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                     Nível de concordância do Score de Gleason entre
                     material obtido na Biópsia e peça cirúrgica                 N                  %
                     Não houve                                                  142                 70

                     Aumento do Gleason                                         38                 18,7
                     Redução do Gleason                                         23                 11,3

                     Total                                                      203                100

                                Ribeiro  et  al.  (2013)  e  Moreira  et  al.  (2012),  também  encontraram  o
                     mesmo Score de Gleason para ambas, biópsia e peça cirúrgica, na maioria dos

                     pacientes  estudados.  Ao  comparar  os  resultados  histológicos  da  biópsia
                     prostática com os da peça cirúrgica, obteve-se concordância de 70,6% e 72,86%

                     respectivamente.
                                Rapit et al. (2013) analisando 371 pacientes que foram submetidos a

                     prostatectomia radical, observou concordância do Score de Gleason da biópsia e

                     da  peça  cirúrgica  em  67%  dos  pacientes,  supergraduação  em  7%  e
                     subgraduação em 26% dos pacientes.

                                San Francisco et al. (2003) também compararam o Score de Gleason

                     de 311 pacientes submetidos à prostatectomia radical com a biópsia, encontrando
                     concordância do Gleason em 67%, supergraduação em 11% e subgraduação em

                     22% dos pacientes.
                                Segundo  Thickman  et  al.  (1996)  e  Rajinikanth  et  al.  (2008)  existe

                     diferença significativa entre os Score de Gleason, determinados pela biópsia da
                     próstata e os Score de Gleason, com base no espécime anatomopatológico. Tem

                     sido  observado  que  o  Score  de  Gleason  de  biópsias  por  agulha  subestima  o

                     Score de Gleason do espécime de prostatectomia radical em 19 a 57% de todos
                     os  casos  dependendo  da  série  e  os  períodos  examinados.  Os  autores

                     encontraram  vários  fatores  que  poderiam  estar  influenciando  nesta  diferença,
                     como  por  exemplo  níveis  de  PSA,  idade  do  paciente,  resultado  do  toque  retal,

                     volume da próstata e a expertise do patologista.
                                Apesar de ter ocorrido certa discordância entre os Scores de Gleason

                     da biópsia e da peça cirúrgica, quando realizou-se a comparação entre o Score

                     de  Gleason  da  biópsia  com  Score  de  Gleason  da  peça  cirúrgica  (próstata)
                     enviada  para  exame  anatomopatológico  e  aplicou-se  o  Teste  “t”  independente,

                     não  observou-se  diferenças  estatisticamente  significantes  entre  os  dois  grupos

                     (FIG. 5).
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