveis de PSA maiores em pacientes
com histórico familiar positivo para CaP
Analisando a associação entre Score de Gleason e fatores
demográficos como faixa etária, identificou-se que na faixa etária entre 41 e 70
anos, mais da metade dos pacientes apresentaram Score de Gleason entre 2 e 6
e na faixa etária entre 71 e 80 anos e > 80anos, observou-se uma frequência de
tumores de alto risco maior (Gleason de 8 a 10) que foi de 20,5% e 26,2%
respectivamente (TAB. 16).
Houve diferenças estatisticamente significantes entre o Score de
Gleason da biópsia e as faixas etárias analisadas (p = 0,032), ou seja, em faixas