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                     postulou que a maioria dos casos de CaP ocorre em pacientes acima de 50 anos
                     e com histórico familiar de pai ou irmão com CaP.

                                Neste  estudo,  somente  108  dos  628  pacientes  estudados
                     apresentaram histórico familiar da doença, sendo 17,2% de parentes de primeiro

                     grau; deste total identificou-se o grau de parentesco em 102 pacientes; sendo o

                     pai em 37,3%, o irmão em 60,8% e filho em 1,9%.
                                Saarimäki  et  al.  (2015)  encontraram  uma  frequência  de  13,6%  de

                     histórico  familiar  positivo  de  um  total  de  235  pacientes  com  CaP  Este  mesmo
                     estudo mostrou que pacientes com histórico familiar tinham um risco um pouco

                     maior de desenvolver CaP após um seguimento de 12 anos.
                                Na  TAB.  5  estão  apresentadas  as  frequências  de  pacientes  com

                     história  de  etilismo  e  tabagismo:  74,1%  dos  pacientes  não  tinham  história  de

                     tabagismo e 79,2% dos pacientes não apresentavam história de etilismo.


                     TABELA 5 - Frequências do etilismo e do tabagismo nos pacientes com CaP.
                                               Tabagismo                            Etilismo
                                     N               %                        N                    %

                     Sim            165             25,9                     132                  20,8
                     Não            473             74,1                     503                  79,2
                     Total          638             100                      635                  100



                                O tabagismo pode estar ligado ao início de vários tipos de cânceres e é
                     considerado  um  importante  fator  de  risco  para  câncer  de  próstata.  Existem

                     poucos  dados  sobre  o  hábito  de  fumar  e  seus  efeitos  no  desenvolvimento  do
                     tumor. Alguns estudos recentes têm ligado o tabagismo a um possível pequeno

                     aumento  no  risco  de  morte  por  câncer  de  próstata,  mas  esta  é  uma  nova

                     descoberta que terá de ser confirmada por mais estudos (INCA, 2016b).
                                No presente estudo, dos 638 pacientes avaliados, apenas 165 (25,9%)

                     eram fumantes (TAB. 5). Fernández et al. (2005) em seus estudos não observou

                     relação  estatística  significativa  de  risco  de  câncer  de  próstata  com  o  hábito  de
                     fumar.

                                Farmer (2008) em um estudo epidemiológico e fatores de risco sobre
                     CaP, encontraram dados inconsistentes sugerindo que o tabagismo poderia não

                     ser um fator de risco para este tipo de câncer, apesar de ser considerado um dos
                     mais importantes fatores de risco para a grande maioria dos canceres existentes.
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