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                               Entre  os  pacientes  etilistas  e  não  etilista  houve  diferenças
                     estatisticamente  significantes  em  relação  ao  Gleason  da  peça  cirúrgica  sendo

                     maior  nos  etilistas  (p=0,002).  E  em  relação  ao  histórico  familiar  não  houve
                     diferenças estatisticamente significantes  entre o Score de Gleason da biópsia e

                     da peça cirúrgica entre os pacientes com e sem histórico familiar.


                     TABELA 19 - Comparação entre Fatores de Risco e Score de Gleason da biópsia e
                     análise anatomopatológica da peça cirúrgica
                                                                       Sim              Não
                        Fatores de Risco          Gleason                                            Valor p
                                                                            s              s
                                                                                     x
                                                                     x
                                             Biópsia                6,8 ± 1,0        6,7 ± 1,0       0,271
                     Tabagismo
                                             Peça cirúrgica         6,6 ± 0,7         6,4± 0,5       0,008*
                     Etilismo                Biópsia                6,8 ± 1,0        6,7 ± 1,0        0,47
                                             Peça cirúrgica         6,7 ± 0,8        6,4 ± 0,5       0,002*
                                            Biópsia                 6,7 ± 1,0         6,8 ± 1,0      0,429
                     Histórico Familiar
                                            Peça cirúrgica          6,5 ± 0,8         6,4 ± 0,6      0,503
                     Teste t independente *p≤0,05


                                Na literatura não há muitos dados relacionando estes fatores de risco
                     com aumento no Score de Gleason. Ho et al. (2014) encontraram uma associação

                     entre tumores mais agressivos (Gleason ≥7) em pacientes fumantes magros (IMC
                     ≤  25Kg/m²)  submetidos  a  biópsia.  Zu  e  Giovannucci  (2009)  em  um  estudo  de

                     revisão  de  epidemiologia,  mostram  que  a  maioria  dos  trabalhos  prospectivos

                     relatam um risco 30% maior de morte em pacientes fumantes indicando tumores
                     mais agressivos.

                                Telang  et  al.  (2017)  em  um  estudo  de  revisão  da  literatura  que
                     relacionava histórico familiar com progressão do tumor, não encontraram relação

                     entre o histórico familiar e CaP mais agressivo.

                                No  trabalho  que  avaliou  o  braço  Suíço  do estudo  ERSPC  (European
                     Randomised Study of Screnning for Prostat Cancer) onde foram acompanhados

                     4932  casos,  durante  11  anos  em  média,  não  houve  diferença  estatisticamente
                     significante entre Score de Gleason da biópsia ou da peça cirúrgica dos pacientes

                     com e sem histórico familiar de CaP (Randazzo et al., 2015).

                                Saarimäk et al. (2015) em um estudo prospectivo, encontrou valores de
                     Score  de  Gleason  menores,  ou  seja,  tumores  menos  agressivos,  entre  os
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