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grupos, os homens apresentariam cerca de 80%, 62% e 35% de chances de
sobrevida de cinco anos, livres de recorrência bioquímica, se incluídos nos grupos
de baixo risco, de risco intermediário ou de alto risco, respectivamente, o que
auxiliaria na programação do tratamento (D’Amico et al., 1999).
Em relação aos métodos por imagem, a ultrassonografia suprapúbica
não deve ser utilizada rotineiramente para a confirmação diagnóstica do câncer
devido ao número elevado de falsos-positivos, por não se diferenciar a hipertrofia
prostática benigna do câncer da próstata. A ultrassonografia transretal mostrou
baixa sensibilidade em detectar cânceres invasivos sendo responsável por um
subestadiamento. A indicação da Ressonância Magnética encontra-se reservada
para alguns casos, já que esse é um tipo de exame dispendioso e pouco
acessível em várias localidades. Representa uma alternativa para pacientes com
resultado de biópsia guiada por ultrassonografia transretal prévia negativa e com
níveis elevados de PSA e que exigem um acompanhamento direto e para
estadiamento do tumor. O momento ideal para realização da biópsia necessita de
uma avaliação individual dos casos, pois, trata-se de um exame invasivo, que
pode apresentar complicações. Os fatores de risco do câncer de próstata devem
ser sempre observados ao se solicitar esse tipo de exame. A primeira biópsia será
sempre recomendada diante de toque retal com resultado alterado independente
dos valores do PSA (Nardi et al., 2014).
O diagnóstico definitivo é estabelecido apenas pela biópsia. Sendo
que, a probabilidade de diagnóstico do câncer da próstata é menor a partir da
segunda biópsia, e o pedido de novos exames deve seguir critérios reservados,
baseados na clínica individual dos pacientes (Nardi et al., 2014).
3.7 Tratamento
Antes de definir o tratamento de escolha para o paciente com câncer
de próstata é necessário que se faça o estadiamento tumoral. Para isso utiliza-se
a padronização do American Joint Committee on Cancer (AJCC, 2016) que
estabelece o seguinte estadiamento para o câncer da próstata:
Estadiamento T refere-se à extensão tecidual do tumor, abrangendo os
seguintes casos:
Tx: tumor primário, que não pode ser definido.
T0: tumor primário, que não é evidente.