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O hábito alimentar do paciente também é mencionado como fator de
risco, sendo que, dietas ricas em gorduras saturadas e carente em fibras
aumentam essas chances, como o caso dos ácidos linoleico ou hidrocarbonetos
decorrentes do processo de preparo de carne vermelha (Ribeiro et al., 2013). A
vitamina D age direta ou indiretamente em mais de 200 genes relacionados ao
controle do ciclo celular, diferenciação, apoptose e angiogênese, estimulando ou
interrompendo a multiplicação de células normais ou neoplásicas, e a
hipovitaminose D é considerada como um fator de risco devido ao calcitriol, forma
ativa desta vitamina, capaz de deter a evolução do câncer de próstata por impedir
a multiplicação de células fenotipicamente malignas (Boneti; Fagundes, 2013).
3.5 Epidemiologia
O câncer de próstata é considerado o segundo tipo mais incidente no
mundo entre homens, valor que corresponde a 10% do total dos tumores
malignos, representando a segunda maior causa de morte por câncer no Brasil. É
seis vezes mais incidente em países desenvolvidos em relação aos em
desenvolvimento, os valores de incidência, por região, correspondem a 95,63/100
mil no sul, 67,59/100 mil no centro-oeste, 62,36/100 mil no sudeste, 51,84/100 mil
no nordeste e 29,50/100 mil no norte (INCA, 2014c).
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2014d) o Brasil
registrou uma taxa de mortalidade, ajustada para a população do ano de 2010 por
câncer de próstata de 16,46 para 100 mil habitantes. Foram 13.354 óbitos
registrados no país decorrente dessa doença no ano de 2012, o que equivale a
13,1% das mortes devido ao câncer no sexo masculino. A taxa de mortalidade
mundial para o mesmo período foi de 13,65 para 100 mil habitantes (INCA,
2014d).
Para o ano de 2016 o número estimado de novos casos de câncer de
próstata é de 61.200. Em Minas Gerais esses valores correspondem a 5.920 e na
capital do estado são esperados 880 novos casos para o ano de 2016. Segundo a
distribuição por regiões, são estimados para a região sudeste (25.800), nordeste
(14.290) e sul (13.590) de novos casos. Apenas no estado de Minas Gerais, na
última década, foi registrada uma taxa de mortalidade bruta por câncer de
próstata de 11,77 casos por 100 mil habitantes e estima-se uma incidência de
5.920 casos para cada 100 mil habitantes (INCA, 2016c).