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                     indivíduos de idade mais elevada, sobretudo aqueles com mais  de 69 anos, ou
                     seja, quanto mais velhos os pacientes, menor a chance de ocorrer falso negativo.

                     Além disso, percebeu que a maioria dos homens com valores acima de 8,9 ng/ml
                     tinham  resultado  positivo  para  CaP.  Nesse  mesmo  estudo,  observou-se  que

                     utilizando a técnica de Densidade do PSA (PSAD), que consiste em dividir o valor

                     do PSA total pelo volume prostático, a acurácia do exame era maior, reduzindo
                     significativamente o número de biópsias realizadas sem necessidade (Castro et

                     al., 2011).
                                A  biópsia  por  USTR  é  um  bom  método  empregado  na  prática  para

                     diagnosticar câncer de próstata. Através dela, com o emprego de boa técnica na
                     sua execução é possível estabelecer o diagnóstico histológico do câncer (Jurado

                     et al., 2013).

                                Através do exame anatomopatológico do material obtido pela biópsia, é
                     possível  determinar  o  Score  de  Gleason,  sendo  este,  um  dos  critérios  mais

                     importantes para estabelecer o estadiamento, o prognóstico da doença e também

                     auxilia na escolha da terapia mais adequada. É importante ressaltar, que quanto
                     mais indiferenciado o tumor, mais agressivo é o seu comportamento. O Score de

                     Gleason  pode  ser  classificado  como  bem  diferenciado  (Gleason  2-4),
                     moderadamente diferenciado (Gleason 5-6) e indiferenciado (8-10). O somatório

                     de  Gleason  7  algumas  vezes  tem  sido  agrupado  junto  com  tumores
                     moderadamente  diferenciados  e  em  outras  ocasiões  com  tumores  pouco

                     diferenciados,  indicando  pior  prognóstico  (McAninc;  Lue,  2014;  Moreira  et  al.,

                     2012).
                                Em  um  trabalho  de  referência  para  estudos  em  câncer  de  próstata

                     D’Amico et al. (1999) estratificaram os homens com tumor de próstata mediante
                     um  somatório  de  três  fatores,  como  forma  de  predizer  o  prognóstico  após

                     tratamento radioterápico, procedimento esse que também é útil naqueles casos
                     encaminhados  para  cirurgia.  Homens  com  tumores  de  baixo  risco  apresentam

                     Score de Gleason < 7, PSA abaixo de 10 ng/dl e tumor não palpável ao exame

                     digital da próstata. Homens com tumores de risco intermediário apresentam Score
                     de Gleason = 7, PSA entre 10 e 20 ng/dl e apenas um pequeno nódulo que não

                     infiltra  a  parede  retal  ao  exame  digital.  Homens  com  tumores  de  alto  risco

                     apresentam Score de Gleason > 7, múltiplos nódulos (ou endurecimento difuso da
                     próstata) ao exame digital e  PSA maior  que  20 ng/dl.  Considerando esses  três
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