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                     a  radioterapia  externa,  braquiterapia,  tratamento  por  supressão  androgênica,
                     prostatectomia radical e vigilância ativa (Westover et al., 2012).

                                Deve-se levar em consideração o estadiamento do tumor, classificação
                     histológica,  preferência  e  acessibilidade  do  paciente  ao  realizar  a  escolha

                     terapêutica (Martin et al., 2012).

                                A  realização  da  prostatectomia  radical,  um  procedimento  cirúrgico
                     curativo,  está  bem  indicada  quando  o  tumor  está  confinado  na  próstata.  Este

                     procedimento  consiste  na  retirada  total  da  glândula  e  na  linfadenectomia  loco-
                     regional (Rapiti et al., 2013).

                                A  opção  radioterápica  oferece  duas  formas  distintas,  uma  em  que  a
                     radiação pode vir de uma fonte externa (radioterapia externa), a outra proveniente

                     de  uma  fonte  localizada  próxima  ao  tumor,  inserida  dentro  da  glândula

                     (braquiterapia).  A  radioterapia  possui  indicação  similar  à  do  procedimento
                     cirúrgico,  porém,  tem  demonstrado  menores  efeitos  colaterais  ao  término  do

                     tratamento,  com  menores  taxas  de  ocorrência  de  disfunção  sexual  e  sintomas

                     genitourinários (Novaes; Motta; Ludgren, 2013).
                                No  caso  de  câncer  metastático,  o  tratamento  por  supressão

                     androgênica, também conhecido como hormonioterapia é o mais indicado. Nesta
                     terapia são empregados vários medicamentos à base de hormônios (estrógenos,

                     análogos da LHRH e antiandrógenos), que impedem a produção de testosterona
                     ou  bloqueiam as  suas  ações na próstata.  De forma  análoga, também  pode  ser

                     realizada  a  castração  (orquiectomia),  que  consiste  na  retirada  cirúrgica  dos

                     testículos,  também  utilizada  como  método  supressor  hormonal,  pois  elimina  os
                     órgãos  que  produzem  o  hormônio  masculino,  o  principal  responsável  pelo

                     crescimento do tumor (Jurado et al., 2013).
                                A vigilância ativa consiste na adoção de uma conduta expectante, que

                     pode  ser  definitiva  ou  não,  retardando  a  opção  curativa  para  um  segundo
                     momento se houver critérios de progressão da doença. Essa é uma opção bem

                     indicada para os tumores ditos indolentes, de modo a não expor o paciente aos

                     riscos  e  complicações  dos  demais  tratamentos,  visto  que  o  tumor  pode  não
                     apresentar comportamento nocivo. O protocolo de seguimento da vigilância ativa

                     exige  a  dosagem  de  PSA  e  toque  retal  semestralmente.  Após  um  ano,  a

                     realização  de  uma  biópsia,  e  a  partir  daí,  a  solicitação  de  uma  nova  biópsia  a
                     cada  três  anos.  O  emprego  deste  método  será  provavelmente  mais  realizado,
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